Cap - 27 . Cão e Gato

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Sáfira

Farmácia tóxica, bota promoção pra gente estourar o limite do cartão. Ainda bem que foi o do Jack e não o meu. Saio da Farmácia com umas 4 sacolas, nem sei que horas são, meu celular descarregou faz um tempo. Olho em volta e nada de um táxi passar.

- Mas, que merda! Foda - se vou apé - falo comigo mesma e começo a andar.

[...]

Que negócio longe do cabrunco, faz bem meia hora que eu tô caminhando e nada de chegar. Se alguém vinher me roubar vou ter que dar meu rim, por que meus produtos de skin care estão fora de cogitão. Minha vida já tá uma merda, e ainda ser roubada, é foda né?

- AIII! - dou gritinho indo direto pro chão. Maldita pedra!

Tô pensando em ir lá e pegar meu dedo que ficou depois dessa topada.

- Oh Deus, colabora aí comigo poxa - falo e solto um suspiro me levantando.

Quando ouço um carro se aproximando. Aqui em Fortaleza dois cara numa moto já é motivo pra se cagar nas calças, imagina um carro?

- Oii Deus, sou eu de novo! Eu sou muito nova pra morrer cara - falo e começo a andar mais rápido. Mas o carro continua me seguindo.

Infeliz, tomara que o pneu fure, penso e logo não escuto mais a zuada do motor. Será que Deus ouviu minhas presses?

- Obrigada meu De...AAAAA! - Grito quando sinto uma mão tocar meu ombro.

- Olha moço eu sou pobre, tenho ansiedade e soluço do nada. Tu não ia querer sequestrar uma enferma como eu né? - Falo de olhos fechados esperando meu triste fim.

- Acho que eu vou pagar pra vê.. - O homem fala no meu ouvido e eu acabo arrepiando.

Espera, eu conheço essa voz. Me viro de uma vez e dou de cara com ninguém mais ninguém menos que Noah Santyere.

- SEU ENCÉFALO! IMBECIL! - falo e dou um tapa nele.

- Tu quer me matar do coração? - Falo e pego minhas sacolas do chão.

- Oxe, e tu pensou que era quem abestada?

- Um ladrão ou um estrupador! - falo e começo a andar.

- É? quem manda ficar até tarde na rua. - ele fala enquanto me segue. Reviro os olhos.

- Tu sabe que horas são mocinha?

- Mocinha teu cu! E para de me seguir! - falo e ele revira os olhos.

- Da pra parar de andar e falar comigo? - ele fala e eu olho pra ele.

- Primeiro: Você não manda em mim, segundo: Eu faço o que eu quiser e terceiro: Eu não tenho nada pra falar com você - falo e me viro pra sair mas ele me segura.

- Qual é Sáfira? Vamo pro carro aqui tá mó frio - ele fala e eu olho pra ele.

- Eu não vou entrar no seu carro!

- E por que não?

- Por que eu tenho duas pernas pra ir andando! - falo e tento me soltar. Ele me encara.

- O que aconteceu pra tu ta assim? Tá tudo bem? - Ele fala e coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, eu assenti.

Obviamente não ta tudo bem. Ou ele é cego ou ele é burro que não consegue ver isso?

- Acho que a gente tem que parar com esse " Lance " - Falei me afastando dele e das suas mãos.

- Que? Pera..que? A gente..

REGRA NÚMERO 5 Onde histórias criam vida. Descubra agora