capítulo 05

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Hoje era o dia tão sonhado, minha festa de formatura

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Hoje era o dia tão sonhado, minha festa de formatura. Estou me sentindo tão realizada, enfim consegui concluir meu sonho.

Mainha me acordou com beijos hoje, dizendo sentir tanto orgulho de mim, logo eu vou poder tira la da casa de família, dar tudo que ela merece, vou abrir meu restaurante e ser muito famosa. Vou apresentar a culinária da minha cidade natal, todos irão amar meu tempero.

Mas por agora mantenho os pés no chão, preciso pensar com racionalidade. O meu presente ainda é esse, estou sem um tostão furado e irei começar a trabalhar de baixo.

Iriamos trabalhar só na parte da manhã até o almoço, depois viriamos pra casa resolver as pendências pra festa e nos arrumar. Estava ansiosa pra me emperiquetar toda.

Mainha foi na frente hoje, eu precisava passar na costureira pra apertar a cintura do vestido, que ficou um pouco frouxo, por isso chegaria um pouco tarde hoje.

Já pronta pro trabalho, com meu vestido florido e minhas rateirinhas inseparáveis, pego minha bolsa e as chaves de casa, enquanto trancava a porta eu tive um pressentimento ruim.

Como se algo fosse acontecer, não sou pessimista mas aquilo me inquietou muito.

Dou de ombros e guardo a chave na bolsa, a caminhada até o ponto de ônibus foi tranquila, até um homem encapuzado me surpreender, ele veio correndo em minha direção com tudo, eu simplesmente estaquei no lugar assustada. Ele puxou minha sacola, onde meu vestido estava e correu tão rápido que não consegui raciocinar.

Ele havia me roubado.

ELE ROUBOU MEU VESTIDO DE FORMATURA, MEU DEUS!!!!!!

Entrei em pânico, o homem já tinha fugido das minhas vistas, o que eu ia fazer? Meu deus, não poderei comprar outro vestido tão cedo, o evento é hoje a noite.

Mainha vai ficar super triste também e se sentirá culpada, pois com meus últimos centavos, comprei seu vestido, simples mas que ela amou muito. Agora não terei escolha se não ir de calça ou com um dos meus vestidos floridos.

Chego ao ponto de ônibus me sentindo devastada, os vinte minutos ate a mansão foram um martírio pra minha cabeça, que não parava de pensar no que fazer. Assim que cheguei, dei de cara com Ozias na cozinha, estavamos sozinhos ali. Mas também não liguei pra sua presença, ainda estava magoada por ontem.

— Não vai dar bom dia pro seu patrão?

Tentou brincar, mas vendo meu semblante, também ficou sério.

— Bom dia, senhor.

— O que houve, pequena?

Esse apelido, foi assim que ele me chamou no dia que quase nos beijamos no seu escritório, eu ansiava por aquele beijo, queria com todas minhas forças.

Mas ele agiu como um babaca.

— Não me chame assim, não temos essa intimidade.

Ele sorriu sem graça.

Prazer,seu senhor!Onde histórias criam vida. Descubra agora