Capítulo 02

1.1K 114 4
                                    

— Ela me parou na rua, havia notado que a estava seguindo, senhor

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Ela me parou na rua, havia notado que a estava seguindo, senhor.

Fausto tragou seu charuto pela terceira vez.

— Pouco me importa, pago muito bem á você pra ficar de olho na garota.

Dou um longo gole em meu conhaque.

Estreita os olhos analisando meus movimentos com avidez.

— E faço meu trabalho, mas a jovem pode me denunciar por assédio sabia? E até hoje não sei o porque de ainda segui lá...

O corto sem paciência pra mais uma de suas ladainhas.

— Você não é pago pra me questionar, irá continuar cuidando da segurança dela e não quero ouvir mais reclamações.

Se levanta da poltrona de couro, ajeita seu terno e me encara sério:

— Quando a jovem me interrogar irei dizer pra quem trabalho.

Nem por cima de meu cadáver.

— Não me desafie, Fausto.

— Você não me causa medo mais Ozias, não consegue nem chegar perto da mulher que ama e quer me ameaçar?

Sorri irônico, ele havia me acertado com um tapa de luva e tinha consciência disso!

— Farei meu trabalho Ozias mas se quer aquela jovem, vá atrás dela antes que outro o faça.

Sai do meu escritório, me deixando com minhas divagações. Fausto tinha razão,mas nem por isso poderia seguir seu conselho, mesmo se seguisse ao pé da letra e tentasse conquistar Vivianne, ela não me aceitaria...
Mostrei a ela meu pior lado, de homem machista e orgulhoso, disposto a tudo pra conseguir o que quer... Até insultar uma dama.

Uma batida na porta me trouxe pra realidade.

— Entre.

Meu corpo estremeceu e fui obrigado a prender a respiração para não cair em tentação. Era Vivianne, com toda sua beleza natural e um sorriso tímido nos lábios.
Parecia que estávamos voltando pra dois anos atrás, rezei internamente pra aquela porta não emperrar novamente.

— Posso entrar? Senhor.

— Claro, pode se sentar Vivianne.

— Estou bem de pé.

Me encarou a alguns metros de minha mesa de mogno.

— Vim conversar com o senhor sobre minha formatura, bem... a festa dos formandos.

Sim, já sabia minha cara.

— Queria pedir se o senhor poderia dar folga a mainha e eu nesse dia, podemos repor em um final de semana claro.

— Não se preocupe com isso,claro que dou permissão... E sobre a formatura, parabéns Vivianne.

Seus olhos caíram para minha boca enquanto pronunciava seu nome, suas bochechas ganharam aquele rubor que tanto me encatava... Respiração irregular,mãos suadas e o roçar das coxas...

Prazer,seu senhor!Onde histórias criam vida. Descubra agora