Uma Faísca do Destino, parte dois

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Por LouiseAlbertoni

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Por LouiseAlbertoni


Martina estava com um mau humor horrível.

Como era possível ter perdido as três partidas de poker para Alexei - esse era o nome dele -, ela não sabia. Mas aconteceu. E agora passaria sua preciosa folga na ilha de Mykonos na companhia dele, em um encontro.

Recriminou-se mentalmente. De novo. Esteve tão perto dos 500 euros!

Escutou uma batida na porta e do lado de fora ele a chamou:

— Está pronta, turista?

Ela conseguia ouvir a felicidade na voz dele. Turista. Iria jogá-lo para fora do navio.

Respirou profundamente, ajeitou a bolsa no ombro e colocou os óculos escuros. Estava em Mykonos, o mínimo que devia a si mesma era aproveitar.

Abriu a porta e, assim como na noite anterior, viu admiração nos olhos dele. Poderia se acostumar com isso. Ele disse algo em grego que não entendeu.

— O que você disse?

— Disse que você está linda — elogiou ele, olhando-a de cima a baixo com um brilho cálido no olhar, algo muito diferente que a fazia ter vontade de fazer algo muito estúpido como enrubescer de vergonha.

Procurou qualquer resquício de ironia ou sarcasmo em Alexei, mas não encontrou nada.

Efharistó — agradeceu Tina, em grego.

O sorriso que ele lhe brindou foi mais do que suficiente para valer a pena seus minutos na internet aprendendo umas poucas palavras em grego.

— O que você tem vontade de ver em Mykonos? — perguntou ele, enquanto desciam em silêncio a rampa do navio.

Tina puxou seu celular para conferir a lista de lugares para visitar em Mykonos.

— Quero conhecer a Pequena Veneza, tirar uma foto na igreja Panayia Paraportiani, caminhar por algumas ruelas aleatórias e conhecer a ilha de Delos.

— Você tem uma lista?

— Eu sei, eu sei — suspirou ela. — Mas como vou ter o prazer de riscar itens sem uma lista?

— Ótimo ponto — concordou. — Temos quatro horas para vencer todos seus tópicos.

— O que der para conhecer em quatro horas — corrigiu ela.

Queria fazer as coisas habituais de qualquer turista, se perder pelo centro da ilha e comprar coisinhas inúteis para encher sua mala ou para presentear sua família.

Para Onde Vão os Corações ApaixonadosOnde histórias criam vida. Descubra agora