Capítulo 17

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A foto tirada no dia do aniversário de Hermione estava devidamente exposta em um porta-retratos dourado ao lado da cama dela. Ela parecia tão feliz com seu largo sorriso que Draco não conseguiu evitar um ciúme irracional invadindo seu peito. Não gostava de saber que os gêmeos siameses tivessem um impacto tão grande no bem-estar e felicidade de sua namorada.

Não houve nenhuma briga durante a festa depois que Weasley resolveu ficar e o único momento que Draco precisou se aproximar dele foi para tirar essa foto, onde Gina tinha abençoadamente se colocado entre os dois. Bem, não importava, contanto que Hermione estivesse feliz. E ela estava. Seu bom humor era quase insuportável.

A bruxa voltou para o quarto enrolada em sua toalha branca e quando se aproximou, Draco pôde ver gotas de água que ainda salpicavam seus ombros. Ela tinha cheiro de lavanda.

— Não vai se arrumar para aula? – ela perguntou brincando com uma blusa entre as mãos, que foi logo descartada enquanto ela analisava uma segunda opção.

Draco se levantou sem dizer nada e a beijou. Hermione riu sob seus lábios, mas logo correspondeu ao gesto, se abandonando à boca de Draco. A língua do bruxo logo ultrapassou os limites do beijo e se dirigiu, impaciente, ao seu pescoço e ombros, enquanto suas mãos se livravam da maldita toalha. A excitação se intensificava entre eles, arrebentando como uma represa e... Céus! Hermione o tirava do sério!

Ele era viciado nela, e quando a garota gemia por causa de um de seus toques, tudo desaparecia e a única coisa que exista no universo eram eles. Era ela, a pele dela, o cheiro dela, o gosto dela. E assim que seus corpos se fundiam como um, numa explosão de sentidos, só aí o mundo voltava a existir, como se eles o tivessem acabado de criar.

— Draco, vamos nos atrasar – ela disse com um sorriso. – Precisa me soltar.

— Nunca – ele respondeu e ela se inclinou para beijá-lo de novo.

— Vamos, continuamos isso mais tarde – disse divertida se desvencilhando dele.

E Draco assistiu pesaroso, Hermione cobrir o corpo que ele tanto adorava com o uniforme azul que os estudantes de medicina usavam. Ela prendeu os cabelos em um rabo de cavalo, mas um dos cachos se recusou a ser domado, caindo lhe sobre a testa. Draco não conseguiu evitar esticar a mão e colocá-lo atrás da orelha da bruxa.

— Vai tomar café da manhã comigo, não vai? – ela perguntou com a mão na maçaneta.

— Só vou me trocar e pegar minha mochila – ele prometeu lhe dando um beijo casto na testa. – Volto num instante.

Uma aparatação depois e seu quarto bagunçado o recebeu. Um xingamento baixo escapou de seus lábios ao ver o estado do cômodo. Desordem sempre o incomodou, mas a confusão com a mãe e a correria para a festa de Hermione o impediu de arrumas as coisas como gostaria.

Um movimento de sua varinha e o quarto voltou ao seu estado impecável. Teve que repetir o feitiço em seu guarda roupa e se decidiu por um jeans, uma camiseta vinho e seu All Star preto, mas não encontrou sua mochila em lugar nenhum.

Mandou uma mensagem para Hermione perguntando se estava lá, mas Hermione negou.


Quando foi a última vez que se lembra de estar com ela?


Merda! Na mansão, quando falou com sua mãe pela última vez. Pensou em comprar mochila e livros novos e faria isso, se a droga do notebook, com todo o projeto de Instalações e Infraestrutura Urbana, responsável por mais da metade de sua nota final, não estivesse enfiado lá dentro.

Wonderland 2 (Dramione)Onde histórias criam vida. Descubra agora