O casamento

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Eu não tenho costume de dizer as coisas por aqui, mas sinto que preciso dessa vez. Eu só me permiti, pessoal. Pesquisei um pouco sobre o casamento tradicional japonês e adaptei para a fic, me permitindo colocar tudo que achei que ficaria legal, e aumentaria o amor do Hashirama, ou o estresse do Madara. Ah, e a questão da capa foi algo que eu criei quando escrevi a primeira versão dessa fanfic em 2013, mas não me lembro de onde que veio isso, e mantive aqui porque Madara estressado é a minha religião.

É isso, leiam com o coração leve e a mente aberta, e eu espero de coração que possam apreciar o casamento deles.

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- Eu vim te ver hoje porque a partir de amanhã todas as pessoas estão proibidas de chegar perto de você e do Hashirama-san, e também de tocar. – Izuna adentrou o quarto de Madara e abraçou o irmão. Ele reclamou de alguma coisa sobre Izuna e Ayako também receberem regras, mas com menos de vinte e quatro horas o separando de se casar, não brigou. – Vou rir da sua cara cada vez que precisar fazer alguma coisa que te incomode, mas desejo que seja a pessoa mais feliz do mundo.

- Eu já sou a pessoa mais feliz do mundo Izuna, eu tenho você. – Madara lhe correspondeu, o envolvendo. – Obrigado por estar aqui.

- Não me agradeça por nada, apenas pense em você e tudo que vai acontecer amanhã. Eu não sei quando vou te ver em público depois disso, mas sei que estressado vai ser todos os dias.

- É melhor que apareça aqui senão eu te mato. – Izuna riu, tendo certeza de que o irmão ficaria escondido até Konoha se esquecer de tudo que aconteceria. – Não me faça sair daqui na primeira semana. A menos que a mãe precise de ajuda.

- Eu espero que não. Mas também não sei se o pai se afugentou mesmo.

Alguns dias depois da briga de Madara com o Imperador sobre o casamento ele ficou sabendo que Izuna e Tobirama estavam em um relacionamento, ou semelhante, e foram juntos ao atelier de Akihiro para que ele também fizesse as roupas que usariam para o casamento, então Konoha os viu lado a lado, e as conversas se espalharam, chegando ao Uchiha mais novo, que percebeu rápido que logo também teria de seguir regras da realeza.

Os irmãos tinham certeza de que o pai ficara sabendo, mas Izuna tinha voltado poucas vezes para casa, apenas para pegar roupas ou outros itens pessoais até o casamento, quando Madara poderia levá-los para morar consigo, e num horário onde Tajima não estava lá, então não se viram. No entanto, também tentaram deixar ele alheio aos passos do pai, para que pudesse pensar somente em se casar.

E então o dia havia finalmente chegado.

Faltava exatamente uma hora para que Madara e Hashirama se casassem, e iniciassem um novo ciclo dentro da família imperial, que perduraria durante o período de reinado do Senju. E de fato o Uchiha foi acordado logo cedo e cercado de tantas pessoas que não conseguiu falar com Izuna, sua mãe, Hashirama ou qualquer outra pessoa, por conta das regras, e da quantidade absurda de trabalho. Isso; é claro, depois de Madara afugentar todas essas mesmas pessoas com seu mau-humor. Após um início de confusão, duas assistentes o auxiliavam, visto que apesar de ser homem, seus quimonos haviam sido confeccionados com diversos tecidos sobrepostos, causando uma incrível dificuldade em se vestir, ainda mais em sua situação, que não tinha tanto conhecimento sobre roupas daquele tipo.

O primeiro dos três quimonos que usaria era num tom do branco mais alvo, de seda pura neste tom, tendo uma camada de renda de mesma cor trabalhada nas barras da roupa. Quando conseguiu realmente vestir todas, as assistentes alinharam a peça em seu corpo – Madara tinha conseguido restabelecer parte de seu peso, de modo que Akihiro conseguiu trabalhar sem que houvesse grande variação nas dimensões da roupa -, deixando-o no centro do cômodo por vários minutos e observando de todos os ângulos possíveis para que nenhuma dobra intrusa passasse sem ser percebida. A última camada de tecido do quimono era bem presa com o auxílio de uma fita pequena de mesma cor para então ser escondida pelo obi largo e também inteiramente branco que tomou toda a região da cintura do Uchiha sem que houvesse, no entanto, um grande laço nas costas, como era costumeiro para mulheres.

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