Hashirama, ainda atordoado pela surpresa, sentiu seu corpo aquecer com a declaração de Madara, assim como por aquele beijo, o segundo que lhe dava sem permitir que pudesse reagir sobre. No entanto, desta vez, não somente a atitude repentina o pegara de surpresa, mas toda a situação era muito maior agora que estavam sozinhos em seu novo quarto.
Claramente nenhum deles sabia direito o que fazer ou como se portar, pois não tinham vivido aquele tipo de experiência, mas a própria mística daquela noite os envolveu, e eles se permitiram. Com um tanto de movimentos desengonçados, mas nada que não fosse ligado ao prazer da descoberta. Hashirama sentiu as bochechas esquentar quando suas mãos desceram pelas laterais do corpo de Madara, tocando aquelas inúmeras camadas do último quimono.
Ele se afastou um instante para verificar por onde poderia começar a manipular toda aquela peça, mas ao que parecia nem mesmo Madara tinha a resposta para isso.
- E esse é o que tem menos tecido. - Madara ainda estava usando a capa, que permanecia presa com seus encaixes. - Se fosse o primeiro você ia ficar aqui até amanhã.
- Seria uma guerra quase perdida.
Madara estreitou o olhar em sua direção. - Ainda pode ser. Vou deixar você descobrir sozinho como chegar até onde quer.
Hashirama se aproximou. O quarto estava decorado por pequenas lanternas que criavam uma iluminação mediana, mantendo uma curva de sombra que foi bem apreciada pelos dois homens. Hashirama soltou os encaixes da capa, e com os dedos foi empurrando a peça, que por ter mangas primeiramente caiu dos ombros de Madara, mas só veio ao chão com seu próprio movimento para removê-la. A peça despencou a seus pés, e apesar do verão, um calafrio passou pelo corpo dele, que ficou durante todo o dia com tantas camadas de roupa que agora iriam parar no fundo de algum baú.
Mas quando Hashirama tornou a tocar em seus braços novamente, o frio abandonou seu corpo, e os lábios tornaram a se encontrar. Sem pressa, dessa vez não havia nenhum horário a ser cumprido, e a única lei reinante dentro daquele quarto era a de se amar por completo, levando-se pelo sentimento puro que desabrochou em seus corações após difíceis semanas, onde parecia que não existiria uma solução para o que viviam.
E com a capa sendo um acessório a menos, Hashirama conseguiu sentir Madara melhor em seus dedos. Suas mãos, ainda um tanto desengonçadas, mas alguns tons mais atrevidas começou pelos braços e seguiu até as costas alheias, trazendo Madara para mais perto. Seu olhar se encontrava, e havia um pequeno sorriso quase permanente em suas faces, muito da ansiedade e o nervosismo de dar um passo como aquele.
Hashirama removeu a capa primeiramente, e em seguida voltou suas mãos para a cabeça de Madara, soltando o pequeno tsuno kakushi, que veio trazendo consigo a tiara, e então por fim o diadema, libertando os cabelos de Madara de qualquer tipo de adorno. Os fios normalmente rebeldes foram escovados tantas vezes que estavam completamente lisos, e davam um aspecto diferente ao rosto de Madara, que os tocou.
- Não parecia tão pesado o tsuno kakushi.
- E não era mesmo, mas eu tinha a sensação de que ia cair a todo o momento. Aí eu ficar duas vezes mais estressado.
- Meu Deus. - Hashirama não escondeu uma risadinha. - Ás vezes eu acho que você vai explodir de tanta raiva.
- Eu ia mesmo. - Madara juntou sua mão a dele, parando sua ação pelo meio. - Mas você sempre me fez não chegar até esse ponto. E eu me sinto grato e raivoso sobre isso.
- E eu não sei? - Hashirama sentiu que enquanto conversavam se sentiam menos tensos, então aproveitou o ensejo. Ele retirou todos os adornos ricos da cabeça de Madara com muita devoção, mas deixou que a última peça escorregasse por seus dedos até o chão. - Eu pensei que você ia matar o meu pai e o sacerdote.
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Apostado
Fiksi Penggemar[HashiMada][TobiIzu] [Universo Alternativo] ~ [11/11] "... A sua frente, Uchiha Tajima se deixava cair num choro baixo, completamente desesperado. Havia apostado seu filho mais velho, e o perdera em uma mesa de jogo."