Capitulo 5

289 42 1
                                    

Ontem a minha mãe não tocou no assunto «namorado» depois de lhe dizer aquilo. A Jess e a Daisy tinham jantado em minha casa e quando vi que a minha mãe ía tocar no assunto, levantei-me dizendo que estava cansada e precisava de dormir.

“Então, conta-me lá!” a minha mãe insistiu pela quinta vez deste que cheguei à sala.

“Ele não é meu namorado. Foi só um rapaz que me salvou de eu ser atropelada...”

“Ias sendo atropelada??” a minha mãe guinchou com a notícia.

“Mas não fui.” sorri. “E ele depois só andava a desaparecer e agora meio que falamos...”

“Uhmm... E ele é giro?” piscou-me o olho.

Apenas assenti. Senti a minha cara ficar quente. É estranho contar estas coisas à nossa mãe. A minha mãe, depois da nossa «conversa», sim ela teve a falar de sexo, saiu para ir buscar a minha irmã a casa de uma amiga, pois tinha lá passado lá a noite. Passado um pouco da minha mãe sair, tocam à campainha. Larguei a loiça que lavava e enquanto limpei as minhas mãos ao primeiro pano que agarrei, fui em direção à porta.

“Vou já!” gritei.

Cheguei a porta e abri-a. Sorri ao ver quem lá estava.

“Olá. O que fazes aqui?”

“Eu... Estou a interromper algo?” ele perguntou. Neguei com a minha cabeça.

“Oh. Mas que maneiras as minhas... Entra.” puxei-o para dentro e fechei a porta a seguir. “Vamos para o meu quarto.” larguei o pano e esperei que o Harry me seguisse.

Entramos no quarto. Pus uma cadeira à frente da minha cama e fiz sinal para ele se sentar na minha cama, para que ficasse à minha frente.

“Que fazes aqui?”

“Eu...” ele parou durante um segundo. “Eu tive pesadelos. Eu só precisava de te ver.” fiquei confusa, mas depois sorri.

“Queres falar sobre isso?”

“Nem por isso...” ele baixou o olhar.

Levantei-me da minha cadeira e sentei-me na minha cama ao lado dele. Virei-me para ele e, num ato de coragem, pus a minha mão no seu queixo levantando-o e virando a sua cara para mim.

“E... Estás bem?”

Ficámos a olhar um para o outro. Durante demasiado tempo. Ele parecia ver tudo aquilo que estava a sentir. O meu coração batia demasiado alto e só oiço a minha batida e as nossas respirações.

“Eu t-tenho de ir.” ele gaguejou levantando-se da minha cama.

Ele virou-se e começou a caminhar até à porta do meu quarto.

“Vais fugir outra vez??”

Ele parou de andar e olhou para mim. Eu olhava para ele... desiludida?!

“Eu... Eu preciso de ir.”

“Ai precisas?” pus as mãos à minha cintura.

“Sim... Eu...”

“Por favor, fica.” interrompi-o e implorei.

“Queres que fique?” assenti.

Ele veio até mim e sentou outra vez na minha cama.

“Eu fico...” ele agarrou na minha mão, puxando-me, fazendo-me sentar ao lado dele.

“Queres fazer alguma coisa? Podíamos ver uma série.”

Ele hesitou um pouco, mas acabou por assentir. Fui buscar o meu computador, que estava em cima da secretária e, depois de estarmos os dois encostados à cabeça da cama, pus o computador um pouco à nossa frente. Fui até a um site onde normalmente vejo as minhas séries e pus a dar «Friends» Ele ria-se na parte em que as personagens diziam algo engraçado, o que me fazia rir. O riso dele é adorável. E ainda fica mais adorável quando se formam aqueles furos nas suas bochechas.

“Amo as tuas covinhas.” admiti para ele.

Ele olhou para mim e sorriu, fazendo-as mostrar-se. Eu não prestei atenção nenhuma ao que se desenrolava na série. Ficara o tempo todo a olhar para ele. As reações que ele tinha eram engraçadas. Parecia que ele nunca tinha visto nada igual.

O meu telemóvel manifestou-se, tocando Almost Is Never Enough, da Ariana Grande. Peguei nele e deslizei o meu dedo no ecrã, para atender.

“Olá, mãe. Está tudo bem?”

Sim. Só para te avisar que vou ao supermercado e depois vou para casa.

“Okay. Depois falamos.”

O que é...”

Não a deixei continuar e desliguei. Depois explico-lhe. O episódio acabou assim que desliguei o telemóvel. Olhei para ele e ele olhava para mim. Só agora percebi o quão perto estamos um do outro.

“A minha mãe...” disse referindo-me à chamada que tinha acabado de atender. “... ela vem aí.”

Ele levantou-se de repente.

“Eu vou andando.”

Levantei-me também. Fui até ele e fiquei à sua frente. Apetecia-me dizer-lhe para ficar, mas sei que não posso. Ele também tem vida. Assenti. Quando ele ía a passar por mim, toquei-lhe na mão, fazendo-o parar e olhar para mim.

“Ficas bem?” disse referindo-me à razão pela qual ele veio ter comigo.

“Fico sempre.”

Ele deu um último sorriso e saiu do meu quarto. Ouvi depois a porta da entrada a fechar. Ele já tinha ído. Deixei-me cair na cama, largando um suspiro que não sabia que estava a aguentar.  Quero que ele esteja ao pé de mim. Queria ter-lhe feito perguntas. Para saber como ele é. Quem ele é realmente. A sua cor preferida; comida preferida; estação do ano preferida; o gelado de excelência; etc. Eu quero saber porque raio ainda só o vi vestido com cores neutras. Porque usa o cabelo da maneira que ele usa.

----

ooiiiii :) ent... estao a gostar?? eu nao sei se voces tao a achar a historia interessante... :/

Pergunta: verão ou inverno?

Veraaaaooo mil vezes <3

15 votos e 5 comentarios?

My Beautiful Butterfly [HS] (Acabada)Onde histórias criam vida. Descubra agora