Capitulo 4

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Mal cheguei a casa, agarrei num livro e atirei-me para cima do sofá. Tentei concentrar-me várias vezes enquanto lia, mas não dava. Reli a mesma frase várias vezes, mas só passava uma coisa pela minha cabeça. Emma. Como pude ser tão estúpido. Aquela pergunta «Não tinhas nada mais interessante para fazer do que me estar a aturar?», foi parva como tudo. Ela agora deve pensar que eu sou inseguro ou assim.

“Então, como correu?” perguntou a minha mãe enquanto se sentava no sofá.

“O que queres dizer?” tentei não deixar o meu sorriso estúpido crescer mais mordendo o meu lábio inferior, mas foi inútil.

“Não sejas assim, Harry! Conta-me.”

“Nós tivemos a falar... Já sei mais coisas sobre ela.”

“Pois... E ela chama-se...”

“Oh. Emma.” sorri ainda mais.

Comecei a falar com a minha mãe sobre o que eu e ela estivemos a falar. Não que tenha sido muito, mas estou feliz e ainda não sei o porquê. Disse também à minha mãe da minha pergunta estúpida, à qual ela bateu com a palma da sua mão na própria testa. Não percebo porque estou a contar isto à minha mãe, mas ela a única pessoa que me resta. E também não tenho amigos.

“Amanhã é segunda-feira. Por favor, não te esqueças de ir trabalhar.” ela avisou-me.

“Depois vê-se...”

Não quero ir trabalhar. Sei que devo parecer uma criança a fazer um filme sobre não querer ir para a escola, porém não quero saber disso. Pela primeira vez, em 18 anos de vida, tenho alguma emoção na minha vida. Acho que tenho de aproveitar. Como estava cansado, despedi-me da minha progenitora e fui para o meu quarto. Despi-me para a seguir vestir o meu pijama, cujo só são umas calças de pijama largas que eram do meu pai. Deitei-me na cama e esperei que o sono viesse.

O meu papá tinha chegado a casa. Ouvi ele a bater com a porta da entrada, fechando-a.

“Cheguei a casa!” ele disse, como sempre dizia.

Estava a preparar-me para me levantar e descer as escadas para ir ter com ele, quando ouvi um estrondo demasiado ensurdecedor, seguido por um grito da mamã. Fiquei atrás da porta fechada do meu quarto, olhando para ela. Não me conseguia mexer. Estava assustado por não saber o que se passava. A porta do meu quarto abre, com a minha mãe ali a chorar.

“Mamã, o que aconteceu? Eu quero ir ter com o papá...”

Passei pela minha mamã de maneira que ela não me pode apanhar. Desci as escadas a correr e parei no fundo das escadas quando vi o papá a dormir no chão, com uma poça vermelha de volta dele.

Acordei sobressaltado. Merda... Odeio isto. Tenho este sonho desde criança e nunca mais me esqueci disso. Gostava de não ter passado pela minha mãe a correr e ter ficado quieto. Gostava que a última imagem que tivesse de o meu pai fosse de ele a beijar-me enquanto que aconchegava na cama e não dele morto, no chão da sala. Estava sentado na minha cama, puxando o meu cabelo com a raiva. Levantei-me e fui abrir a janela deixando o sol invadir o meu quarto. Encostei-me a uma das paredes do meu quarto e arrastei as costas nela até me sentar no chão. Pus os cotovelos em cima dos meus joelhos e meti a cabeça entre as minhas mãos. A imagem da Emma apareceu na minha mente. Os seus cabelos castanhos e os olhos verdes, um pouco mais escuros que os meus, no entanto muito mais bonitos. A minha respiração estava mais calma. Penso que foi por ela me surgir nos pensamentos. Olhei para o objeto que se encontra em cima da minha secretária. Levantei-me, sentei-me na cadeira que pertence à secretária e observei o objeto. Quero tanto ir ter com ela. Preciso de fugir destes pesadelos. Vesti-me e agarrei no comando. Carreguei no botão verde. Aqui vou eu, para o dia 18 de Maio de 2015.

Lá estava eu outra vez. À frente da casa dela. Eu até poderia entrar, mas duvido que a porta vá estar aberta. E ainda para mais, não posso mudar mais coisas. Depois também, ainda é de manhã. Devem ser pelo menos 10h00. Não sei se a esta hora ela já está a pé. Nem sei o que posso fazer para que ela me veja. Posso mandar pensamentos positivos, mas duvido que com isso ela venha à janela e me veja. Espera. Já sei! Posso esperar que alguém saia do edifício da casa dela e entrar antes que a porta se feche. Sou um génio. Nesse momento uma mulher sai. Eu apresso o meu passo e passo para o outro lado do passeio. A mulher já estava distante, então eu corri para não deixar a porta se fechar. Entrei e larguei a porta, deixando-a fechar sozinha. Como já a vi à janela, sei que ela mora no segundo andar. Subi as escadas e bati à porta do lado direito. Ouvi um «Vou já!» Abriram a porta e vi ela. Quando percebeu que era eu, sorriu.

“Olá. O que fazes aqui?” ela limpava as mãos com um pano.

“Eu... Estou a interromper algo?” ela abanou a cabeça, negando.

“Oh. Mas que maneiras as minhas... Entra.” ela puxou-me pelo braço para eu entrar e fechou a porta de seguida. “Vamos para o meu quarto.” ela largou o pano e fez sinal com a cabeça para eu a seguir.
Entrámos no seu quarto. Um quarto pequeno porém acolhedor. Ela sentou-se numa cadeira e bateu com a mão na sua cama para eu me sentar.

“Que fazes aqui?” ela estava sentada à minha frente, com as pernas cruzadas, em cima da cadeira, à chinês.

“Eu...” oh... Isto vai soar tão estúpido. “Eu tive pesadelos. Eu só precisava de te ver.” ela parecia confusa com a minha confissão, mas logo de seguida sorriu.

“Queres falar sobre isso?”

“Nem por isso...” baixei o olhar.

Vi ela sentar-se ao meu lado, na sua cama, com a minha visão periférica. Ela estava virada para mim. Pôs a sua mão no meu queixo virando a minha cara para ela.

“E... estás bem?”

Ficámos a olhar um para o outro. Sentia-me forte e ao mesmo tempo fraco. Parecia estar tão vulnerável com ela a olhar-me assim nos olhos.

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oiiii :3 como estam?

eu publiquei hj porque amanha nao vou estar em casa o dia todo e nao sei se chego a horas de conseguir publicar.

eu vou começar a fazer-vos perguntas, pode ser??

1º qual sao os vossos/as cantores/bandas preferidas?

Os One Direction (clarooooo) <3 e depois também gosto de vários cantores, como a Demi, o Ed Sheeran, etc. xD

15 votos e 5 comentários??

My Beautiful Butterfly [HS] (Acabada)Onde histórias criam vida. Descubra agora