Epílogo: O garoto do suéter

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Oi...

Então, finalmente chegamos ao fim de Sweater Boy, depois de um longo ano.

Queria agradecer a todos que acompanharam a história até aqui, cada um que me apoiou, cada comentário e voto. Vocês me ajudaram a dar continuidade e serei eternamente grata a todos.

Escrever uma história com tanta carga emocional não foi fácil, então realmente valeu cada palavra de incentivo, cada voto e comentário. Muito obrigada, de verdade.

Não vou demorar muito, o epílogo também é curto, então, aqui está o fim de Sweater Boy.

Obrigada a todos, tenham uma boa leitura.

XXXXXXXXX

15 de abril, ano de 2043
Santa Mônica, Califórnia

A praia onde caminhava me era muito familiar. Já tinha vindo até aqui tantas vezes com meus pais…

Estava estudando moda em Los Angeles há alguns meses, e gostava de visitar Santa Mônica de vez em quando, para ver se conseguia sentir as mesmas coisas que meus pais diziam sentir quando me contavam como se conheceram. Nunca me cansava de ouvir aquela história, era tão linda…

Acho que a história de amor dos meus pais é meu conto de fadas favorito. Eles passaram por tanta coisa, sofreram tanto e tinham tudo pra dar errado, mas estão juntos até hoje, firmes e fortes.

Um choro baixo me fez parar de andar e virei meus olhos para a figura escondida no meio das pedras. Franzi o cenho em confusão e caminhei até a pessoa rapidamente, me sentando ao seu lado.

Uma cena muito familiar. Exatamente como meu pai conheceu meu papa.

—A noite está tão linda. Não deveria chorar em uma noite assim.— murmurei, fazendo o serzinho ao meu lado se assustar.

Aquilo era tão familiar…

Ele tinha cabelos escuros na altura do queixo, olhos grandes e verdes, pele pálida e sardinhas espalhadas pelo rosto jovial. Pareciam estrelinhas perdidas.

—O q-que você q-quer…?— sorri fraco e olhei para as roupas do garoto ao meu lado.

Suéter de lã verde, blusa social e calça de linho marrom. Parecia muito meu papa.

—Roupas bonitas. Combinam com você. Por que está chorando sozinho, garoto do suéter?

—N-não sou um g-garoto.— ele soluçou.

—Não? Me perdoe então, não quis ser ofens-

—Meu pai diz que nasci g-garota e é isso que eu s-sou!— o choro ficou mais forte e isso me alarmou.

Sentia que estava vivendo algo um pouco parecido com a história dos meus pais. Céus, estava até mesmo na Califórnia, na praia onde eles se encontraram pela primeira vez!

—Meus pais me ensinaram que não importa como você nasceu, o que importa é como você se identifica.— murmurei calma, olhando a lua.— Você se identifica como uma garota, gatinho?

—Você está flertando comigo?

—Não. Seus olhos me lembram olhos de gatos. Quer dizer, talvez eu esteja flertando, seria muita burrice não flertar com um homem tão lindo quanto você.— sorri de canto, vendo suas bochechas pálidas rapidamente se tornarem rubras.— Mas isso não responde minha pergunta.

—N-não… Não me sinto confortável como garota.— ele apertou o próprio corpo em um abraço, enquanto voltei a olhar para a lua.

—Se identifica como um homem?— pelo canto do olho, pude ver o rapaz assentir.— Então pronto. Aliás, não deveria chorar em uma noite tão linda assim. Alguém tão lindo quanto você, gatinho, deveria apreciar a beleza da noite como deveria apreciar a própria.

Sweater Boy | [kth+jjk]Onde histórias criam vida. Descubra agora