𝙸𝚗𝚎𝚡𝚙𝚛𝚎𝚜𝚜𝚊́𝚟𝚎𝚕
Um dia me disseram que os livros são uma porta infinita de possibilidades, que eles não deixam os sonhos escaparem. Que alguém pode esmerilhar tua esperança, mas jamais as tuas palavras.
Nos culpamos demais por não termos dito tudo aquilo que gostaríamos.
De uma hora pra outra, vira um martírio usar das palavras erradas para expressar aquilo que outra pessoa irá interpretar da maneira que o psíquico dela estará circunstancialmente sujeito e disposto.
Às vezes, a gente se parte por partir o outro. Sem ter tido a intenção.
Há quem fira o outro pela boca, já que alguém já feriu pelo extremo de uma pena.
Ei quem fere por datilografar.
Peço perdão por machucar, jamais por me calar.
Ai de quem roube o que tenho a dizer.
Sou portal irrevogável, um livro que aguarda ser aberto. E talvez, ferir seja inerente em nós. Por bem ou por mal, algumas coisas doem.
Deixamos pessoas que nos machucam partirem, da mesma forma que dói ser deixado por alguém que amamos. A famosa teoria do caos ou do efeito.
Por menores, somos todos a borboleta na vida de alguém. O simples bater de uma asa pode gerar fortes tornados no coração.
Irônica a forma como guerreamos, nos quebramos e outros nos restauram por cada pedaço.
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Cartas para a minha versão que eu ainda não conheci
RandomTem dias que eu não lembro nem o que eu almocei. Quem dirá relembrar de todos os momentos de euforia ou angústia que fizeram parte do que eu sou. Mas eu sempre admirei a ideia de criar museus. De eternizar no fundo de cada alma aquilo que já não dói...