|Capitulo 18

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Pov. Noah Urrea

Sexta-feira, 14:00

Ódio, raiva.

É isso que estou sentindo agora.

Eu não aguento mais a Sina, sinceramente.

Ela não fala comigo faz um tempo e quando fala é para encher a minha paciente.

Eu achei que ela não fosse mais dar chilique já que não dei logo quando eu contei sobre o casamento. Mas agora a gente sempre discute por seu ciúmes bobo.

Estou por um triz, por apenas um triz, de terminar com ela. Nós dois sabemos que o relacionamento está absurdamente desgastado, e não posso ficar insistindo em uma coisa tóxica.

Provavelmente, vou falar com ela sobre isso mais tarde.

Me olho no grande espelho do ateliê, e, caramba, eu sou lindo demais.

Estou provando o terno do casamento, não que eu esteja contente com isso. Mas já me conformei com isso.

- Ok, senhor Urrea, vamos fazer os ajustes - O alfaiate exclusivo da família Urrea diz se abaixando com alfinetes até a barra da minha calça.

- Aí, Lúcio! - Eu puxo minha perna quando ele me espeta.

- Desculpe menino, vou me atentar mais - Ele olha para mim puxando a barra da calça de novo.

Esse velho me da medo.

- Sua mãe mandou lhe enformar que mais tarde a imprensa de anúncios reais virá para fotografar você e Diarra, para o casamento - Lúcio se levanta olhando para mim - Sorte a sua se apaixonar por aquela menina, filho. Ela é tão simpática.

- É - Sorrio sem graça coçando a nuca - Ela é mesmo... E linda - Minha boca pronuncia as últimas palavras sem a minha permissão e quando vejo, já disse em voz alta.

- Você está tão apaixonado, menino. Eu posso ver nos seus olhos. Eles brilham quando você fala dela.

Ele está vendo coisas agora?

- Ótimo, terminamos por aqui, entre no provador e retire o terno, vou fazer os ajustes e estará pronto amanhã de manhã.

- Obrigado, Lúcio - Entro no provador tirando o terno do casamento e colocando o outro, estou cansado dessas roupas pesadas que minha mãe insiste em me fazer usar.

- Tenha um bom dia, príncipe - O alfaiate da um sorriso quando passo por ele.

- Você também - Aceno com a cabeça levemente e puxo as grandes portas pesadas de madeira. Revelando uma Diarra descabelada, ofegante e de olhos arregalados.

- Está tudo bem, princesa? - Pergunto franzindo o cenho.

- Sim... Não, na verdade, eu cheguei a tempo da prova?

- Oh, sim! Eu estava saindo agora. É a sua vez - Dou passagem para ela entrar.

- Obrigada, Noah. Tchau - Ela acena sorrindo.

Sorrio de volta, o sorriso dela é lindo.

Me viro pronto para sair e ir ao meu quarto, começando a caminhar.

- An, Diarra? - Eu volto me virando para ela.

- Sim, Noah?

- Já disse o quanto está feia hoje? - Sua expressão passa de confusa a brava.

- Não, por que você não diz? - Ela coloca as mãos na cintura.

- Porque eu não conto mentiras. - Saio andando, a deixando para trás sem reação.
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Pov. Diarra Sylla

𝐁𝐞𝐭𝐰𝐞𝐞𝐧 𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐚𝐧𝐝 𝐖𝐚𝐫 | 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐫𝐚Where stories live. Discover now