|Capitulo 19

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Pov. Diarra Sylla

Domingo, 17:00

O casamento.

É hoje.

Daqui a algumas horas.

Eu estou a mais ou menos uma hora e meia fazendo o cabelo e já estou impaciente sentada nesta poltrona.

Eu estou tão nervosa, meu estômago se revira e eu sinto calafrios.

- Diarra! - Linsey entra apressada no camarim - Você está tão linda, cunhada!

- Ei, Lin - Digo, espero não ter mostrado meu nervosismo - O que faz aqui agora?

- Minha mãe está eufórica, e ela pediu para que eu viesse ver quanto tempo seu cabelo irá demorar para ficar pronto. Segundo ela mesma, você precisa fazer a maquiagem em menos de cinquenta minutos.

- Ok, Lin - Sorrindo nervosamente eu agarro a seda do roupão branco.

- Ei, Di - Ela vem até mim se sentando na cadeira ao meu lado e puxando minha mão - Não precisa ficar nervosa, eu tenho certeza que você será uma ótima Rainha para nós.

É... Mas não é exatamente com isso que eu estou nervosa, eu estou nervosa por casar com Noah.

Realmente, a ideia de casar com ele a uma semana atrás, me parecia mais insuportável do que agora. Apesar de não ser o que eu quero, me parece melhor agora.

- Tudo bem, menina, seu cabelo está pronto - O cabeleireiro sorri amigável saindo de trás de mim - Espere aqui a maquiadora entra já. Bom casamento. Tchau, princesa - Ele se direciona a Linsey.

- Obrigada, Eric, isso está incrível - Digo apontando para meu cabelo e ele sorri mais largo saindo.

- Ok! Prepare-se, Di. E se acalme, se serve de consolo, Noah está a beira de um colapso - Lin da uma gargalhada estranha.

- Nossa, casar comigo é tão ruim assim? - Pergunto chateada.

- Oh! não, não é isso querida. Ele está nervoso e diz que é porque não quer casar com você. Mas eu conheço meu irmão melhor do que ninguém, e posso te garantir, Noah tem, no mínimo, uma queda por você - Ela sorri.

- Tudo bem, Linsey. Não começa - Digo, ela está me deixando mais nervosa - Vá agora - Empurro ela quando Charlotte, a maquiadora, entra pela porta.
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Domingo, 19:00

Dentro da carruagem, estou indo para o jardim do palácio. Na verdade, a parte mais reservada dele. Eu não vejo a necessidade de ir na carruagem, eu poderia caminhar até lá. Mas Angelina insistiu em me trazer nisso.

Está apertado e quente aqui.

- Papai, vai demorar muito? - Pergunto ao meu pai que está do meu lado - Você sabe, está quente aqui.

- Não, princesa, só mais alguns minutos - Ele me responde olhando para a frente.

Suspiro, meu coração bate acelerado no peito. E parece que vai sair pela boca quando paramos em frente as portas da grande estrutura montada no jardim.

Um dos serviçais vem até a carruagem abrindo a porta e segurando a minha mão para eu descer.

Papai desce e da a volta agarrando meu braço.

- Tudo bem, vai ficar tudo bem, abelhinha - Meu pai me chama pelo apelido que costumava a dizer quando eu era pequena, e, para ser sincera, eu tive vontade de chorar.

- Vamos logo com isso - Fechando os olhos e respirando fundo, eu digo tentando manter a sanidade.

Segundos depois, ouço o pianista começar a música e as grandes portas se abrem revelando muitas pessoas, a maioria delas que eu não conheço.

𝐁𝐞𝐭𝐰𝐞𝐞𝐧 𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐚𝐧𝐝 𝐖𝐚𝐫 | 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐫𝐚Where stories live. Discover now