Capítulo 14

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Christopher Vélez

Eu estava descontrolado.

Simplesmente não sei o que aconteceu mas estava domado pela raiva e a única coisa que eu pensava era em acabar com a raça daquele filho da puta por ter tocado em Danna.

Danna e eu caminhamos até o carro em silêncio e o caminho até a sua casa foi da mesma maneira. Ela estava aérea olhando as ruas, quieta e triste.

Completamente diferente da Danna que eu conheço.

Quando chegamos em frente ao seu prédio eu estaciono o carro e em seguida a acompanho até a porta de seu apartamento.

Ela destranca a porta e depois me olha.

- Obrigada - ela sorri pequeno - Por me defender.

- Eu não podia simplesmente ficar parado vendo ele te tocar daquela forma sem o seu consentimento.

Ela assentiu olhando para o chão, e então ficamos em silêncio por longos segundos.

- Eu já vou indo.

Eu disse.
Apesar de querer ficar.

- Está bem.

Me aproximo de Danna e deixo um beijo sem sua testa.

- Tchau, morena.

Ela respondeu com um sorriso pequeno.

Então eu me virei e comecei a caminhar até o elevador com o coração apertado, como se estivesse deixando algo extremamente importante para trás e esse sentimento estava me atormentando.

- Christopher!

Me viro de imediato.

- Você... - Danna suspira parecendo pensar no que vai dizer - Você não quer ficar?

Isso!

- Você quer que eu fique?

Preciso que ela diga.

- Quero.

Tento conter o meu enorme sorriso idiota que está querendo sair. Caminho de volta até ela que abre a porta e nós dois entramos.

- Vou pegar uma toalha para você e acho que tem uma bermuda que meu irmão deixou aqui, um segundo.

Eu assenti.

Não sabia que Danna tinha um irmão, mas eu não sei muitas coisas sobre ela. E estranhamente eu quero muito saber.

Quando Danna aparece novamente, me entrega a toalha e a bermuda.

- Obrigado.

- De nada - sorriu - Eu também vou ali tomar um
banho, fique a vontade.

Eu assinto.

Quando Danna se retira, escuto a porta do seu quarto se fechar e em seguida caminho até o banheiro de visitas.

(...)

Eu já tinha tomado banho a mais ou menos uns vinte minutos. Estava deitado na sala resolvendo algumas coisas no celular até que decido ir atrás de Danna.

- Ei, morena - digo batendo na porta de seu quarto mas fico sem resposta - Danna?

Ela não responde. Será que dormiu?

Escuto um soluço vindo de dentro do quarto e obtenho a minha resposta.

Vou abrindo a porta lentamente até ver uma cena que foi como terem enfiado uma faca em meu coração: Danna no canto de sua cama, encolhida enquanto chorava descontroladamente.

Morena - Christopher Vélez Onde histórias criam vida. Descubra agora