Capítulo 38

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Escutem a música e leiam a tradução para uma leitura melhor 👆


Christopher Vélez


- porra, morena - suspiro e ponho a mão no peito - você me assutou.- sorrio mas ela não o faz

Ela olhava para frente fixamente com tristeza no olhar.
Diferente da Danna que eu conheço.

- ei.. morena, oque foi?

Caminho até ela e levanto o seu queixo a fazendo olhar para mim, foi quando eu vi uma lágrima solitária descendo pelo seu rosto.

Ela escutou.

- morena.. 

- eu sou tão horrível assim? - pergunta e eu entre abro a boca - oque tem de errado comigo, Chris? oque eu fiz para ela? eu juro que não entendo - funga o nariz - eu.. eu nunca fiz nada para ela... eu só..

Respiro fundo e a trago para os meus braços. Passo a minha mão no seu cabelo e beijo o topo da sua cabeça colocando o queixo logo em seguida. Ela soluçava no meu peito e eu sentia as lágrimas molhando a minha camisa.

Eu odeio vê-la chorar, odeio ver ela assim tão vulnerável.
Eu quero matar aquela velha.

- shi.. - susurro e olho em volta - vou te tirar daqui, tá bem?- pergunto e ela assente com o rosto ainda escondido no meu pescoço.

Como a entrada estava cheia demais, coloco a minha mão em sua cintura e vou a guiando para a saída de emergência. Ao saírmos do salão procuro por um táxi mas não vejo caralho nenhum.

- podemos ir andando.- ela diz.

 Respiro fundo e olho para baixo vendo ela ainda agarrada em mim. Olho para os lados antes de começar a andar. Passei o braço nos ombros de Danna e ela passou o dela na minha cintura.

Depois de andarmos um pouco já havia escurecido e estava um pouco frio, na verdade estava ficando frio pra caramba. Caminhávamos lentamente pelas ruas e eu acho, só acho, que estamos meios perdidos. Tipo, Nova York é bem movimentada e onde nós estamos é bem ao contrário disso.

E nenhum caralho de táxi passou até agora.

Passamos ao lado de uma praça, onde havia pouquíssimas pessoas e pouca iluminação também.

- meus pés estão doendo.- olho para Danna que faz uma careta de dor.

- vem.- digo.

 Caminhamos até a praça e nos sentamos em um banco.

- ai.. - ela resmunga olhando para os pés.

- deixa eu tirar isso.

Pego as suas pernas e coloco em cima das minhas. Tiro os seus saltos e em seguida faço uma massagem. Ela fecha os olhos e deixa a cabeça cair pra trás.

- caramba.. isso tá bom.- eu sorrio.

Ela volta a me encarar e os seus olhos seguram os meus. Eu sorrio de leve antes de colocar os seus fios de cabelo que voavam atrás de sua orelha. Aliso o seu rosto e ela fecha os olhos.

- caramba você é linda.- ela abre os olhos e me encara envergonhada.

- não - ri fraco - inclusive agora eu devo estar igual um palhaço assassino. A maquiagem deve estar toda borrada.

- morena, você está perfeita.

Ela fecha os olhos e abaixa a cabeça, escuto um soluço baixinho mas que é suficiente para me destruir por inteiro. Tiro as suas pernas do meu colo e a puxo para mim, deixando ela chorar no meu ombro.

Morena - Christopher Vélez Onde histórias criam vida. Descubra agora