Capítulo 11

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Boa leitura 📖

Danna Scott

- Essa aqui está linda, querida.

Disse a moça da floricutura.

Hoje acordei com o pensamento de que precisava comprar uma planta. Meu apartamento precisa de mais vida.

Então aqui estou eu comprando a planta.
Bem cara por sinal.

- Pode ser essa mesmo - sorri - Eu vou levar.

A moça então sorri e diz que vai preparar a samambaia para eu levar. Mas que caralhos ela precisa fazer com uma planta?

Ela volta com a planta e a deixa em cima do balcão.

- Você sabe de todos os cuidados que ela precisa ter?

Ergo uma sobrancelha.

- Cuidados?

- Sim!

- Am... Sei - minto - É claro que sei.

- Ok, então aqui está.

Ela me entrega a planta, eu lhe entrego o dinheiro e depois saio da loja com a minha samambaia. Danna Scott andando pelas ruas de Miami com uma planta gigante tampando a sua cara. Tudo perfeito por aqui.

Ergo uma mão e um táxi encosta, abro a porta com dificuldade e entro ofegante. O cara apenas me observa como se eu fosse uma doida, tonto, fica aí olhando em vez de ajudar.

- Bom dia - diz o motorista - Está indo para onde?

(...)

Chego pela portaria e Jon, o porteiro, sorri assim que me vê. Ele deve ter os seus trinta e cinco anos, tem três filhos e é adorável. Ele que troca a resistência do meu chuveiro quando queima e mata as baratas e aranhas.

Um anjo eu diria.

Entro no elevador, aperto o botão do meu andar e as portas se fecham. Quando se abrem novamente, movo minhas pernas para fora e caminho pelo corredor até trombar em alguém.

- A planta!

Gritei desesperada mas, pelo meu alívio, a pessoa consegue segurar a planta antes dela se espatifar no corredor.

- Essa foi quase.

O homem diz e nós rimos aliviados. Ele finalmente abaixa a planta que estava tampando a sua cara e revela seu rosto.

Muito bonito, por sinal.

Tem o cabelo loiro escuro, olhos castanhos, uma pequena tatuagem no pulso e um sorriso que é de matar.

- Obrigada.

Ele sorri e me entrega a planta.

- De nada.

- Eu já me arrependi de ter comprado essa porcaria.

Ele ri.

- Dê uma chance a planta.

- Vou apenas para valorizar o meu dinheiro que gastei com isso - olho para a samambaia - Eu deveria ter comprado pizza em vez disso.

- Realmente - ele estende a mão e eu aperto - Meu nome é Peter.

- Danna.

- Ah! Você é a moradora do 203?

- Eu mesma.

- Eu sou o novo morador do 205.

-  Olha! - sorrio animada - Então somos vizinhos.

Ele sorri.

- Somos sim.

- Olha eu já vou te avisando: cuidado com a senhora Peterson do 201, essa velha não bate bem da cabeça e tem um gato preto que parece o demônio.

- Vou anotar.

Rimos.

- Bom, é um prazer então - aponto para a planta - Já vou entrar porque essa coisa tá pesada.

- Ah sim, claro - sorri - Até mais, Danna.

- Nos vemos, Peter.

Eu sorrio e saio a caminho do meu apartamento, abro a porta, e entro, a fechando com o pé em seguida. Ando até a minha pequena varanda e penduro a planta lá.

- Prontinho, menina, lar doce lar.

Entro para dentro de casa, me jogo no sofá e então a fala da vendedora ecoa em minha cabeça.

" Sabe de todos os cuidados que ela precisa ter?"

Caminho até a minha mesa e abro o notebook. Digito "cuidados com samambaias" no Google e vejo o que aparece.

"Tome cuidado para escolher um canto longe de correntes de vento, que desidratam a planta e fazem as folhas caírem."

A primeira coisa que diz.
Eu já ia matar a coitada de cara.

Termino de ler o resto e depois me levanto da mesa para tirar a planta de lá de fora. A pego e decido que vou colocar ela em cima da minha estante de livros.

Se pensar bem ficou até chique.



Christopher Vélez

Termino de ler a papelada em minha frente e suspiro estressado, junto os papeis e me levanto da mesa saindo da minha sala e indo em direção a sala de Erick. Bati na porta duas vezes e já fui entrando antes de obter uma resposta. Eu sou o chefe dessa porra mesmo.

Mas, grande erro que eu fiz.
Por pouco vejo o pau do Erick.

Ele coloca o seu cinto de novo enquanto a secretária que ele estava comendo em cima da mesa ajeita sua saia e põe o seu sutiã nervosa.

- Senhor Vélez, me desculpe eu...

- Saia Amanda, e da próxima vez que isto acontecer saiba que estará demitida.

Ela assentiu, em seguida desceu da mesa, passou por mim de cabeça baixa e se retirou da sala.

- De novo isso, cara?

O cubano revirou os olhos.

- De novo você atrapalhando a minha foda?

- Isso aqui é uma empresa, Erick, não um motel.

- Está bem, está bem.

Ele se senta em sua cadeira despreocupado.

- Estou falando sério Brian, não quero isso acontecendo outra vez.

- O que você quer, cara?

Joguei os papéis que eu segurava em cima da sua mesa, fazendo Erick me olhar de sobrancelha erguida.

- O que é isso?

- Preciso que passe a limpo esses cálculos e mande para a empresa de Ethan Morris.

- Pode deixar - diz ainda analisando os papéis - Só isso?

- Só isso.

Dou meia volta indo em direção a porta e quando a abro para me retirar, Erick me chama.

- Topa passar no bar do Anthony mais tarde?

Eu sorri.

- Fechado.

- Eu vou também.

Erick e eu franzimos o cenho e quando eu me viro para trás, encontro Emily de braços cruzados.

- Ah - Erick riu - Você não vai não.

- Eu vou sim.

- Não - eu e Erick falamos juntos - Você não vai.

- Por que não?

- Por que você é irritante.

- Eu vou - Emily sem cerrou os olhos - E ponto final.





Continua...

Espero que tenham gostado 💖💖

Morena - Christopher Vélez Onde histórias criam vida. Descubra agora