Capítulo 02

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Boa leitura 📖

Danna Scott

Senti um peso no meu corpo. Tiro minha cabeça para fora do cobertor, vejo um vestido vermelho e Liese de braços cruzados.

- Veste isso.

Eu ri.

- Como é que é?

- Mandei você vestir isso, Danna, já é a terceira semana que você está assim - disse a loira se sentando na beira da cama, aliás, como ela conseguiu entrar aqui? - Só trabalho, faculdade e cama.

- E vinho.

Falei ajudando a piorar minha situação.

- E vinho - ela também diz - Está na hora de você se reerguer e acabar com essa palhaçada. Olha só pra você! Um mulherão da porra, sofrendo por um macho vira-lata daqueles? Enquanto você tá aqui, aposto que ele tá lá fumando maconha e ficando com uma garota diferente a cada dia.

- Liese...

- Danna, me desculpa, mas eu sou sua amiga e precisava falar a verdade - ela suspirou - Você não pode continuar assim, não mesmo.

- Eu sei, mas é muito difícil.

Admiti já com água nos olhos.

- E eu sei, mas... Você tem que reagir, mostrar que não depende de homem nenhum - ela disse me fazendo concordar com a cabeça - Por isso, você vai se levantar dessa cama agora, tomar um banho, passar uma maquiagem daquelas, um perfume caro, colocar um salto alto e sair para beijar na boca!

Arregalei os olhos.

- Não, por favor - quase que implorei - A última coisa que eu quero agora é homem.

Liese sorriu maliciosa.

- Eu não disse que a boca tinha que ser de homem.

(...)

- Meu Deus, Danna Elizabeth - Liese disse sorrindo enquanto dava pequenos pulinhos - Você está linda demais. Maravilhosa!

- Tem certeza?

- Oi? - a loira franziu o cenho como se tivesse acabado de escutar o maior absurdo - Querida, você está como a porra de uma grande gostosa.

- Esse vestido tá meio curto.

- Tá mostrando a bunda?

- Não, mas...

- Pois perfeito, se não está mostrando a bunda não está curto coisa nenhuma.

- Liese...

- Danna! O vestido está perfeito, merda, agora vamos logo antes que eu tenha que te arrastar.

A loira saiu me puxando pelo pulso até a porta, e eu com a mão livre, rapidamente pego minha bolsa que estava em cima da mesa.

- Mas você já está me arrastando!

(...)

Saímos do táxi e estamos de frente a balada. Sinto que vou cair de tão trêmula que as minhas pernas estão e o almoço está revirando dentro da minha barriga, me deixando com a sensação de que vou o botar pra fora a qualquer instante. Eu nunca fui de sair muito, sempre prefiri ficar mais em casa porque, sinceramente, as pessoas me dão medo.

Mostramos as nossas identidades para os seguranças e logo em seguida entramos. Juro que vou ficar surda de tão alto que a música está. Várias pessoas grudadas umas nas outras, bebendo, dançando, se agarrando e eu só quero ir para casa.

Morena - Christopher Vélez Onde histórias criam vida. Descubra agora