Dreams or maybe hallucinations

10

Minha mãe parou de revirar as minhas gavetas e direcionou seu olhar para mim.

-O que...-respirei fundo, eu odiava que invadissem a minha privacidade- por que?

-Eu...estava procurando uma camiseta minha-ela diz.

Sei que ela está mentindo. Mas por que? O que ela queria no meu quarto?

-Mãe, quero que seja honesta comigo, o que veio fazer no meu quarto?-pergunto.

-Eu já disse, meu amor. Não tem com o que se preocupar! Eu queria apenas uma camiseta minha que acho que deixei aqui.- ela mente novamente.

-Ok, depois eu te dou sua camiseta se eu encontrar, só quero ficar sozinha agora, tudo bem?

Ela hesita mas mesmo assim assente saindo do quarto.

Joguei minha bolsa no canto do quarto e me jogo na cama.

Ela está escondendo algo de mim, não sou tapada ao ponto de não perceber. Minha vida tem estado agitada ultimamente. Minha mãe mentindo, e pessoas que não existem ou existem que eu vejo...isso soa muito estranho comigo falando assim, mas eu não sei muito sobre o que está acontecendo.

(...)

Ouço um barulho. Abro meus olhos e vejo que dormi por um bom tempo, está de noite.

Sento em minha cama e olho em volta, era minha caixinha de música.

Vou até a minha escrivaninha e pego a caixinha. Estranho, ela ligou sozinha, ela apenas liga se puxar a cordinha que tem atrás dela. Deixo ela tocar um pouco até cessar a música.

Olho de novo para ela e logo vem um flashback em minha cabeça:

-Pai!- o chamo com os meus olhos vidrados em uma lojinha.

-Filha, está muito tarde e está nevando! Sua mãe ficará brava se chegarmos tarde- ele fala indo em minha direção.

-Eu sei, mas olha aquela caixinha que linda!- digo apontando para dentro da vitrine.

Ele direciona o olhos para onde eu apontei e abre um sorriso, ele me encara.

-É linda mesmo, mas agora vamos, está tarde- ele diz me pegando no colo e indo em direção à nossa casa.

No dia seguinte eu acordei e lá estava a caixinha embrulhado em uma papel de presente vermelho, havia um cartão que dizia:

Espero que goste, vi o quanto queria.

Com amor, papai.

Sorri vendo meu presente.

Meu pai sempre tentava comprar as coisas que eu queria, mesmo não tendo um pingo de dinheiro no bolso.

Limpei uma lágrima que descia pela minha bochecha. Respirei fundo.

Fui em direção ao banheiro e fiz minha higiene para dormir.

(...)

Acordei na força do ódio. Olhei com raiva para o infeliz que me acordou.

-O que foi?-pergunto.

-Você não foi para a escola.- Liza me diz.

-Eu sei, eu sei.- na verdade eu nem sei qual é o meu nome agora.

-Uma pessoa perguntou sobre você hoje...-ela fala me fazendo sentar na cama na hora.

Essa pessoa poderia ser, Damon, Gilbert, Cinco, Louis, Jughead, Peter...

-Foi o Ryan- ela diz.

Ryan perguntando sobre mim?

-O que? Por que?- pergunto rápido.

-Ei ei, eu não sei, mas acho que ele queria te convidar para uma festa.

Festa? Aquelas festas que só tem adolescentes fedendo à álcool e que só ligam para o próprio nariz, provavelmente.

-Ah...-falo desanimada.

-Você poderia ir...-ela diz.

-Eu em uma festa? Bebeu foi?

-Vai ser divertido-ela diz sorrindo- vamos!

A encaro. Acho que vi que seus olhos estavam lacrimejando, Cristo!

-Ok, tanto faz, quando vai ser?-pergunto.

-Hoje a noite-ela fala me fazendo arregalar os olhos.

-Eu não vou-digo.

-Ah vai sim, vamos! Lembra aquela fez que você subiu na mesa e...-ela fala mas eu a interrompo.

-ok, ok eu vou, mas não fale desse meu passado, pelo amor de Deus- ela ri concordando.

Ok, vou lá comer e depois eu volto, esse é meu plano.

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Fml o que será q vai acontecer nessa festa meus amores? Esse Damon tá mto quietinho...O que? Finge que eu n disse nada.

~Loren.

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