O Regresso

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N/a: Oi gente, voltei! Estive com covid de novo, mas a parte boa é que eu organizei algumas coisinhas na vida nesse período dentro de casa e fanfic foi uma dessas coisas rs
Boa leitura!

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Jaebeom se limitou a rir das palavras de Emma. Ele se sentia bem com garotos e se sentia bem com garotas. Qual era o problema disso? Era algum pecado? Emma continuou argumentando que Jaebeom já não era o mesmo na cama e que havia descoberto que o motivo era aquele homem, o que não tinha nada a ver com o real motivo. Ele havia enjoado dela e apesar de serem muito compatíveis um com o outro eles haviam caído na tida rotina. Após uma discussão calorosa, Jaebeom decide concordar com o término. Não teria mesmo como levar adiante por muito tempo o que já estava fadado a terminar. 

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Demorou muito, mas quando completou 8 anos de morada em Paris, ele decidiu voltar para casa. Estava farto da vida na França e apesar de ter vivido ao máximo sua vida na cidade, ou visitando outros países e passado alguns meses em cada um, não era a mesma coisa. E para além de voltar para seu próprio país, ele queria reencontrar aquelas figuras as quais ele desenhava. Sabia que a essa altura ambos estariam muito bem casados e com filhos, mas era um risco que ele queria correr. Queria e muito. 

E em se tratando dessas figuras, Jaebeom chegou a sonhar com elas inúmeras vezes em Paris. Havia imaginado de tudo o possível em relação a elas e não havia chegado a conclusão alguma. Ele precisava falar com eles, ou com ele, com aquilo, o que fosse. 

Sem avisar a ninguém de sua família, ele pediu demissão de seu cargo na escola e vendeu seus imóveis. Tentaram convencê-lo a permanecer lá, pois ele era um professor excepcional e para além disso, ele trazia muito dos elementos de sua própria cultura consigo, enriquecendo mais a pluralidade da arte, mas Jaebeom não queria saber. Ele possuía muito dinheiro acumulado e se ele quisesse, ele poderia abrir uma escola de artes em Incheon no auge de seus 26 anos! Seu pai lhe dissera que a economia expandiu em seu país e muitas pessoas de fora estavam fixando residência por lá. Além disso, houve um crescente interesse por artes na capital e tanto ele quanto seu irmão Jinyoung se dariam bem nesse ramo ao formarem uma academia juntos.

Empacotou o máximo de coisas que poderia levar de volta e o que não conseguiu levar, doou aos pobres, como sempre fazia quando queria trocar de móveis, roupas e afins. Se despediu daqueles com quem fez amizade, desatou os laços que tinha com outras pessoas e conversou muito com seus (agora) ex-alunos. Os preparativos para a viagem demoraram mais do que ele imaginava. Ele pretendia pelo menos passar o seu aniversário de 27 anos com sua família, o que não foi possível, mas só de estar retornando para casa já o deixava feliz.

O caminho que fizera foi diferente dessa vez. Ao invés de dar a volta de navio por todo o continente africano para só depois ir para a Coréia, ele primeiro foi de carruagem até Marselha, para só depois embarcar no navio, atravessando todo o mar mediterrâneo até chegar ao Egito, onde descansou alguns dias antes de partir em um navio novamente por todo o Mar Vermelho. Atravessou o Golfo de Aden, seu navio fazendo paradas em Sri Lanka, na Indonésia, Filipinas e de lá finalmente para a Coréia do Sul, sua tão amada casa.

Poucos dias após seu aniversário de 27 anos, Jaebeom chegava no portão de sua casa com suas coisas, recebendo olhares surpresos de sua família, que agora estava maior. Jun-seo lhe dera 3 sobrinhos e Jinyoung mais 2 sobrinhas, que por sua vez já estavam bem grandes. Eles não queriam acreditar que Jaebeom havia largado toda sua vida pomposa em Paris para retornar, mas ao verem suas malas sendo transportadas para o pequeno jardim de entrada que agora estava cheio de neve, a ficha caiu. 

I Saw YouOnde histórias criam vida. Descubra agora