Com fim da Quarta Grande Guerra Shinobi surge um novo mundo construído sobre o sonho de paz daqueles que se sacrifiracaram e suatetado na aliança dos que prometeram proteger a humanide até o fim de seus dias. É neste contexto que nasce Uzumaki Shisu...
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Shisui estava sentado em posição formal sobre os dois joelhos por cima das águas, no centro do lago de Amegakure, diante da gigantesca criatura semelhante a um cágado.
Uma semana desde o funeral de Haruo. O Uzumaki acabou comparecendo à cerimônia e, por mais que não visse sentido naquele tipo de ritual, ficou satisfeito por ter ido.
Assim que notou a presença do amigo, Hanae correu até ele e o abraçou com força, aconchegando-se em seus braços. Era como se ela o esperasse para, enfim, sentir-se segura o suficiente para desabar.
Eles ficaram de mãos dadas durante toda a cerimônia.
Talvez Ahmya estivesse certa. Shisui não precisou nem de vinte e quatro horas para conseguir ver a dor de Hanae através de sua própria decepção. Também Mirai, Nekomata, Kagura e Kotaro, os amigos mais próximos de Haruo, pareceram mais fortes ao dividir a mesma perda entre si.
Os últimos membros do time dois não se falaram depois que retornaram para Ame, antes do funeral, e o Uzumaki tinha receio de que a Kishida o rejeitasse pela forma como as coisas terminaram no país do Fogo. Mas sentiu-se verdadeiramente grato ao perceber que ainda existia algo que pudesse fazer pelo bem de sua amiga. Nem que fosse apenas tê-la em seus braços ou segurar sua mão.
Era o que Shisui precisava também. Assim como precisava esvaziar sua mente para conseguir decidir o que viria a seguir, o que faria com a nova vida que se iniciava sem a presença de Haruo. Por isso ele estava ali, na companhia da criatura que melhor o compreendia e com quem mais se sentia conectado.
Depois de algumas horas mescladas entre longos silêncios e assuntos variados, Shisui sentiu um novo chakra se aproximar e colocou-se de pé.
"Preciso ir, Isobu-sama."
"Dê meus pêsames à 'sabe-tudo'." apesar da voz áspera, a criatura respondeu com cordialidade.
"Hai."
O garoto acenou com a cabeça, saltou para longe e correu por cima do lago em direção à margem, enquanto a bijuu voltava para as profundezas, causando alguma agitação nas águas.
"Como o Isobu-sama está?" Hanae perguntou ao adolescente que a alcançou na margem do lago.
Assim como o amigo, ela usava roupas de civil e não portava seu protetor de testa. Mas havia algo de atípico em seu visual. Hanae usava um cordão no pescoço com um estranho pingente, um pequeno frasco de vidro preenchido com um líquido verde em seu interior.
Na verdade, ela vinha usando aquele adereço desde o funeral do irmão. Mas, apesar da curiosidade, Shisui apenas respondeu à pergunta da amiga.
"Como sempre... O Isobu-sama te mandou condolências pelo Haruo-san."
A jovem sorriu um sorriso melancólico e os dois começaram a caminhar, de volta para o andar central das torres de Ame.
