24 - Humano, demasiado humano

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AVISO DE GATILHO: SUICÍDIO - recomendo cautela ou que esse cap seja pulado por pessoas sensíveis ao tema.


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Dois anos se passaram desde que a família simples originária do País dos pássaros se mudou para o pobre vilarejo no norte do país do Vento.

Saki sentia a cada dia que o que antes pensava ser viver, agora era apenas existir. O vilarejo para o qual se mudou não possuía escola, também não tinha o solo fértil do país dos Pássaros onde sua mãe costumava cultivar suas plantações.

A garota passou a trabalhar para ajudar com o sustento de casa. Sua mãe dedicava cada momento de seus dias para vigiar Shinki e mantê-lo calmo. Tudo o que a mãe fazia era temer e buscar evitar um novo incidente.

A família morava um pouco distante das demais casas e, apesar da gentileza dos aldeões, não mantinha contatos íntimos com quase ninguém.

Shinki sequer falava, isolado em seu próprio mundo. Fisicamente perto, mas com a mente distante até de sua própria família. Algo que irritava ainda mais a sua irmã.

'Como ele se atreve a se refugiar em seu próprio mundo depois de ter nos arrastado para essa realidade de merda?!'

Mesmo que nunca tivessem sido pessoas ricas, agora a família vivia com extrema dificuldade, dependendo da baixa produção agrícola prejudicada pelo clima árido. A cada dia Saki odiava mais aquela condição e amaldiçoava a razão de ter perdido tudo, seu irmão.

"Até quando ficaremos presos a essa vida miserável?!" ela esbravejou para a mãe depois do jantar escasso e de péssima qualidade "No país dos Pássaros eu tinha amigos, eu tinha um sonho. Eu era a melhor aluna da minha classe e agora estou aqui, enterrada neste fim de mundo!"

"Saki-chan..." a mãe respondeu com compreensão "....As coisas estão mudando... você não ouviu os outros moradores falarem sobre a construção do oásis? Dizem que vai servir a todas as vilas da região. Soube que a Areia contratou até professores para ensinar técnicas especiais para os habitantes daqui. Você poderia se inscrever e..."

"Me inscrever?! Para aprender a carregar baldes de água e arar a terra pelo resto da minha vida?! Eu poderia ser uma kunoichi! Eu era boa nisso..." a garota falou com mau humor.

"Querida, eu sei como você se sente. Mas não podemos viver em uma cidade maior e não devemos expor nossa família nos envolvendo com assuntos shinobi. As pessoas desse vilarejo nos aceitaram sem perguntas ou julgamentos. E você sabe como multidões afetam o seu irmão..."

"Meu irmão, meu irmão... é tudo culpa dele! Nada disso estaria acontecendo se tivéssemos entregado Shinki para os nossos vizinhos naquele dia. Ele teria recebido o que merece!" a garota bufou raivosa.

Ela simplesmente não suportava mais todo aquele protecionismo para Shinki. Saki nunca fez nada de errado e tudo o que sentia era que a cada dia de sua nova vida pagava pelos crimes cometidos pelo irmão.

Uzumaki Shisui shinden - o legado de ItachiOnde histórias criam vida. Descubra agora