Fazia um calor tão grande em Delacrox que Bucky Barnes já se arrependia de ter ir até lá, ao invés de passar as férias de verão em Nova Iorque. Não que lá não fosse estar calor. Mas com certeza, não era um litoral e existiam muitos refúgios onde pudesse se refrescar. Em Delacrox, não.
Enxugando a testa, ele parou de enrolar a rede de peixes e olhou para o enorme mar à sua frente. As ondas estavam calminhas, o que fazia com que o sol refletisse nelas e pequenos brilhos fortes invadissem suas vistas. O vento estava leve e quente, trazendo o cheiro salgado do mar até seu nariz. Nos primeiros dias, estava enjoado. Mas agora, depois de meses, Bucky já sentia como se sempre tivesse inspirado aquele ar.
Seu mais novo telefone, um Iphone novinho, vibrou em seu bolso e Bucky conferiu se Sam ou Sarah estavam vindo, antes de desbloquear a Tela. Não era uma mensagem importante, então, ele deixou para lá e voltou a guardar o telefone.
Havia alguns meses que os sobrinhos de Sam mostraram a ele o quanto a internet e a tecnologia poderiam ser úteis para o dia a dia: Fazer compras sem sair de casa, se comunicar em tempo real com alguém do outro lado do planeta, arranjar encontros sem muita formalidade…
E como Bucky Barnes sempre foi um grande fã de tecnologia, logo ele aprendeu a mexer em smartphones e laptops. Por isso, já tinha atingido outro ponto; O de criar redes sociais. Não havia muita coisa útil no Twitter e ele usava mais para ver notícias. Suas páginas no Instagram e facebook só tinham uma única foto, que ele tirou de um jornal porque havia gostado do ângulo. No entanto, Bucky havia se dado muito bem com aplicativos de vídeo (ele perdia horas do dia vendo vários vídeos aleatórios) e de mensagens.
Foi quando Sam sugeriu que ele tivesse alguns encontros que ele encontrou aquele, em específico. No entanto, Bucky não sentia falta de namorar. Na verdade, havia uma fila de mulheres atrás dele e seria só um sorriso e uma piscadela e, pronto, transa garantida no fim da noite. Porém, ele sabia que a maior parte só queria transar com ele por ser "famoso" e Bucky, na real, não curtia mais essa vida de sexo desenfreado e pegação.
Não, ele não era santo. Em cerca de um ano depois do estalo, perdeu a conta de quantas vezes transou. Mas com certeza, o Bucky de 1940 estaria decepcionado com ele.
Quando seu telefone vibrou de novo, Bucky parou novamente de enrolar a rede e olhou o nome. Lizzie, finalmente, havia aparecido.
Ele não sabia quem ela (ou ele) era. Na verdade, o combinado entre eles era não fazer perguntas muito pessoais, então, ele sabia o "básico": Lizzie era uma garota de 23 anos e vivia no interior. Ela trabalhava o dia todo e tinha um irmão mais velho superprotetor, o qual, de vez em quando, ela reclamava. Lizzie não tinha feito faculdade e nunca tinha saído da cidade dela, apesar de ser um dos seus maiores sonhos.
Mas fora isso, quem Lizzie era, era um enorme mistério. Assim como ele era para ela. Bucky usou um nome qualquer e enfiou uma foto de personagem no perfil, achando que ninguém ia querer conversar com o Mickey, mas essa garota também estava atrás só de uma amizade e pareceu certo para ambos.
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Dangerous Connections ▪︎ Bucky Barnes
FanfictionDepois de derrotarem a líder dos apátridas e recuperarem o escudo que pertencera a Steve Rogers, Bucky Barnes e Sam Wilson seguiram caminhos diferentes: O Primeiro, aprendeu a mexer em tecnologia, comprou um apartamento novo e tentava se adaptar ao...