Depois de derrotarem a líder dos apátridas e recuperarem o escudo que pertencera a Steve Rogers, Bucky Barnes e Sam Wilson seguiram caminhos diferentes: O Primeiro, aprendeu a mexer em tecnologia, comprou um apartamento novo e tentava se adaptar ao...
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O Sol estava na metade do céu quando o jipe laranja cortou a estrada de terra batida. O silêncio dentro do veículo não era desconfortável, na verdade, mas era levemente tenso, quebrado apenas por uma canção pop agitada que tocava no rádio.
O cheiro de maresia tão conhecido por Juliette Schade invadiu o nariz dela e, aos poucos, ela sorriu involuntariamente, se sentindo em casa. Prendendo o cabelo loiro e desgrenhado em um rabo de cavalo baixo com um elástico no pulso, ela encarou o banco traseiro do carro, verificando se Alpine estava bem. A gata branca parecia estar de mal-humor ainda, estado que lhe era conveniente desde que, horas antes, Juliette havia posto ela na caixinha de transporte, pronta para pegar um avião e voltar a Delacroix.
Disfarçadamente, Juliette apoiou a cabeça na mão e fingiu tirar o cabelo do rosto, provocado pelas janelas abertas do jipe. Bucky Barnes estava dirigindo, concentrado na estrada, com um vinco sério entre as sombrancelhas e o maxilar cerrado.
Desde que ela havia dito que queria ir conversar pessoalmente com o tio e o irmão, ele se prontificou a ir com ela, mas como Juliette ainda se encontrava, em teoria, chateada com ele, os dois não trocaram muitas palavras durante todo o trajeto.
Não que ela ainda estivesse irritada com ele. Na verdade, naquele momento, Juliette sentia saudade, tendo em vista que eles nunca estiveram tão longe um do outro. Nem quando eles ainda eram apenas Mickey e Lizzie.
Mas, mesmo assim, ela sabia que tinha outras questões para resolver antes de, finalmente, se acertar com o homem. Então, com um suspiro, Juliette pigarreou e percebeu que a cabeça dele virou na direção dela por tempo suficiente para demonstrar que estava prestando atenção.
-Você acha que o Bobby vai entender?
Bucky assentiu, de leve, ainda sem tirar os olhos da estrada.
-É claro que sim!
-Será que não era melhor termos avisado que íamos vir?
-Mas você não queria fazer surpresa? - Bucky perguntou, levemente confuso, olhando para ela.
Juliette assentiu, roendo as unhas pintadas de lavanda da mão esquerda.
-Mas é que… E se ele estiver ocupado? Ou nem estiver em casa?
-Jully, respira! - Bucky pediu, quando percebeu que a perna dela subia e descia, de nervoso. - Vai ficar tudo bem!
-É, tem razão…
Voltando a olhar para o resto da estrada, Juliette percebeu que já estavam chegando à cidade e sentiu o costumeiro cheiro de peixe e mar invadir seus sentidos. Na verdade, se ela se esforçasse um pouco mais, poderia até sentir o cheiro dos bares e das poucas lojas.
