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🥧 ָ࣪ ›𝕭árbara passos ‹𝟹 𖥻 ⟳﹙𝚙𝚘𝚒𝚗𝚝 𝚘𝚏 𝚟𝚒𝚎𝚠﹚«
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8 meses depois
O tempo passou mais rápido do que pude imaginar, e acabei prolongando meu tempo nesta nova cidade. Bianca, como uma ótima companheira, decidiu se juntar a mim neste meio tempo.
Pequenos flocos de neve caíam lentamente, anunciando a chegada do inverno. A pequena janela redonda me trouxe recordações de meses atrás, onde em minha cabeça tudo ia bem.
Sinto uma mão sobre a minha e olho para o lado, vendo uma Bianca compreensiva e um olhar protetor.
— Não pense muito nisso. — Ela pediu. Eu contei a ela o que ocorreu e ela me entendeu e não me julgou, me ajudou muito. — Fica calma, ok?
Suspirei e concordei com a cabeça. Logo o avião estava voando para meu antigo lar. Meu coração estava batendo forte e meu estômago dava cambalhotas.
Durante o voo, sem poder controlar a ansiedade dentro de mim, mexia no celular, li alguns livros, revisei matéria e conversei com alguns colegas pelo celular.
Por meio dessa viagem pude fazer novos amigos, me divertir e ficar com alguns garotos, mas nenhum provocava em mim o que ele provocava. Eu odeio isso. Eu odeio não esquecer ele. Eu odeio me lembrar dele toda vez que fechava os olhos. Isso é tão irritante e clichê!
Até mesmo cogitei na ideia de ligar para ele ou mandar alguma mensagem, porém, sempre era uma ideia ruim. Aliás, ele não queria me ver. E eu era a coitada apaixonada. Foram muitas noites de choro, entretanto, mesmo que machuque, tive que seguir em frente.
Recebi muitas mensagens de Anthony perguntando onde eu estava ou se estava tudo bem, mas não respondi nenhuma, era melhor assim.
[...]
Após pegar minha mala, compro para mim um café quente para aquecer minha garganta, já que na minha cidade natal estava nevando e eu não estava nenhum pouco preparada. Estava, porém, preparada apenas para a queda de poucos flocos e não para a queda do mundo em forma de flocos.
— Você tem certeza que está bem com isso? — Bianca perguntou com um sorriso reconfortante.
— Estou. Alguma hora teria que estar. — Respondo com um sorriso fraco nos lábios. — Vamos entrar logo no táxi porque eu estou congelando!
Rimos e entramos no táxi. Cada vez que o automóvel se aproximava da faculdade me sentia ainda mais nervosa. Eu não queria demonstrar, mas eu estava. Muito.
Enfim chegamos neste lugar. Não que o lugar seja péssimo, mas que eu fui péssima neste local. Pagamos o taxista e ele nos ajudou a retirar as malas do carro e logo Bianca e eu tivemos que nos separar, já que seu dormitório ficava em outro bloco. Após nos abraçarmos muitas vezes, me conduzia até meu dormitório.
Meus passos eram lentos, cada passo me deixava triste, mas eu também estava com frio. O cardigã de tecido fino não me protegia da baixa temperatura.
Enquanto estava distraída puxando minha mala que prendeu uma de suas rodas em um pequeno buraco, acabei não percebo a presença de uma pessoa que se aproximou e desprendeu a mala com facilidade.
— Obri... — Paro imediatamente e meu sorriso se desmancha. — Obrigada.
Agradeço após engolir em seco. Novamente o mesmo gosto amargo invade minhas papilas e eu sinto meu sangue ferver em meu rosto.
— Olá, Bárbara. — Suas orbes castanhas me encaram profundamente e eu desvio o olhar. — Quanto tempo, não é mesmo?!
— Oi, Augusto. — Tento não deixar escapar sentimentos, mas minha voz acaba falhando. — Sim, agora se me der licença, eu estou bem ocupada como você pôde ver.
Com um sorriso forçado dou as costas, sinto meu coração se acelerar e uma dor no peito se acumular dentro de mim. Minhas mão estavam trêmulas e meus olhos ardiam. Eu quero chorar novamente.
Antes que vire no corredor, sinto uma mão quente agarrar meu pulso.
— Espera, eu... Eu... — Ele então, para de falar e me puxa para um abraço.
Seu perfume era amadeirado e viciante. Ainda imóvel, sinto como se borboletas voassem em meu estômago, meu coração parecia estar festejando.
— Você está gelada, sua boba. — Sua voz soa no meu ouvido me fazendo arrepiar por inteira. — Senti sua falta.
Retribuo o abraço o deixando surpreso, porém ele não se afastou. Acomodando minha cabeça em seu ombro, fecho os olhos enquanto posso ouvir minhas batidas cardíacas.
De repente ele se afasta, me fazendo sentir frio novamente.
Em um piscar de olhos sua boca estava na minha, tornando um beijo necessitado e desesperado.
Suas mãos quentes estavam em meu rosto acariciando minhas bochechas, enquanto minhas mãos brincavam com os fios de cabelo que tem em sua nuca.
Era um ósculo perfeito. Quando enfim ficamos sem ar, seus braços rodeiam meu corpo, me esquentando.
— Você me deixa louco!
Sua voz era tão suave e seus olhos estavam avermelhados, assim como a ponta do seu nariz. Sem mais conseguir resistir, devolvo o abraço. Eu sinto mais a sua falta do que pode imaginar, Victor.
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heyyy! muito obrigada pelas 800 leituras! demorei um pouco para atualizar, mas não esqueci dessa história 🤠