❝𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 - 01

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Alabastrinas paredes cercavam a garota solitária, o ar com um leve aroma doce deixava uma sensação boa em seu corpo. Ouvindo os gritos dos demônios em sua volta como um clamo por necessidade de cordas vocais para serem ouvidas, porém tudo que tinha era o exílio de sua mente. 

Olhos. Olhos selvagens e felinos olhavam profundamente para sua inocência, estuprando seu coração com dores ásperas e ácidas enquanto sua mente se prendia em grades de desejo. Veias azuis pulsando,  correndo o sangue de sua juventude faziam seu coração ser escutado pelos demônios, estava agitado, estava ansioso. Seus órgãos estavam se sentindo esmagados como suco de laranja cítrica. 

Sua garganta parecia querer sair, salivas não conseguiam tirar o que sua garganta tinha de anormal, era como se fosse um sentimento que ela já havia sentido antes. Um sentimento perdido em memórias como pétalas secas no outono. 

"S/N?" - Sentimentos ofuscantes, cordas vocais finalmente abertas, chamaram seu nome, era uma voz áspera, tímida e familiar. Não, não era familiar, era estranha e cheia de confusão, ela apenas ignorou essa voz e se virou seguindo o caminho de responsabilidades divinas e precisas.  

*clap*

Estralo, como de uma bombinha de festas foi ouvido, seus olhos logo se encontraram, não eram os mesmos, não como os olhos daquele felino que lhe presenteava nos pensamentos. Eram os olhos de seu paciente, olhos amendoados e pele clara. Você desviou o contato visual apreensivo e olhou o relógio de parede que estava a distância de sua sala rubente, já tinham se passado 1 hora e meia de sessão, ou seja, já tinha batido o horário de ouvinte de seu paciente. Além de que também era o fim de seu período na clínica. 

"Bem, parece que foi tudo isso por hoje. Já bateu nosso horário de sessão infelizmente." - Você disse prendendo a respiração para logo em seguida dar um longo suspiro de ansiedade.  Você não tinha prestado atenção em nada que seu paciente havia falado, você teve uma estado longo de transe desconfortável. Era como se demônios o tivessem interrompido de continuar sua sessão com seu paciente doentio. 

"Tudo bem, te vejo semana que vem doutora?" - Seu paciente disse desconfiado de seus ações e pensamentos. Ele havia falado minutos sobre seu ciúmes obsessivo por sua esposa, querendo que você ouvisse suas frustações e o ajudasse com alguma dica. Porém essa sessão foi uma das mais desconfortáveis que ele já teve com você. Ele queria entender o que você estava pensando, mas ele realmente não se importava, era apenas curiosidade. 

"Claro-" - Você falou no automático, como se ainda estivesse se recuperando do que acabou de acontecer. Porém você no ultimo segundo de sua fala, lembrou-se que semana que vem você estará em sua semana de folga, você voltaria para a casa de seus pais para visita-los, já que já se faziam 2 anos que você não voltava para a cidade afastada dos prédios da cidade grande. 

𝗔𝗽𝗽𝗹𝗲𝗽𝗶. ↝ K. KozumeOnde histórias criam vida. Descubra agora