O preço do amanhã (Shortfic Malec)

A escolha

Não foi uma escolha difícil, na verdade, foi a única decisão fácil e simples que teve na vida. Aos seus doze anos de idade, quando estava num parque de diversões e ganhou cinco ursos para a sua irmã e quatro para o seu irmão caçula na barraca de tiro ao alvo, Isabelle mal conseguia caminhar abraçada a um elefante, uma vaca, um urso polar, uma girafa e um panda, o homem pediu que Alec deixasse outras crianças também serem felizes e sorriu amarelo com medo que o pequeno jovem levasse todos os brinquedos. Maxwell, de cinco anos, sorria abraçado a quatro patos de várias cores, nunca entendeu o gosto do pequeno.

Quando se aproximou dos seus pais, ouviu a frase que mudou a sua vida, "Como vai o meu atirador de elite?" O seu tio brincou bagunçando os cabelos negros de Alec, ele era fuzileiro Naval da Marinha Americana tinha vindo visitar o seu pai. Desde então decidiu que não iria para faculdade, seria um fuzileiro dos Estados Unidos. Os seus pais acreditavam que seria uma fase, e que cedo ou tarde Alec desistiria, contudo, foi um belo engano. Desde os seus quinze anos passou a fazer cursos de línguas estrangeiras, Francês, Espanhol, Italiano, buscava se aperfeiçoar para alcançar a sua meta.

E aos dezoito alistou-se, fez a prova e não poderia ser outro o resultado após tanta dedicação, os seus pais aceitaram, apoiaram o filho, não adiantava ir contra um desejo do coração, servir ao país, de ser um patriota e então foi para Academia de West Point (USMA) a Academia Federal de Educação Militar do Exército dos Estados Unidos, localizada em West Point, Nova Iorque, estudou durante quatro anos. Sempre vinha visitar os pais e os irmãos que moravam no Colorado, na cidade de Aspen.

E após os quatro anos de estudos e treinamentos intensos, teve a sua primeira missão, a capacidade especial de realizar tarefas dadas diretamente pelo presidente dos Estados Unidos fazia o coração de Alec saltar e a adrenalina correndo por suas veias, atender um chamado como uma força de resposta rápida, iriam invadir o Iraque, controlar um grupo de terroristas que estavam comandando ataques nos Estados Unidos, seria uma ação conjunta, enquanto o Exército e Marinha, iriam atacar o grupo infiltrado na Carolina do Norte, Alec estava com o seu pelotão das Forças Aéreas descendo até onde estavam o líder deles.

Para a primeira missão, houve erros? Perdas? Sim! Contudo, Alec aprendeu que ninguém deixava um fuzileiro para trás, sob o comando do sargento Hodge, voltaram e trouxeram todos, mortos e feridos. E a partir disso, era missão atrás de missão, sempre voltava após um ano para ver a sua família. E foi num desses retornos em que passava uns dias com os seus irmãos em família, sendo convidado por seu tio, que agora era subsecretário de Segurança Nacional no Pentágono, para algo envolvendo a segurança nacional.

O convite era para fazer parte de um grupo especial de fuzileiros, que atuariam sob o comando direto dele, nos assuntos que envolveriam ameaças ao Estado e a Presidência, Alec estava com 27 anos, havia passado cinco anos com os seus parceiros, eram uma família, contudo teria que deixá-los para ser um lobo solitário. Estaria entrando em lugares que o mínimo de informação seria usado contra ele e correria o risco de colocar uma Nação em guerra.

Benedict Lightwood, ofereceu alguns dias para Alec pensar, porém a resposta foi imediata, "Eu aceito" e assim ele foi enviado à Suíça para investigar um golpe de Estados, alguns agentes das Nações Unidas estariam com ele, a partir daquele momento, não existia mais Alexander Lightwood, a sua identidade passou a ser agente especial Gideon. De fato, a Operação era de alto sigilo, ao chegar em Berna, capital da Suíça, foram levados por um agente infiltrado até o esconderijo onde se reuniriam.

Era uma tentativa de ameaça química, um vírus seria implantado na visita do Presidente Americano ao País para uma conferência em prol do meio ambiente, estariam presentes representantes de algumas potências mundiais para firmarem um acordo. O grupo de Alec seria comandado pelo Capitão-tenente Jonathan Wayland, deveriam entrar no prédio e neutralizar as ameaças sem que nada vazasse, ninguém poderia imaginar que uma arma química seria combatida ali.