O resgate

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Fez um voo até próximo às ilhas canadense, era até onde conseguiria ir com o Jato que Jace disponibilizou, entrou em contato com um ex fuzileiro que trabalhava em um navio cargueiro, pediu que o levasse até a Finlândia, sabia que era a rota que o navio seguia.

Ficou escondido no convés com sua bagagem, se tudo desse certo, voltaria apenas com Magnus, pretendia usar todo o armamento no resgate. Consultou mais uma vez o rastreador de Magnus, e ele permanecia no mesmo lugar, tinha medo que o anel tivesse caído do seu dedo ou alguém percebesse que era um localizador.

Seria uma viagem de 12 horas até a Finlândia, então começou a estudar as rotas de fugas, pelo que percebeu o prédio se localizava próximo a um Porto, significava que os sequestradores também tiveram acesso pelo mar, a pessoa que falou com ele no telefone, não tinha o sotaque russo carregado poderia ser alguém muito experiente ou poderia ser outra nação usando o território russo para atrair a atenção dos Estados Unidos ao velho inimigo.

*

— Olha, eu sei que vocês são maus e valentões, — falava alto para se fazer ouvir. — Mas até nos filmes os reféns se alimentam. Ninguém vai resgatar um cadáver. — estava com sede, frio e sentia seu corpo fraco, temia o que fariam com ele, caso desmaiasse.

— Cale a boca. — escutou uma voz mal-humorada vindo da porta.

— Ah! Oi! Cobra, você está aí? Veja, eu estou com sede e fome. — precisava se manter acordado.

— Não vamos te dar nada.

— Porra... Eu vou morrer de fome idiota. E se pedirem um vídeo comprovando que eu estou vivo? — perguntou o professor.

— Você disse que não é importante para ele. — comentou o outro se aproximando.

— Não sou, também não custa tentar, nos filmes sempre funciona. — sentia sua vista escurecer aos poucos.

— Isto não é um filme.

— Cara, eu vou... — tombou a cabeça sobre o peito. Estava a 24 horas sem se alimentar, sentia a tontura e logo sua vista escureceu.

— Chefe, acho que ele desmaiou. — gritou e logo dois homens se aproximaram, retiraram o capuz, de fato Magnus tinha desmaiado.

— Alimentem-no seus idiotas, ainda faltam 12 horas para acabar o prazo.

Acordou com alguém batendo em seu rosto. — Ai, seu desgraçado. — viu o homem de estatura mediana a sua frente. — Porque essa coisa de vilões sempre usar roupas pretas, isso é fora da moda. Eu posso dar algumas dicas...— Calou-se quando o homem colocou um canudo em sua boca, rapidamente começou a sugar a água, estava com muita sede, sentiu um alívio ao beber o líquido. — Obrigado cobra, eu não quero morrer sequestrado e com fome, é um péssimo final.

— Coma logo. — ordenou o sequestrador colocando um sanduíche na boca de Magnus.

— Vocês vão realizar meu último desejo antes de me matar? — tentava levar para o humor, queria saber se Alexander, ou seja lá quem ele fosse, não viesse resgatá-lo, se sairia dali com vida.

— Haha, você é muito abusadinho, para um homem sequestrado, não acha? — falou revirando os olhos. — Isso não é um filme. Se ele trouxer o que pedimos, nós podemos te dar uma morte rápida.

— Que péssimo final para um astro da moda. — voltou a morder a comida, era difícil com as mãos amarradas, o homem segurava o sanduíche não dando espaço para ele continuar falando. — Bem, vocês podem me soltar sabe, eu não queria morrer agora, e vocês estão de capuz então essa coisa de reconhecer rosto, nem precisam se preocupar.

O preço do amanhã (Shortfic Malec) Onde histórias criam vida. Descubra agora