𝕮𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖁𝖎𝖓𝖙𝖊 𝖊 𝕼𝖚𝖆𝖙𝖗𝖔

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Quarta-Feira 12 de setembro de 1973

* Louise on *

Eu e os meninos estamos no intervalo, decidimos sentar em uma árvore em frente ao lago negro.

Marlene e Lily chegaram a um tempo e agora estamos conversando sobre quadribol.

— Então... Quem vocês acham que vai ganhar o próximo jogo? Sonserina ou Corvinal? —Marlene pergunta para a gente.

— Sonserina com certeza.— Sirius diz e nós o encaramos.— Que foi? Eu sei que eu não gosto muito daquela casa...— Com isso dou um peteleco no mesmo que estava deitado no meu colo.— Aí, foi mal Louise, mas concluindo oque eu dizia, eles não jogam tão mal, ano passado a técnica deles era boa.

— Eu concordo com o Sirius, a técnica foi boa, tanto que eles quem ganharam da última vez...— James diz olhando para a Lily que estava distraída olhando para o lago.

— Eu acho que com certeza a Corvinal vence.— Marlene diz.

— Eu concordo com você Lene.— Lily diz agora se voltando para a gente.

— Querem apostar?— James diz com um sorrisinho.— Antes que diga alguma coisa, você disse "nada de apostas no primeiro dia de aula", já estamos na segunda semana.— O mesmo diz quando vê que o Remus iria retrucar.

— Ok, vamos apostar James, oque vai valer? Dinheiro?— Marlene diz o encarando.

— Não... Isso é sem graça, que tal... O perdedor faz oque o ganhador quiser, sem regras para ficar mais interessante...— Sirius supõe.

— Eu topo.— Marlene e James dizem ao mesmo tempo.

— Louise, Lupin, querem entrar também?— Marlene pergunta para a gente que conversava entre si.

— Eles já estão nessa, os marotos andam juntos.— Sirius diz sem nos dar opção de escolha.

— Ok.— Eu e Remus dizemos ao mesmo tempo e voltamos a conversar.

Com isso a gente fica conversando sobre assuntos aleatórios até voltarmos para a aula.

🌙

* quebra de tempo *

Finalmente as aulas acabaram, estou indo para o meu quarto, sei que a Rafa não vai estar pois a mesma foi para a casa resolver coisas de família, porém quando abro a porta tem alguém lá dentro...

Era o Régulos, ele estava sentando na minha cama com uma carta na mão.

— Régulos, tá tudo bem?— Digo ao mesmo estranhando a cena. Quando ele nota a minha presença ele vem correndo e abraça a minha cintura.

— Não...— Ele diz e eu noto a sua voz de choro.

Quando ele levanta a cabeça posso ver seu rosto todo molhando.

— Eu não sei oque fazer... Eu esto com medo, desculpe entrar aqui, não sabia para aonde ir...— Ele diz tudo muito rápido e me apertando mais.

— Reggie respira ok?— Digo para o mesmo que acena com a cabeça.

O levo até a minha cama para sentarmos e coloco um pouco de água num copo para ele beber e se acalmar.

— Tudo bem, agora me conta exatamente oque aconteceu.— Digo e o mesmo me mostra a carta que estava em sua mão. Logo começo a ler.

Era de sua mãe. Basicamente na carta falava que logo seria a "iniciação" no Régulos, seja lá oque isso queira dizer. E que ele não poderia decepciona-lá como Sirius fez...

— Com todo respeito, a sua mãe é uma vaca.— Digo a ele e o vejo dar uma risada mínima.

— Oque ela queria dizer com "iniciação"?— Pergunto ao mesmo e o vejo me encarar.

— Eu te conto, mas você não pode contar a ninguém.

— Eu prometo.— Digo mostrando o meu dedo mindinho para o mesmo que me olha com cara de dúvida.

— No Brasil fazemos promessas assim, juntamos nossos mindinhos e assim selamos a promessa.— Digo e ele logo junta seu dedo no meu.

— Ok, caso você não tenha percebido a minha família serve ao... Lord Voldemort.— Ele diz a última parte tão baixo que eu quase não entendo.

— Então essa iniciação seria como se eu me juntasse a eles, vai acontecer daqui um tempo.— Ele diz voltando a chorar de novo.

Assim eu deito na minha cama com o mesmo que apoia a cabeça no meu peito e chora mais ainda.

— Eu estou com medo Lou... Eu não queria fazer isso. Mas a minha família não está me dando escolhas...— Ele diz e eu sinto a minha camiseta molhando.

— Régulos eu quero que você me prometa uma coisa...— Digo para o mesmo que agora se levantou e está me olhando.

— Me promete que não vai fazer isso, não se junte a ele... Eu vou dar um jeito de te ajudar. Você só tem que confiar em mim...— Digo olhando nos olhos dele.

— Eu prometo...— É a única coisa que ele diz enquanto levanta o dedo mindinho para mim, oque me faz sorrir enquanto fazemos nosso juramento...

— Eu te amo, quando você sentir medo quero que se lembre que eu nunca vou deixar nada acontecer com você, está bem?— Digo a ele quando já estamos deitados de novo e sinto ele concordando deitado no meu peito.

— Posso te contar um segredo?— Régulos diz com os olhos fechados.

— Sempre...

— Eu sinto saudades do meu irmão... Eu não consigo entender porque ele se afastou, mas era ele quem eu tinha para me ajudar. A única pessoa...

— Eu acho...— Digo dando uma pausa para tentar suavizar oque eu ia dizer.— Eu acho que vocês são pessoas diferentes, e pessoas diferentes tem diferentes modos de lidar com as coisas... O Sirius é bem impulsivo, talvez a maneira que ele tenha para lidar com essa merda toda seja se afastando.— Digo finalizando.

— Ainda não faz sentido, eu não fiz nada...

— Me escute, não estou dizendo que você tem culpa nisso, mas a comparação dói... Depois que ele foi selecionado para a Grifinoria a sua família depositou todas a a esperanças em você, oque com certeza tem sido horrível para você... Mas a comparação mata o Sirius, por mais que ele não queira admitir, ver você sendo chamado de "um filho melhor" não deve ter sido fácil também...

Agora ele fica em silêncio, mas eu sei que entendeu oque quis dizer.

— Eu posso dormir aqui?— Ele diz ainda chorando um pouco, porém visivelmente mais calmo.

— Claro que pode...— E assim passamos a noite, ele logo dormiu enquanto eu fazia cafuné nele.

Ele acordava no susto algumas vezes, ele disse que estava tendo pesadelos, mas logo eu o acalmava e ele voltava a dormir.

Eu não o julgo, é muita merda para uma criança de 12 anos...

Fico me perguntando se o Sirius recebeu uma carta também.

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espero que tenham gostado, até o próximo <33

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