𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 𝕮𝖎𝖓𝖖𝖚𝖊𝖓𝖙𝖆 𝖊 𝕹𝖔𝖛𝖊

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Terça-feira 25 de Dezembro de 1973

* Louise on *

James e eu estamos caminhando de mãos entrelaçados de volta para a sua casa, pois o jardim está realmente congelante.

— A gente vai contar isso para alguém?— Ele me pergunta sorridente.

— Eu preferiria que não, mas sei que você está doido para contar para os meninos.— Digo retribuindo o sorriso.

No meio do caminho noto uma coruja encima da árvore, ela acabou de pousar. Logo deixa alguma coisa cair no chão, parecia uma carta.

— Que estranho, quem manda cartas uma horas dessas em pleno natal?— James pergunta me encarando.

Assim me abaixo para pegar e vejo que era destinada a mim... Uma carta do Régulos.

" Eles estão aqui, se for fazer alguma coisa faça logo, ou terei que seguir com o meu plano.

                                                     — R.A.B".

Logo sinto minhas mãos tremerem, preciso agir rápido, se pelo menos eu soubesse qual é esse plano...

— É do Régulos, ele precisa da minha ajuda.— Digo um tanto desesperada para o James, por um momento eu me perco, estou totalmente em choque, quero chorar de medo do pior acontecer, mas preciso me manter forte agora.

— Como você vai ajudá-lo?— Ele me pergunta tentando entender a caligrafia feita às pressas de Régulos.

Eu não sei. É oque quero responder. Eu não sei a quanto tempo ele escreveu essa carta, eu não sei se alguma coisa já aconteceu. Mas sei que prometi ajudá-lo.

Sem pensar muito abro um portal e entro deixando o James para trás. A última coisa que escuto é ele dizendo o meu nome tentando me impedir, não sei exatamente qual é a casa dele, mas sei que o portal me deixou pelo menos na rua certa.

Me transformo em um corvo e assim passo de janela em janela, de casa em casa, até achar a certa.

E quando o acho, me deparo com uma cena aterrorizando, um pequeno Régulos com uma feição apavorada e um braço estendido. Vejo uma marca preta se iniciando em seu braço pela ponta de uma varinha. Cujo o dono eu não tenho nem interesse de olhar.

— Não...— Grito e todos olham para mim pela janela. Ótima distração. Enquanto todos tentam me localizar de novo abro um portal dentro da casa e assim puxo o Régulos.

Quando me deparo, estou em casa, único lugar que sei que realmente é seguro.

— Oque... Oque aconteceu?— Régulos olha em volta sem entender.— Louise?

Sem responder suas perguntas pego o braço do mesmo e puxo para analisar. O desenho não se completou.

Mas também não desapereceu.

— Não, não não. Eu não acredito nisso.— Régulos diz olhando para o próprio braço também.

— Eu sei, eu...— Tento argumentar mas logo sou interrompida.

— Você não impede que aconteça, mas também não me deixa completar... Oque eu faço agora?— Ele diz com uma mistura de fúria e tristeza, me olhando com olhos cheios de lágrima.

— Oque...? Seu plano por acaso era concluir a marca?— Grito chocada com o mesmo que me olha mais bravo ainda. Tento me recompor, não é boa hora para brigar.— Régulos, eu sinto muito que isso tenha acontecido, mas...

— Mas oque? Oque você quer que eu faça agora? Volte para a escola onde minha família saberá a minha localização e Voldemort também?

— Eu sinto muito...— Digo com os olhos cheio de lágrimas.— Você vai ficar aqui comigo, nada de ruim vai acontecer com você, eu prometo.

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