Cinco adolescente nascidos e criados em uma cidade pequena e pouco movimentada. Cansados dessa vida pacata eles juntos resolvem viajar o mundo para se aventurar, mas não tem dinheiro o suficiente para sustentar esse sonho.
Então juntos resolvem cri...
Depois de algumas fatias de pizzas, umas latinhas de cervejas e conversas muito altas, estávamos sorrindo à toa, mas eu ainda não estava bêbada, só um pouco alegre. Entretanto, mesmo assim eu não parava de pensar na pequena aventura que queria viver. Levantei e sai para fora do bar sem ninguém perceber porque precisava tomar um ar fresco. Me sentei na calçada e fiquei olhando para o nada e pensando em tudo.
— Por que veio para cá? — Me assusto quando do nada escuto a voz do Luca atrás de mim.
— Eu precisava respirar. — Respondi sem olhar para ele que já estava se sentando ao meu lado na calçada.
— Está pensando sobre ir embora e carregar o seu irmão junto, né?
— Sim, mas sei que ele não quer aceitar. Nossos corações estão começando a bater em sintonias diferentes e isso me assusta, porque sei que a vida adulta está chegando e provavelmente vamos escolher caminhos opostos. — Desabafo tudo rápido e praticamente sem respirar, e um alívio toma conta de mim.
— Porque não vai só você? Seria mais prático. — Propõe Luca.
Eu já tinha pensado naquela opção e realmente seria mais prático cada um seguir a sua vida e pronto, mas tínhamos feito uma promessa de não nos separar.
— Porque primeiro, eu sei que quando ele for mais velho vai se arrepender por não ter vivido isso. E segundo, eu preciso ter pelo menos uma última aventura com meu gêmeo antes de cada um seguir a sua vida, pois sei que ele vai continuar nessa cidade chata e eu vou para algum lugar do mundo. — Falei tudo de uma vez.
Geralmente eu não contaria isso para ninguém e principalmente para o Luca por não ser muito próxima dele. Entretanto a cerveja falou mais alto e nós nos conhecemos a tanto tempo que admito que me sinto à vontade perto dele.
Luca me encarou com os seus olhos azuis e com suas sobrancelhas grossas levemente arqueadas e eu o encarei de volta tão profundamente que senti como se ele visse dentro da minha alma. Seu olhar desceu, encarou a minha boca e por um momento achei que ele queria dizer alguma coisa ou tomar algum impulso. No fundo eu gostaria que ele tomasse algum impulso naquele momento, mas ele apenas rompeu nosso contato visual.
— Então pimentinha você vai precisar de um belo plano. — Disse ele já se levantando e limpando a calça. — Pare de pensar muito e vamos curtir a noite. — Ele me estendeu a mão para me ajudar a levantar e voltamos para dentro do bar.
Resolvi seguir o seu conselho e curti a noite, mas ainda assim estava um pouco em êxtase por conta da nossa troca de olhares intensa.
Quando entramos avistamos o pessoal subindo no palco meio tortos. Provavelmente a cerveja já fez efeito neles.
Meu Deus, lá vem vergonha.
Eu poderia mandar eles descerem, mas queria ver esse mico, então só caminhei para perto do palco e sentei em uma cadeira para assisti-los. Luca se acomodou ao meu lado tão empolgado para assistir aquela cena hilária, que provavelmente iríamos zoar com eles no futuro.
A tensão de alguns segundos antes ficou lá fora ou talvez foi apenas o efeito da bebida. Eu não sabia ao certo e apenas voltei à atenção para o palco.
— BOA NOITE PESSOAL. — Grita Mia um pouco alterada. — VAMOS CANTAR CHULIANA QUE SE QUER DE MIM. — Ela já falava umas coisas bem emboladas e eu só sabia rir daquela cena.
— NÃO QUERO CANTAR ESSA, VAMOS AGORA E SÓ SARRADINHA E GRUPO DE PAGODE. - Meu irmão gritou muito empolgado.
Provavelmente isso não vai terminar bem, mas eu só queria aproveitar aquele momento.
***
Já são mais de duas da manhã e estamos na minha casa mortos de cansaço e bêbados. Não sei como conseguimos abrir a porta, só lembro que no meio do caminho eu cai algumas vezes e acho que isso vai doer bastante amanhã.
Luca capotou no sofá e Caio estava abraçado com uma garrafa de tequila dizendo que a ama, enquanto a risonha da Mia e o Antony estão dançando Just Dance. A energia deles não tem fim.
Na verdade Antony pensa que está dançando, porque ele na verdade parecia que estava tendo mesmo um ataque epilético.
E eu estava sentada no chão, encostada na parede olhando os "dançarinos" fazerem seu show, sem energias para levantar e andar até o meu quarto. Não sei ao certo quanto eu bebi para chegar nesse estado, mas tenho certeza que vou lembrar de tudo amanhã, vou zoar tanto Caio que neste momento está rindo sem parar de alguma coisa. Antony e Mia não aguentaram ver a cena e começaram a rir também.
Aí meu Deus, eu sou a única que está sã?
Continuei olhando aquelas maluquices tentando arrumar forças para levantar e ir para o meu quarto, mas não conseguia manter os meus olhos abertos e muito menos levantar. Me entreguei ao cansaço e apaguei ali mesmo no chão da sala.
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Espero que tenham gostado, até o próximo capítulo que será publicado no domingo❤️😘
