Capítulo 9

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LUNA

O dia foi tedioso como sempre, eu me arrastei durante as aulas e depois fui para casa, enquanto os meninos seguiram para o treino e mais tarde iríamos nos encontrar todos na sorveteria.

Estava no meu quarto olhando para teto e aproveitando a minha preguiça quando escuto a campainha tocar. Quero ignorar, mas essa hora só tem eu em casa para atender.

Me arrasto da cama xingando mentalmente o infeliz que apertava a minha campainha sem parar.

— JÁ VAI. — Grito descendo as escadas.

Assim que abro a porta encontro Mia com a mão na campainha.

Ela sabe que precisa apertar só uma vez, né?

— Pensei em passar aqui para irmos juntas na sorveteria, os meninos já devem estar acabando o treino.

— Ok, vou só trocar de roupa. — Respondo e subo as escadas correndo para o meu quarto.

Tiro meu pijama de coraçõezinhos e coloco um short jeans, uma blusinha de alcinha verde água e calço meu all star branco. Arrumo meu cabelo bem rápido e desço as escadas para ir ao encontro de Mia que estava na porta parada me esperando. Começamos a caminhar em direção a sorveteria.

— Então você não assisti aos treinos do seu namorado? — Pergunto para puxar assunto.

— Não estamos mais juntos, então eu não fui hoje, e também não tinha ensaio. — Ela dá de ombros ao responder à pergunta.

— Posso fazer uma pergunta?

— Claro. — Diz sem interesse.

— Por que você ficou tanto tempo com esse babaca? Digo, como você conseguiu suportar esse relacionamento?

Admito que é um pouco invasivo perguntar isso já que não temos intimidade o suficiente, mas estava curiosa para saber.

Todos as pessoas da escola sabiam como aquele relacionamento não era certo, eles viviam brigando.

— Não sei dizer quando nos tornamos esse casal péssimo, mas lembro do início, quando eu o vi pela primeira vez em um jogo e eu me apaixonei à primeira vista. Logo de cara a gente já começou a ficar e era perfeito, o jogador de futebol e a líder de torcida, estava vivendo um conto de fadas. Ele me fazia me sentir única, sempre falava palavras bonitas e me dava muitos presentes.

Mia olha para baixo e sinto sua frustração crescer. Com certeza não deve ser fácil falar sobre isso.

— Mas então começaram as traições. No início eu admito que fechava os olhos já que ele era o namorado "perfeito". Tentava ignorar. — Ela suspira. — Mas foi ficando nítido demais, meus amigos começaram a avisar e eu não vi escolha e confrontei ele. Na primeira vez ele admitiu, chorou e prometeu que nunca mais iria me trair.

— Ele não cumpriu a promessa, né? — Questiono mesmo sabendo a resposta.

— Nos dois meses seguintes sim. Ele voltou a ser perfeito como no início, mas as traições começaram novamente, e aí surgiu as brigas incansáveis que tínhamos, sempre indo e voltando. — Mia faz uma pausa e percebo uma lágrima solitária escorrer pelo seu rosto. — Nesse tempo as pessoas começaram a se afastar, porque estavam cansados do meu namoro conturbado. Eu me vi sozinha, sem apoio e então fui empurrando esse namoro, porque não queria me ver sem ninguém. — Ela me encara nos olhos. — Quando você me chamou para viajar vi isso como o momento perfeito para virar a página e superar esse relacionamento.

Fico chocada. Nunca sabemos o impacto que temos na vida de alguém.

Graças ao meu convite ela vai superar esse babaca.

— Mia, quero que saiba que você não está sozinha, estou com você. Sei que não somos tão próximas, mas estou te apoiando. — Falo segurando suas mãos e olhando no fundo dos seus olhos.

E assim ela me puxa para um abraço. Fico sem reação no início, mas logo retribuo.

— Um relacionamento vai muito além de presentes e ele ser legal Mia, se trata de confiança, respeito e amizade. Essa viagem vai fazer bem para você superar ele, mas sabe o que a minha mãe dizia?

— O quê?

— A gente esquece uma boca beijando outra, hahaha, só uma dica. — Dou uma piscada para ela. — Meu irmão está solteiro.

— Você está me jogando para o seu irmão, Luna Reis? — Pergunta arqueando uma sobrancelha e sorrindo.

A tristeza de alguns segundos atrás sumiu do seu rosto dando espaço para uma feição mais tranquila e alegre.

— Longe de mim, só estou comentando inocentemente sobre o estado civil dele, que é um solteiro totalmente livre e desimpedido.

— Meu Deus Luna, como você é sutil nos seus conselhos. — Indaga Mia gargalhando.

— Sou super discreta.

— Só que não né! — Afirma. — E você e o Duarte?

— O que tem o Luca?

— Sei lá, sinto uma tensão entre vocês. — Diz sugestivamente com um sorriso de canto nos lábios

— Olha, chegamos na sorveteria. — Falo fugindo da sua pergunta e já avistando os meninos. Salva pelo gongo.

— Você não me escapa, senhorita Reis. — Mia fala, e por sorte já estávamos perto dos meninos.

Ufa. Escapei por pouco das perguntas da Mia.

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Essas duas são muito fofas 😍

Mais um capítulo fresquinho para vocês.❤️

Não esqueçam das estrelinhas e dos comentários, amo saber o que estão achando do livro.🌟

Beijos!❤️

Revisado Por: MGCLivros

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