Prólogo

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Todas as pessoas merecem uma vida normal. Elas quando são crianças brincam e se divertem, namoram na adoescência e se casam com alguém que ama.

Porém a minha vida não é assim.

Sabe o que é crescer sabendo que em algum ano no dia 1° de janeiro, no dia do meu aniversário, eu terei que ir ?

Sabe o que é ter que se separar dos seus pais e ir viver com um desconhecido?

Sabe o que é ser "vendida" recém nascida pois seus pais tem que pagar uma divida com o maior traficante da California ? Não você não sabe.

Eu fui destinada ao filho desse homem que largou a família, e acabou com a minha vida.

Eu fui destinada a Cameron Dallas

Eu fui destinada a sofrer.

Destined to suffer

{...}

Há dezesseis anos atrás nasceu uma garotinha chamada Clarissa Gonzalez, cabelos castanho claro e olhinhos também castanhos como o do pai, branquinha que parecia uma boneca de porcelana.

Os seus pais contemplavam a sua beleza quando celular do pai tocou, a noticia era de uma crise mundial econômica, ele era rico no entanto seu dinheiro havia sido saqueado nos bancos da cidade.

Seu pai ficou nervoso pois contava com o dinheiro para pagar sua divida com o maior traficante da California, até então desconhecido.

O homem sugeriu uma conversa a sós, como ele já sabia de sua filha, permitiu uma troca: a sua adorável filha pela divida, o pai hesitou, porém acabou aceitando e em algum ano no dia 1° de janeiro, eles iriam buscá-la para seu filho, Cameron.

A medida que Clarissa crescia mais bonita ela ficava. 

Porém, era uma criança deprimida, ela já sabia de seu destino e por isso não queria ter amigos, e sua única diversão eram os livros.

Clarissa tinha uma mini biblioteca dentro de casa e por lá passava horas e horas trancada. Ela apenas se preparava mentalmente para o que lhe havia de acontecer, quando completou quatorze anos sua raiva ficou evidente pelos pais terem permitido isso.

Portanto eles decidiram criar uma lista dos desejos para que a cada aniversário ela se preocupasse com a lista e seu nervosismo e sua raiva passasse a deixando mais calma.

O tempo passou e mais medo Clarissa tinha.

{...}

Anos depois

Querido diário me chamo Clarissa Gonzalez e tenho dezesseis anos, estou extremamente feliz por um lado por completar dezessete daqui um dia e triste por outro, pois cada vez que 1° de janeiro se aproxima, mais medo eu tenho deles virem me buscar. 

Sou uma garota sozinha e só tenho meu gato Klaus, e meus livros.

O próximo desejo é conhecer alguém especial. Sim eu sei que tenho dezesseis anos porém nunca me relacionei com ninguém, e meus outros desejos eram viagens e sonhos já concretizados, o meu ultimo desejo era esse.

Agora irei dormir pois já está tarde e amanhã terá a minha super festa de aniversário com os convidados: Eu, meu gatinho Klaus. Minha mãe e meu pai.

{...}
POV Clarissa
Hoje é o meu dia e nada pode o estragar, levantei disposta e vesti minha blusa da banda Arctic Monkeys, e desci com a calça de dormir mesmo.

Estava na escada quando ouço meus pais cantarem, é sempre tão lindo os vendo felizes ou pelo menos aparentando felicidade, eles sabem que o meu fim se aproxima.

A festa foi até legal, brincamos e comemos.

Mas, agora eu estava na rua em frente a minha casa e o relógio marcava 19h.

Do nada, um garoto de cabelos castanhos, olhos também castanhos e um perfume maravilhoso se sentou ao meu lado.

"Sou Dylan." Ele disse me olhando. 

"Prazer, Clarissa." Respondo o olhando e em seguida voltei a encarar o céu estrelado.

"Sei que é estranho eu chegar assim, do nada." Ele disse. " Mas a vi sentada aqui, e não me aguentei, tive de vir falar com você." Completou e eu sorri.

"Tudo bem..." Digo sem graça.

"É lindo não é?" Ele disse olhando em direção ao meu olhar.

"Com certeza, a lua e as estrelas estão entre as coisas mais bonitas que existem para enfeitar nossa noite." Confessei.

"Não só ela, você tem os olhos tão bonitos." Ele disse se aproximando e colocando a mão no meu rosto.

Me levantei para entrar em casa ele também, ambos assustados.

"Eu..." O encarei e ele se aproximou mais.

Eu estava nervosa tremendo com borboletas no estomago, antes de colar seus lábios nos meus senti alguém me puxando com uma força terrível.

E em questão de segundos, eu me encontrava numa van preta com dois garotos.

"Fica quietinha e não grite que vai ser melhor." Um deles disse colocando um pano branco no meu nariz, tudo começou a rodar e eu perdi o equilíbrio.

Minha visão ficou preta e eu cai em seus braços desacordada.


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