Pov Clarissa
Engoli seco por que eu sabia que Cameron não era pra brincadeira, o que ele iria fazer comigo agora? Me espancar?
Bem provável, ele me olhava com malícia e depois mudou para ódio, já estou achando que mais bipolar que ele, ta pra nascer ou isso deve ser de família?
Não quero conhecer o resto da família se for assim.
"Nem sei por que meu pai colocou um peso desses pra mim." Disse Cameron me puxando pelo braço me fazendo ficar em pé ao seu lado.
"Eu sou levinha, tá?" Eu disse.
"Como você é sonsa, já sei do seu histórico, bom comportamento, livros e solidão, uma verdadeira puritana." Disse Cameron rindo da minha cara. "Não tão puritana assim, você já beijou, e provavelmente já deu." Completou.
"Se eu dei ou não, não é da sua conta." Respondo irritada.
"Pena que não teve nenhum relacionamento sério, não é mesmo?" Perguntou retóricamente, ignorando completamente a minha resposta anterior. "Estava esperando seu príncipe encantado chegar." Respondeu. "Não se iluda, aqui está bem longe de ser seu castelo, princesa."
"Melhor do que ser um drogado como você." Eu disse sem me tomar conta das coisas e vi a fúria subir aos seus olhos.
Ele apertou meu braço e saiu me arrastando até uma escada, subiu rapidamente e me machucava cada vez mais, eu sentia que iria quebrar, até a minha circulação de sangue deveria estar parando, ele me jogou dentro de um quarto e trancou a porta.
"Abre essa merda aqui, Cameron." Pedi parada em frente a porta. "Abre logo, eu não gosto de lugares fechados!" Eu esmurrava a porta.
"Cala a boca, porra." Berrou do outro lado da porta. "Fica quieta senão eu abro essa porta e quebro a sua carinha angelical, desgraça." Disse Cameron nervoso.
Comecei a chorar, aquela pose de durona era só enganação, eu era apenas uma garota frágil e sem ninguém no mundo. Se meus pais me amassem de verdade, nunca fariam isso comigo, eu sou uma inútil na vida.
Dormi no chão mesmo.
{...}
Acordei na cama, senti respirações próxima e ao abrir os olhos me deparo com Matthew e Nash me encarando.
"Até que enfim a princesa acordou." Disse Nash sorrindo.
"Vocês são bipolares de mais. Não vão me espancar não?" Eu disse
"Agora não." Disse Matthew trazendo uma bandeja com comida para mim, notei que já estávamos em outro dia, e o sol raiava.
"Nash, nos vemos lá em baixo." Disse Matthew.
Nash assentiu e desceu me deixando sozinha com outro bipolar, como a praga do Cameron.
Terminei de comer fui ao banheiro tomei banho ainda bem que tinha roupas lá pra mim, minha mala se encontrava no banheiro, vesti uma lingerie branca.
Matthew disse que iria descer quando eu entrei no banheiro.
Quando saio da porta do banheiro enrolada na toalha, Matthew que estava escondido ao lado da porta me puxa de uma vez, me fazendo gritar de susto.
"Seu viado sai do quarto, quer me matar?" Eu disse com a mão no peito.
"Eu te matar?" Perguntou. "Lógico que não." Ele disse. "Queria te pedir desculpas por ontem.
"Não podia esperar eu estar trocada para fazer isso?" Pergunto e ele sorri sem graça. "Certo, desculpas aceitas. Agora saia daqui, preciso me trocar."
{...}
A porta havia sido aberta, ou seja, eu podia sair, desci as escadas, e fui em direção a cozinha, estava morrendo de fome, quando me deparo com um deus grego sentado no sofá.
Minha nossa senhora, aqui só tem homem gostoso?
Desci em silêncio, pelo jeito Cameron não estava em casa, passei de fininho pela sala quando sinto uma mão em meu ombro, que rapidez.
Me virei me deparando com o deus grego mais de perto.
Ele deveria ser mais velho que Cameron, cabelos castanhos, alto, musculoso, perfeito.
"Então você é a Clarissa?" Ele perguntou dando um sorrisinho irônico que me causou medo.
"É. " Foi apenas o que eu consegui pronunciar com ele me olhando daquela forma.
"Quantos anos Clarissa?" Ele disse
"Quem é você?" O cortei.
"Sou Peter, o primo do seu dono." Ele disse sorrindo cinicamente, ele me deixava assustada.
"Ele não é meu dono." Eu disse o olhando com raiva, e em questão de segundos minha posição frágil desapareceu.
"Logo de cara, já te acho uma vadia, não gostei de você." Ele disse e a raiva tomou conta de mim.
"Que ótimo, porque eu acho o mesmo de você, e não fui com a sua cara de idiota."
"Você não sabe quem eu sou." Ele disse autoritário gritando comigo.
"Ah, e você sabe Peter?" Eu disse o irritando.
"Uma vadia oferecida que vai ficar arrombada com o Cameron." Ele disse sorrindo
"Seu idiota." Fui pra cima dele, mas ele segurou meus pulsos me olhando no fundo dos olhos , ele se aproximou e ficou bem próximo aos meus lábios, eu me remexia tentando me soltar, ele me jogou no sofá e voltou a segurar meus pulsos, ele era forte e eu não conseguia me mover com ele depositando seu peso contra mim, foi em direção aos meus lábios porém desviou indo ao meu pescoço, começou depositando beijinhos e eu me arrepiei, depois chupadas leves e mordidas , eu me segurava para não emitir nenhum som, eu estava gostando mas não queria ouvir isso.
Ele trocou de caminho e agora ia em direção a minha boca, eu não sabia o que fazer, parte de mim dizia que ele era um psicopata e minha mente avisava: Saia daí. Agora outra parte me deixava imóvel.
Ele me beijou e eu mordi seus lábios, e em vez dele me repreender ele sorriu, ele só pode ser psicopata mesmo, depois dele insistir acabei cedendo, ele me beijava com velocidade e desejo, parecia que ele ia me engolir. Agora, Peter era selvagem , sua língua dançava com a minha , o ar nos faltou e ele se separou de mim com aquele sorriso cínico de sempre.
Fechei a cara e sai andando com passos pesados de raiva.
Que raiva de mim por ter cedido, ainda bem que ouvi aquele filho da mãe chegar, estou a salvo Cameron chegou.
Salva ou não, ouvi a porta do quarto onde eu me encontrava ser aberta.
O olhei e ele se sentou na minha cama, ou melhor, na cama que eu estava.
"O que quer?" Eu disse indiferente.
"Já conheceu meu primo não é?" Ele disse e eu gelei por completo.
"Sim." Eu disse confiante.
"Só vim lhe dizer para manter distância dele, ele é mal e quer tudo o que eu tenho, mas lembre-se sempre na sua vida: Você é minha e sempre será minha!" Ele disse se aproximando do meu rosto e disse em meu ouvido. "Entendeu?" Ele perguntou me deixando arrepiada.
"Sim." Eu disse entre os dentes.
"Boa garota, é assim que eu gosto, de obediência. E você será gratificada." Ele piscou e saiu.
Eu odeio minha vida, odeio o Cameron, o Matthew, e o Peter, ai que ódio.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Destined To Suffer || Cameron Dallas ||
Fiksi Penggemar"Sabe o que é crescer sabendo que em algum ano no dia 1° de janeiro, no dia do meu aniversário, eu terei que ir? Sabe o que é ter que se separar dos seus pais e ir viver com um desconhecido? Sabe o que é ser "vendida" recém nascida? Pois seus pais...