Capítulo Oito

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Pov Clarissa

Quando Cameron disse aquilo sai correndo para o quarto, vou conhecer o cara que destruiu a minha vida, será que ele e meu pai eram amigos?

Será que eles eram inimigos?

Eu não sei.

Procurei uma roupa e me arrumei, não queria que ele tivesse uma má impressão de mim, como ele dever ser? Deve ser velho uns cinquenta anos? Cabelo branco, gorducho, bebendo cerveja, sei lá.

Cansei de imaginar e desci, Cameron se encontrava pensativo no sofá, me sentei ao seu lado para esperar pelo pior.

"Cameron, você tem medo dele?" Perguntei levantando seu rosto que permanecia abaixado.

"Não é medo, não sei, receio. Nem eu o conheço." Cameron disse olhando para a porta.

Me endireitei e me afastei dele.

{...}

Uma mulher entrou pela porta, roupa de marca bem arrumada e um cheiro bom, cabelos castanhos e bom porte, espera quem é ela?

"Mãe?" Perguntou Cameron assustado. "O que faz aqui?" Perguntou ele.

"Não vai dar um abraço em sua mãe, Cameron?" Perguntou a mulher, eu me movi no sofá desconfortável, e Cameron nem mesmo se moveu. "Então, finalmente conheci a senhorita Gonzalez." Ela disse meu sobrenome, me olhando de cima a baixo.

Já vi que ela me ama, pensei ironicamente.

Ela tinha um ar tão frio que nem parecia que tinha uma pessoa em minha frente e sim um monstro sem sentimentos.

"Olá Senhora Dallas" Disse indiferente a olhando.

"Já estou vendo que a garota é de atitude" Ela disse e sorriu e eu fechei a cara.

"E então, a que lhe devo 'a honra da sua visita'? " Cameron perguntou.

"Vim conhecer a filha querida dos Gonzalez." Ela disse voltando a me olhar. "Essa era uma das coisas que seu pai me obrigou a fazer." Completou.

"O que você tem contra meu Pai?" Eu perguntei nervosa.

"Eu? Nada." Respondeu ela. "Mas já o pai dele... Se eu fosse enumerar princesa, ficaríamos conversando por uma eternidade." Ela disse irônica.

"Já percebi da onde o Cameron herdou tudo o que ele é." Eu disse. -gif-

Ela parecia uma mulher boa, mas apenas parecia, ela era cruel muito cruel, sem coração.

"Por isso que eu tenho orgulho do meu filho, ele é como eu, e não se deixa envolver." Ela disse olhando para Cameron que permanecia quieto.

"Como explica a aliança na mão e a outra filha?" Eu disse pegando-a de surpresa.

"Quer dizer que Cameron, já lhe contou sobre sua Adorável Família?" Ela perguntou.

"Não mude de assunto, eu sei que pra ter casada você deve a amar, ou melhor, pra ter dois filhos você deve os amar, talvez você só finja para manter a pose, quando na verdade se derrete por sua família. Talvez você tenha um coração em vez de pedra. " Eu disse mais para mim do que para ela.

"Estou vendo que Cameron te contou até de mais." Ela disse e saiu andando, indo até a porta, e três seguranças adentraram a casa, caminhavam em minha direção.

Senti um tapa em meu rosto, fiquei meio zonza, e cai com a tamanha força que um deles me acertou.

"Você não ouse gostar do meu filho, você não ouse mudar o meu filho. Não quero ele todo melosinho apaixonado por uma vadia qualquer. Você saiu daquela merda de casa para trazer infelicidade para seus pais, e não para mim!" A mãe de Cameron gritou e saiu da casa entrando em um carro.

O mesmo segurança me levantou a força e me jogou contra a parede, gritei alto por causa da pancada e Cameron foi pro nosso lado sendo interrompido pelos outros dois armários, vulgo seguranças.

"Ele quer te defender, que meigo, Cameron." Disse o segurança que me batia. "Você já gosta dela em duas semanas?" Completou olhando para Cameron.

Minha cabeça sangrava.

"Solte ela!" Cameron se debatia tentando se soltar, porém em vão.

"Não." Ele disse divertido e me pegou pelo pulso me jogando em cima de uma mesinha de vidro que ficava no canto da sala.

A mesa se quebrou voando cacos de vidro para os lados.

Gemi de dor.

"Esse recado é do pai dele: Não se envolva com ele." Disse o segurança, logo eles e os outros dois saíram e se juntaram com a mãe de Cameron.

Eu chorava e uma dor me penetrava, não sei se física ou sentimental. A ultima coisa que eu vi foi os garotos chegarem e tudo ficou preto.

Pov Cameron

Meu pai era cruel, nem sei se deveria dizer aquela palavra "pai". Eu já estava com medo antes dele chegar, não o conheço, e tenho medo de o conhecer, mas mesmo assim sempre soube a facilidade dele de machucar as pessoas, eu temia pela Clarissa.

Tudo foi tão rápido, enquanto eu tentava me soltar dos seguranças outro a machucava.

Primeiro um tapa, eu sei que dói, a mão dele parece um tijolo, depois a parede e os vidros, quase enfartei com aquela cena.

A mesa despedaçada e ela sobre os vidros cheia de sangue chorando, os garotos chegaram quando fui me aproximar dela, que ela apagou.

Entrei em desespero comecei a chorar e sei lá porque motivo Peter chorava e pedia desculpas a ela, os garotos estavam desesperados. Corremos ao carro e fomos ao hospital, era terrível vê-la cheia de vidros a perfurando.

Era como se fosse eu ali, eu sentia toda a dor que ela tinha, se eu pudesse eu tiraria toda a sua dor, mas eu não posso.

Chegamos, entrei com desespero com ela em meus braços e a levaram passando por um imenso corredor branco.

{...}

Horas se passaram e nada dela, estávamos todos sentados esperando por alguma informação.

"Quem é o responsável por Clarissa Gonzalez?" Uma infermeira apareceu.

"Eu." Disse indo até ela. "Alguma noticia? Como ela está, posso vê-la?"

"Se acalme senhor, você é o namorado dela certo?" Ela perguntou e eu acenti.

Não, sou o dono. Pensei.

"Ela está melhorando, recomendo descanso para ela, porém já a pode levá-la para casa, foi só um susto, graças a Deus que os vidros não a perfuraram fundo." Respondeu a mulher.

"Posso vê-la?" Peter perguntou e eu o olhei confuso.

"Me acompanhem" Ela disse seguindo pelo corredor, a segui.

Entramos e ela estava deitada naquela cama, desacordada.

{...}

A levamos para casa e eu a coloquei em meu quarto, Peter estava totalmente estranho.

Ela estava com vários curativos por seu corpo.

Peguei em sua mão e acariciei seu rosto.

"Me desculpe, eu não consegui, me seguraram. Eu não queria que tivesse acontecido isso com você, me desculpe, se eu pudesse eu tiraria sua dor, mais eu não posso. Não ligue para meus pais, certo? Vou te manter longe deles." Eu disse a olhando dormir. "Sabe, eu gosto de você." Soltei uma risada fraca. "Gosto do seu jeito irritada, confiante, e corajosa de ser." Completo tirando os cabelos de seu rosto. "Você continua linda dormindo, bela adormecida." Falei quase como um sussurro.

"Pensei que me odiasse." Ela disse ainda de olhos fechados.

Não respondi.

"Preciso de um beijo para acordar." Ela disse sorrindo e abrindo os olhos.

A beijei calmamente.

"Também gosto de você." Ela disse. Me deitei ao seu lado e ela adormeceu em meus braços com a cabeça em meu peito. Me aconcheguei ao seu corpo e adormeci.

Destined To Suffer || Cameron Dallas ||Onde histórias criam vida. Descubra agora