Destined To Suffer || Cameron Dallas ||

Capítulo Dezesseis

Fico um tempo olhando para o nada, e escuto uns passos vindo para cá.

"Abre essa porra de porta, Clarissa!" Cameron gritou esmurrando a porta.

"A gente já não tinha terminado a discussão?" Pergunto irônica.

Ele conseguiu abrir a e eu tentei sair correndo, mas ele me segurou fortemente pelos braços.

"Cameron, me solta!" Gritei me debatendo em seus braços. "Me solta, essa mão ai, passou em lugares íntimos de outras garotas, que nojo!" Disse e ele riu.

"Clarissa." Ele gritou e eu o encarei. "Eu fodi com aquela garota sim!" Disse ficando sério. "Sabe por quê?" Perguntou e eu neguei com a cabeça. "Porque eu não tenho coragem de tocar em você, de te ter só pra mim... Você provavelmente ainda é pura, e eu... Simplesmente não posso, não consigo." Ele disse e eu arregalei os olhos, me lembrei de Peter, droga. "Não acho que sou digno de tirar sua pureza. Já não me achei digno de ter te beijado." Ele disse me soltando.

"Mas então pra que ter um caso com uma 'mulher da vida'?" Minha vontade era de falar, puta, vadia, demoniada, caralhuda, prostituta, mas me segurei e falei o que mulheres descentes falariam.

"Porque, Clarissa... Eu sou homem, tenho meus momentos. Tem horas que nós não conseguimos aguentar e simplesmente acontece. Ou quando bebemos pra caralho, aí fode." Ele disse e eu me sentei na cama.

"Me deixa sozinha." Eu disse e ele me lançou um olhar triste. "Que porcaria, Cameron! Não me olhe assim!" No fundo ele acha que eu sou uma santa, mas sabemos que não sou... Mas também não sou uma qualquer que sai dando pra qualquer um, e já que o bendito me faz sofrer, eu posso brincar um pouco com ele, certo?

"Clarissa..." Ele disse vindo passar a mão em meu rosto, mas eu me levantei. "Você está certa." Ele disse. "Eu não devia ter feito isso." Completou.

"Cameron." O chamei antes de ele sair de meu quarto. "Por que não se acha digno?" Perguntei.

"Olhe para mim... Não passo de um mafioso que ama uma mulher morta, e está ficando apaixonado por uma outra mulher que lembra a primeira." Disse e eu engoli seco.

"Eu não sou nada parecida com ela." Respondo cruzando os braços.

"Sim, é." Ele disse seco.

"Não sou." Protestei.

"Sim, você é!" Ele disse segurando fortemente meus braços. "E isso me irrita." Completou.

"Me solta e saia de meu quarto." Disse entre os dentes.

"Não saio, eu que sou o dono dessa casa." Disse me atacando contra a cama.

"Certo, eu saio." Eu disse passando por ele correndo e desci as escadas chegando até a porta mas minha tentativa de fugir foi falha, pois escuto a voz do cara que me amedronta com apenas um olhar. Sim, o aquele segurança estava aqui.

"Onde pensa que vai?" Perguntou o homem.

"Pra casa." Eu disse escondendo meu medo.

"Sério? Não me lembro de meu chefe ter deixado." Ele disse.

"Você não manda em mim." Eu disse.

"Meu chefe diz que eu mando, então eu mando." Ele disse vindo em minha direção. "Mas quer saber... Você pode ir embora quando você quiser." Ele disse e eu me virei pra abrir a porta. "Mas saiba, que se você passar por essa porta, seus pais, amigos, todos que você ama ou conhece irão ser mortos." Ele disse.

"Então você mataria o filho do seu chefe?" Perguntei desafiando e ele me olhou seriamente.

"Se fosse preciso." Ele disse e eu arregalei os olhos.

"Vocês são loucos." Eu disse e passei por ele irritada.

Ao passar por Cameron que estava na escada, escuto ele rindo...

"Está rindo de quê? Posso saber?" Perguntei. "Eu posso ter sido obrigada a ficar aqui, mas pelo menos meu pai me ama e daria a vida por mim, diferente do seu." Disse irônica -gif- e ele olhou pra baixo.

Confesso, me senti mal... As vezes eu penso que Cameron só é assim por culpa de seu pai, não porque ele quer... Ele viveu assim, sempre foi tratado assim. Clarissa, pare de tentar ver coisas boas em pessoas que não tem mais salvação. Apenas desista.

Mas... E se ele for assim para poder se defender? De quem? Não faço ideia, mas mesmo assim... Olha, eu não sei o motivo de ele ser assim comigo, ou com todos, mas eu sei que ele vai mudar, ele tem sim salvação, ele não pode ser, e não é, um monstro.

Fui para meu quarto e adormeci, tive um sonho perturbador, se é que isso pode ser considerado um sonho, está mais pra pesadelo... O segurança me batia, espancava, me chutava, ele me machucava... Cameron apenas ria, Nash e Hayes tentavam me ajudar mas eram barrados por seguranças, Peter estava rindo junto de Cameron, e Matt... Bem, Matthew ajudava os seguranças a segurar Hayes e Nash. Eu estava sozinha, apenas sentindo dores em todos os locais de meu corpo, implorar pela morte era a única salvação, era a única saída que eu tinha para poder fugir daquele lugar, me livrar daquele sofrimento.

Acordei suando frio, e saí de meu quarto indo em direção ao do Cameron, bati na porta e entrei, o vi jogado na cama olhando para seu celular e eu o interrompo fazendo-o olhar para mim.

"O que você quer?" Perguntou irritado.

"Me desculpe." Eu disse indo em sua direção. "Eu não queria falar aquilo, é que... Você provocou." Eu disse ficando confusa.

"Clarissa, saia daqui." Ele disse guardando o celular e olhando para mim.

"Cameron, por favor... Me desculpe, eu tive pesadelos." Disse.

"Está com a consciência pesada, certo?" Perguntou e eu rolei os olhos.

"Sim..." Eu disse por fim.

"Certo. eu perdoo. Afinal, eu provoquei." Ele disse e eu o abracei, foi mais forte que eu, não deveria ter ocorrido isso, mas foi do momento.

"Obrigada." Eu disse e ia saindo de seu quarto, mas fui interrompida por ele segurando meu braço.

"Eu não deixei você sair." Ele disse me puxando contra seu corpo.

"Mas você..." Ele me interrompeu com um beijo.

"Foi meu irmão gêmeo." Ele disse e eu sorri. "Dorme aqui?" Perguntou.

"Mas..." Eu disse e ele olhou em meus olhos. "Por quê?" Perguntei.

"Tive pesadelos também." Ele disse e eu sorri.

Cameron me puxou até a sua cama e se deitou comigo, ficamos nos olhando por um tempo e logo adormeci em seus braços....

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Xoxo