Amor entre garras

𝐂𝐚𝐩 𝟗

"Superando medos do passado"

Havia passado três semanas desde a morte de Luiz, Lorenza não saia do quarto desde então, ela só sabia chorar e lamentar a morte do amigo, ela parou de falar com a mãe e a irmã que haviam escondido os segredos do sobrenatural pra ela.

- Filha, você pode até não querer falar com a gente, mas por favor levante para pelo menos comer! — Ela ouve a voz baixa e calma de sua mãe.

- Será que dá pra por favor vocês me deixarem morrer em paz?! Eu só quero meu melhor amigo ok! Eu não quero mais nada, eu só quero ele de volta — Ela diz já voltando a chorar novamente.

Sua mãe suspira e sai de trás da porta, ela não sabia mais o que fazer. Beca não saia do hospital, pois Duda estava se recuperando lá, e ela achava que era obrigação dela cuidar da menina e Lorenza não saia do quarto, ela não aguentava mais isso.

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Beca estava nesse momento dormindo no sofazinho que tinha no quarto aonde Duda se encontrava, ela junto com Isabelle tinham passado a noite ali, Taty não ficava muito no hospital pois estava muito preocupada com sua irmã que tinha ficado muito mal, mesmo que ela já tenha melhorado, Taty não conseguia deixar de se preocupar, e depois do acontecimento do Luiz ela não queria deixar a irmã sozinha.

Isabelle tinha acabado de entrar no quarto do hospital com a Taty e sorriu ao ver que a irmã estava acordada e já comia.

- Vejo que você já está em ótimas condições — Disse Taty sorrindo também ao ver a amiga bem.

- O que? Vocês não acharam que eu ia morrer né? Ah por favor, aquela faquinha não fez nem cosquinha — Diz Duda com seu jeito brincalhão.

- Se tivesse morrido teria sido melhor — Resmungou Beca que tinha acabado de acordar.

Taty que estava sorrindo para Duda quando ouviu a voz da Alpha parou de sorrir e olhou para Beca com um olhar de preocupação.

- Se eu tivesse morrido meu amor, você seria a pessoa mais infeliz do mundo — Duda joga mais não recebe um resposta por que Beca já tinha se levantado e saia do quarto sem nem olhar para Isabelle e Taty.

- Ok, o que deu nela? — Perguntou Duda não entendendo nada.

- Não sei, mas eu não me importo, ela só deve está querendo chamar atenção — Diz Taty bufando, ela não gostou do jeito que a Beca agiu como se ela não estivesse no quarto.

— Ei! Não fala assim, você sabe que ela está sofrendo com tudo o que aconteceu, ela vive se culpando por causa da morte do Luiz, a irmã não quer falar com ela, e tem você que vive a tratando mal de graça, ela não está querendo chamar atenção, ela só está destruída — Diz Isabelle com o semblante sério e sai do quarto atrás da amiga.

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Isabelle encontra a amiga do lado de fora do hospital, ela estava sentada em uma mesinha de uma lanchonete e parecia chorar, ela se aproximou da mesinha e tocou a amiga nos ombros que se assustou e segurou com força o braço dela, mas quando viu quem era logo soltou.

- Meu Deus me desculpe Belle eu não sabia que era você — Ela diz limpando as lágrimas do rosto, mas seus olhos estavam vermelhos provando que ela chorou a noite toda.

- Tudo bem — diz Isabelle com a mão no braço aonde doía, ela se sentou ao lado da amiga — Você quer conversar?

- Eu não sei, se eu não tivesse matado aquela mulher nada disso teria acontecido — Diz Beca abaixando a cabeça — Eu deveria ter ido com ela, o Luiz ainda estaria vivo.

- Ei! A culpa não foi sua, não sabíamos que eles estavam do lado de fora, não era pra eles estarem ali — Isabelle diz com a voz baixa e suspira — Eu sei que não é um bom momento, mas a Taty veio aqui hoje para falar com você, nós descobrimos algo, não sei se você vai gostar muito de saber disso.

Beca levanta seu olhar e quando ela olha pra Isabelle seu corpo fica tenso, ela tinha uma expressão de ódio, pavor e tristeza no rosto.

- O que houve?

- Descobrimos quem era aquela mulher, o nome dela é Sophie Johansson Styles, ela é irmã mais velha da namorada da sua irmã, e você não sabe o pior.

Nesse momento Beca nem havia percebido que tinha prendido a respiração, a morte do amigo da irmã tinha sido culpa dela, e agora também tinha sido culpa da família da namorada dela, ela não sabia como ia dar essa notícia para Lorenza, mas ela precisava saber.

- O corpo da Sophie desapareceu!

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- Você sabe que o que ela acabou de dizer é verdade né? Você está sendo muito cruel com a Beca, e de graça. — Diz Duda a Taty, assim que sua irmã saiu elas ficaram em um completo silêncio e Taty estava pensativa.

- Eu sei, eu só...eu só não sei como me aproximar dela sem ser uma tola, eu sei que ela está mal e tudo que eu queria era poder ficar com ela, apoiar ela e mostrar pra ela que nada disso é sua culpa, mas como? Como eu faço isso, sem parece uma tola? — Ela suspira e se senta no sofá bufando.

- Pera, você está me dizendo que está apaixonada? — Duda está sorrindo largo.

- Não, não sua idiota — Ela diz fazendo uma careta — Eu só quero ser uma boa amiga pra ela, eu não me apaixono e você sabe, não seja besta.

Duda dá uma risada alta jogando a cabeça pra trás e Taty olha pra ela com a cara fechada e bufa outra vez.

- Se isso não é estar apaixonada, eu não sei o que é então! — Diz Duda provocando a amiga.

- Porque que eu fui te ajudar naquela noite mesmo? — Perguntou Taty de mal humor — Sério, eu deveria ter deixado aquela faquinha em você.

- Não fale assim, está ferindo meus sentimentos — Diz Duda com um falso tom de tristeza e logo sorri.

- Ah vá se foder — Taty estava sorrindo — Eu tenho que contar uma coisa pra você, mas não sei se você está bem o suficiente pra ouvir o que eu tenho a dizer.

- Pois então diga, eu estou ótima.

- A mulher quase te mandou está viva!

Duda trava, e Taty se levantou preocupada e foi até ela dando vários tapas na sua cara devagar pra ver se ela voltada ao mundo real.

- Ei Duda para de besteira — Diz ela com um tom de desespero — Não é hora pra brincadeiras sua otária.

Duda empurra a amiga pra longe dela e solta um baixo rosnado.

- Eu quero sair dessa droga de hospital, eu quero matar essa mulher.

- Você vai, só não hoje — Diz Taty com um olhar de deboche — Não sabemos aonde ela está, só o que sabemos é que ela é irmã da namorada da Lo, eu e Jully fomos até a casa deles, mas eles fugiram.