Enfim alguém

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Caminho pela rua a procura de algum sobrevivente, chego a pensar que as pessoas que ainda estavam em casa tiveram mais oportunidades comparando a quem estava na rua, pelo pouco que sei através do rádio que peguei, meus pais foram levados com meus vizinhos para um quartel.

– Socorro, alguém me ajude! – esculto uma mulher me chamando de dento do carro que estava parado.

Corro até cruzamento a frete em que o carro estava, ela havia batido em um poste, chegando, vejo que os vidros da frente estavam quebrados, ela estava com cortes na cabeça e não podia se mexer.

– Por favor me ajude! Minha cabeça está doendo. – ela me olha chorando. – Não consigo me mexer. – continuava chorando. – estou com frio! Parece que tenho várias agulhas pelo corpo.

– Eu vou te tirar daí – tento abrir a porta, mas não consigo ela estava travada. – se acama! Ela não está abrindo.

Caço algo para tenta tirar ela de lá, indo até o outro lado da rua.

– Achei! – Pego um pedaço de barra de ferro e volto correndo para o carro.

– Achou algo? – ela me pergunta.

– Sim. – mostro a barra de ferro. – Se protege, vira a cara!

No momento em que ela vira o rosto vejo marcas de mordida em seu pescoço, eu não quebrei o vidro, lembro de algumas partes de meu sonho, principalmente da hora em que atirei em Charlot mesmo que contrariada, as duas tinha a mesma marca de mordida e Charlot nos atacava violentamente chegando a matar dois de meu colegas, e uma das coisas que eu notei nela era o roxo dos olhos e sua pele pálida, e por mais que eu julgue que a mulher do carro esteja perdendo sangue, prefiro não arriscar, e me afasto do carro.

– O que aconteceu com seu pescoço? – pergunto desconfiada e com medo. – por acaso alguma daquelas coisas te atacou?

– Por favor me ajude! Me ajude! – ela continuava a repetir as mesmas frases, começando a bater no vidro e gritando, sua mão sangrava de tanto bater.

Eu me afasto mais ainda, e vejo se transformar em um zumbi, ela parecia esta possuída por algo, agarrei firme a barra de ferro, me preparando para me defender, ela continua batendo no vidro, até que alguém segura meu ombro.

– Meu Deus! – dando um salto de lado e lhe dei uma "paulada".

Ele segura a barra de ferro com a mão e me toma, "pronto morri" , ele me olha como se me repreendesse, se aproxima de mim com velocidade pegando minha arma atirando contra a mulher, que havia conseguido sair do carro pelo vidro da frente. "naquele momento pensei que iria desmaiar de susto, mas fingia estar o mais firme possível". Procuro nele marcas de mordida pelo olhar.

– Fica tranquila! Eu não fui mordido, e nem sou uma delas, mas me diga uma coisa! Você pensa que com esses reflexos horrível iria conseguir algo contra ela com uma barra de ferro? – com sarcasmo na voz, guardando a arma em seu cinto. – Não acredito que vim aqui pegar uma híbrida como você! – me olha com um sorriso de desprezo.

Eu não sabia se sentia raiva das palavras dele ou medo do que ele podia fazer.

– Como eu? – pergunto com raiva. – você mal me conhece e já me julga! E eu nem sei quem é você.

– A pessoa que salvou sua vida! – indiferente sobre a minha raiva.

– Quer que te agradeça? Pois, é! Então brigada! – lhe estendo a mão furiosa, pedindo minha arma de volta. – Se meus reflexos são tão ruins assim me devolve.

– Não mesmo! – me pega pela mão e começa a andar comigo. – você não é apita para isso! Além de poder atirar em alguém sem saber.

Ele me leva até a pracinha perto da igreja.

Entre MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora