De Volta Ao Começo

Capítulo 20

Notas:
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Estando sua parceira em apuros com a versão vilã de Alya, apesar de atrasado, Chat Noir chegou a tempo de ver tirarem um dos brincos de Marinette. Que de maneira fora do comum mostrou usar uma máscara de Ladybug por debaixo do seu uniforme.

— Agora que você sabe que a ladybug é a ladybug, importa-se de devolver minha Bugboo? — pediu educado a Alya que sorriu divertida.

— Que romântico. O gatinho vindo atrás da sua namorada! Quem será você por debaixo da máscara, Chat Noir? — Lady Wi-Fi perguntando a ele, tira o foco de Ladybug que a acerta com um chute, dando a ele liberdade para pegar o brinco que havia sido perdido.

— Ele não é meu namorado! Podemos voltar pra o lance de roubo de miraculous? — a garota reclama fazendo Chat rir.

O legal naquilo era a irritação crescente da garota. Ela ficava simplesmente adorável quando fora da sua zona de conforto.

— Sobre isso conversamos depois, my lady. — informou a ela que apenas revirou os olhos e xingou baixo alguma coisa.

Soltando uma mão apenas para colocar seu brinco e se colocar a lutar novamente. Não tinha pretensão alguma de namorar com ela, mas era divertido ver Marinette fugindo daquele tópico como o diabo foge da cruz. Isso era.

— Tão fofos! Foram em fato feitos um pra o outro, não acha? — Lady Wi-Fi o faz sorrir, enquanto Ladybug revirava seus olhos.

— Um pouco mais tarde e me veria de  lingerie. — contou ao bichano que quase caiu durante a luta.

— Sendo assim, me certificarei de me atrasar um pouco mais na próxima! — informa fugindo do ioiô que ela lançou na direção dele.

Ok, foi meio pesado, mas seria engraçado se acontecesse. Ninguém além dele ia rir bastante daquilo.

— Por que sua máscara continuou? — faz a pergunta de meio milhão de dólares recebendo um suspiro alto dela.

— Minha afilhada pediu para que eu fosse a Ladybug numa brincadeira dela. — explicando ao herói o faz concordar depressa.

Graças a Deus aquela criança resolveu pedir isso hoje. Imagina se Hawk Mouth descobrisse que era Marinette ali?

— Compreensível... — começa a dizer a mesma frase que usou antes como Adrien Agreste, se interrompendo depressa.

Agindo com toda sua inteligência, Marinette logo conseguiu resolver a situação e mais uma vez o dia foi salvo por eles.

Ainda sim, logo que a encontrou no telhado, após levar Alya de volta a sua casa em segurança, Chat Noir viu Ladybug subir incomodada com algo, o que chama toda sua atenção.

Pensando que talvez ela tivesse visto seu ex namorado psicopata, ideia que o levou a se debruçar sobre o prédio, procurando o rapaz que Nino o mostrou uma foto um dia desses.

— Pediram pra entregar a você.. — informou a ele que depressa pegou o papel.

“Papa e Mama estão presos num coquetel importante. Quer me acompanhar para almoçar hoje?
Se não for incômodo, claro...
                                         Att, Marinette
                                        Dupain Cheng. ”

Se sentindo importante, pois Marinette nunca convidava ninguém a sua casa tinha uns bons meses, Adrien sorriu honestamente e a olhou antes de dizer:

— Claro! Aceito sim.

— Perdão? — Mari assustada o faz se sentir um burro.

Ela não tinha ideia que ele sabia. Esqueceu dessa parte, como sempre fazia as vezes. Especialmente quando algo acontecia e pensava em logo contar a sua parceira de trabalho. Por vezes até indo até Marinette, mas então saindo de perto sem dizer nenhuma palavra.

— Nada! Pensei alto, Bugboo... Enfim, tenho que ir! — despede-se ansioso, a deixando para trás.

Parando no meio do caminho para ir em casa, Adrien alimentou seu kwami, fugindo de lá pra casa de Mari, antes deixando um bilhete para Natalie encontrar:

“Desmarca meus estudos extras pelo resto do dia... Fui ali e já volto! ”

Lugar que a primeira vista estava normal, mas que olhando de dentro, pois usou a varanda para entrar, estava muito silenciosa para seu usual.

— Princesa Marinette? — chama a moça que não demora muito sai de um alçapão, com ar cansado.

— Oi, Chat! Desce aí, tô esquentando a comida... — explicando a ele, faz o herói olhá-la incrédulo por uns segundos.

Com seus cabelos soltos, Mari parecia uma bagunça adorável, de forma que Chat Noir apenas a seguiu sem reclamar para o andar mais baixo da casa.

Lá com a camisa que a viu da última vez, Marinette estava com luvas e tirava do forno uma lasanha que cheirava muito bem para ser tida como uma comida qualquer. Enquanto ele olhava na bancada e via o deve de casa de física que havia feito em aula por ser muito fácil.

— Parece que minha princesa precisa de uma patinha em física, hmm? — observando divertido a vê olhá-lo esperançosa.

— Você sabe fazer isso? — parece animada com a hipótese, o levando a assentir.

— Serei seu tutor particular de física em retorno do convite maravilhoso! O que acha? — sugerindo divertido, a faz concordar enquanto arruma a mesa para dois.

— Graças a Deus! Estava prestes a entrar em colapso e fazer algo que ia contra tudo que eu acredito… — contando aliviada, Marinette Dupain Cheng mexe rápido em seu telefone e leva a lasanha a mesa.

— E o que seria, princesa Marinette? — pergunta ao puxar a cadeira para que ela se sentasse.

Bem, talvez copiar respostas da Internet. Talvez reproduzir o trabalho de alguém pra ganhar o visto da professora.

— Falar com o riquinho mimado, implicante, prepotente e metido a besta da minha turma...

Pensando que seria esse cara, Adrien a olha confuso, recebendo um gesto de desânimo de Marinette que de imediato ofereceu a ele a faca para começar a cortar a lasanha.

— Eu o conheço? — Chat Noir questionando curioso, recebe um aceno da mestiça.

— Adrien Agreste. Já ouviu falar dele?

Pensando como Marinette pensava tão mal dele por algo que aconteceu a dois anos atrás, Chat Noir respirou fundo reunindo toda sua paciência para continuar aquela conversa sobre ele.

— Sim, mas o que ele fez de tão ruim? Talvez se sentassem e conversassem... — tenta mediar a situação, antes de começar a comer a refeição.

Aquilo estava tão gostoso que poderia chorar de felicidade. Faziam tantos meses que não podia comer algo tão bom. Aquelas dietas estavam o deixando cada vez mais deprimido.

— Ele colou chiclete na minha cadeira a mando daquela demonía da Chloe! Eu até tentei dar uma segunda chance, mas o cara só me irrita, sem condições!

Vendo que ela estava muito irritada com aquilo, Chat a dá algum tempo, comendo a refeição em silêncio enquanto pensa em como poderia tentar aplacar a fúria daquela garota.

Comida ela possuía mais que ele na sua casa, amigos também, dinheiro seria uma forma de suborno e não gostava de comprar ninguém, logo não restava muitas opções.

— Bem, sendo assim, vamos as lições de física daqui a pouco? Isso é tudo que eu posso fazer por você nesse momento. — explicando a Mari a faz concordar, enquanto mastigava incomodada.

O lembrando que precisaria urgente dar um jeito em todo aquele ódio cultivado por dois anos. Depois que comesse e estivesse bem alimentado em sua casa, obviamente.