Assistimos o jogo, ainda chateadas por tudo o que tinha acontecido... Hero e seus amigos não gostaram nada de nossa perseguição... E era óbvio que não gostariam, era para o nosso disfarce ter funcionado, mas fomos descobertas nos primeiros minutos que chegamos ao campo. Sempre que o time de Hero fazia gol, geralmente era ele, vinha um gritinho quase escondido da plateia, o nosso gritinho, não dava para fingir não conhecê-lo e que não estávamos torcendo por ele em silêncio. Ao decorrer do jogo, íamos interagindo mais, aos poucos, gostamos de futebol, nada mais justo do que as brasileiras torcerem por seus jogadores... Não é?
Durante a partida, também começamos a sentir que os meninos estavam gostando de ter a gente como suas torcedoras. Comemoravam com a gente cada gol feito por eles, Hero já sorria para nós novamente, ufa! Aos poucos fomos conquistando eles novamente... Será? Até fez um gol e dedicara para nós... Pelo menos foi o que entendemos quando apontou pra gente... É... Talvez o futebol deu uma ajudada na nossa relação.
Ficamos lá até o final do jogo, eles sentiam a nossa energia, ganharam de cinco a zero no placar, no final do jogo, falavam e olhavam para nós. As meninas e eu combinamos que íamos embora antes do jogo acabar, para que não houvesse mais conversas ou explicações do porquê de estarmos lá e para não darmos outro fora... Como sempre damos... Prometemos que não íamos mais ir atrás deles, a não ser que eles nos pedissem, o que era impossível.
O jogo acabou, e antes que percebessem havíamos ido embora. Andamos um pouco pela cidade, tomamos uma espécie de milk shake que mais parecia um café. Sentamos em uns bancos para ver o movimento, conhecemos mais ruas próximas ao nosso prédio, haviam lojinhas com pequenos objetos que lembravam Londres, compramos para levar de lembrança para a família, amigos, e antes que anoitecesse, estávamos em casa novamente, Wanis fazia a janta hoje, conversamos com algumas pessoas do Brasil, como todas as noites e nos arrumamos para mais uma noite de sono.
DIA 8
Fomos visitar outras partes de Londres, chamamos o Uber, descemos em um local indicado como centro, e de lá procuramos mais lugares para visitar, ficamos encantadas com o tamanho da cidade, com o movimento de lá, pessoas, carros, animais, a quantidade de parques e como os britânicos ficam deitadas na grama para aproveitar o dia, com suas bebidas e livros ao lado, igual nos filmes.
"Dizem que eles são boêmios, mas não fazia ideia que eram tanto..."
"Sim Bia... Nunca vi um povo que bebe e fuma tanto..."
"Poisé e eu achando que o Brasil bebia muita cerveja."
"Eles são dos meus, gostam de uma bebida!" Rayra diz e rimos com a nossa amiga.
Aproveitamos todo o tempo que tínhamos para tirar foto e conhecer mais e mais lugares, tiramos fotos até na cabine telefônica vermelha, estávamos realmente vivendo um sonho. Estava tudo perfeito.
Passamos o dia inteiro visitando lugares, comendo coisas diferentes, tentando falar com os gringos que apareciam em nossa frente, até o por do sol, resolvemos sentar em um morro alto cheio de gente, que esperavam pela mesma coisa, ficar olhando para a paisagem e aproveitar cada segundo daquele momento.
DIA 9
Descansamos do dia anterior, estávamos exaustas, tínhamos andado muito, para não gastar demais com transporte, e conhecemos vários lugares diferentes. Mas o tempo estava passando, faltava pouco para voltarmos para casa, queríamos aproveitar ainda mais, então veio a brilhante ideia de Wanis.
"Por que não vamos naquela pista de patinação que o povo geralmente vai?"
Nós a encaramos com um sorriso no rosto, ainda tínhamos grana, disposição, vontade de pagar mico com tombos no gelo... Vamos!
Nos arrumamos, fizemos penteados e maquiagens diferentes, colocamos roupas estilosas, e pedimos um Uber até o local que encontramos no Google. Do lado de fora era todo enfeitado de neon, rosa, azul, roxo, branco. Lá dentro o espaço era divido: de um lado, a pista de patinação, e do outro lado tinha uma lanchonete cheia de adolescentes.
Tentamos entender todo o local antes de decidir patinar, olhamos as pessoas que estavam lá, era uma sexta-feira, por isso a lotação, e decidimos deixar nossas coisas em um armário disponível, todas juntas. Caminhamos em direção a pista, onde tinha uma pequena parte que alugava os patins, e antes de começarmos a usar o nosso "bom inglês" com a atendente, escutamos:
"Look! The Brazilian Girls". Olhamos para trás eram eles. Hero e os M-Boys.
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Loucas por ELE
FanfictionSeis amigas viajando para Londres e, quem sabe, conhecer o seu ídolo: Hero Fiennes Tiffin. Será que elas vão conseguir?