Banho de mar

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DIA 12

"Bom dia margaridas!" Keissi nos acorda. "Faltam alguns dias apenas para voltarmos, vamos aproveitar?"

Todas iam acordando aos poucos, fomos limpando os olhos, arrumando o cabelo...

Rayra e Wanis como sempre já acordadas na cozinha arrumando alguma coisa.

"O que estão fazendo?" Pergunto.

"Vamos comer nosso café lá no parque, fazer um dia diferente de ontem." Wanis explica.

"Beleza!"

Nos arrumamos, organizamos as coisas e fomos para o parque. Encontramos um lugar gostoso, com sombra, o que não era tão difícil achar naquela manhã, não havia muita gente no parque, naquela segunda ensolarada... Ainda que, no clima londrino.

"Está delicioso!"

"Arrasaram meninas!"

"E aí meninas, falaram com os meninos hoje?"

"Eu ainda não... Vou esperar ele chamar, não quero parecer pegajosa, o cara nem é nada meu..." Falei sobre Jack, realmente não queria parecer pegajosa demais, mas também não queria me apegar a alguém de outro país, relacionamento a distância não é comigo...

"E você Ka?"

"Eu também não falei com o Félix, ele disse que ia me chamar, ou pelo menos foi isso que eu entendi..."

"É... Hero não vai me chamar né..." Todas rimos com Nanda, mas ao mesmo tempo entendemos sua chateação... Ou talvez não... De uns dias para cá Nanda não tem explicado muito o que estava sentindo, em relação a tudo, Hero, Londres, talvez esteja apenas chateada que voltaremos em alguns dias para a nossa vida de sempre.

"Bom... Eu definitivamente não falei com o Gabriel..." Damos mais risadas com Wanis, ela não entendia nada que o Gabriel falava pra ela, mesmo quando a gente entendia, ela ficava sempre com uma expressão perdida. 

Estávamos terminando de comer o que as meninas prepararam, quando sentimos pessoas atrás da gente, e quando nos viramos eram Elif e Miriam de novo.

"Hi girls!"

Dizemos hi juntas e elas se sentam com a gente. Perguntam como estamos e quando voltamos para Brazil. E quando respondemos suas perguntas, logo disseram que tínhamos que fazer algo juntas. Lembraram que comentaram sobre uma praia com a gente, no outro dia. Elas se olharam e disseram que conseguiríamos ir hoje para lá, se todas topassem.

Olhei para as meninas, todas querendo ir e então decidimos com muitos gritos de felicidades. Íamos hoje mesmo para a praia!

Cada uma pegou um carro, Miriam pediu o de seus pais emprestado, e fomos três meninas em cada um. Fomos seguindo o carro de Elif. Ela comentou que iam para lá muitas vezes, que por conta da distância, demora uma hora e meia ou duas horas para chegar, mas que tudo compensaria.

Chegamos! A praia de Londres é bem diferente da praia do Brasil, não tinha muitas pessoas, por conta do vento, como não trouxemos roupas de banho, estávamos com roupas, o que é bem estranho, não estar de biquíni na praia... A areia era super fina e clara, havia grama no meio dela, a água não era tão clara, mas era lindo estar ali. Ouvir o barulho da água, o ar puro, fechar os olhos e sentir o vento no cabelo, estava perfeito, sentimos sensações boas, e desejamos muitas coisas boas também. Agradecemos a viagem incrível que estávamos vivendo, única e inesquecível.

Demos as mãos e pulamos de roupa na água, que estava gelada por sinal. Parecíamos loucas, e se formos? É como dizem: "as melhores pessoas são assim!"

Nadamos um pouco, jogamos água umas nas outras, como se voltássemos a ser crianças. Ficamos um bom tempo lá tentando conversar com as gringas, pedimos petiscos em uma barraca longe da água e da areia, e ficamos na praia quase a tarde toda. Tentamos limpar um pouco da areia em nossas roupas, e esperamos elas secarem, quase completamente, para que pudéssemos voltar nos carros das meninas sem molhar ou sujar nada.

Voltamos ainda mais cansadas do que o normal, mas felizes por viver mais momentos como esses, e com elas. Seguimos as meninas em nossas redes sociais e elas fizeram o mesmo com cada uma de nós.

Nos deixam em nosso querido apartamento, as agradecemos pelo dia, não as convidamos para entrar porque a casa ainda estava destruída depois de ontem.

Assim que as meninas foram embora, antes de subirmos o elevador, ou melhor, as escadas, já que o elevador continuava quebrado, escutamos um sotaque super britânico, chamando:

"Nanda."

E quando olhamos para trás era ele, Hero.

Loucas por ELEOnde histórias criam vida. Descubra agora