Festa com os M-Boys

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Aceitamos ir para a festa com os M-Boys, ainda desacreditadas. Fomos em seus carros, duas em cada carro. Karina e Félix estavam em uma sintonia boa, ele não deixava de jogar seu charme para ela, Jack fazia o mesmo comigo, e nós que não somos bobas, aproveitamos para jogar o nosso. Wanis mandava mensagem no grupo dizendo que Gabriel também não parava de dar em cima dela e não sabia o que fazer.

"Aproveita boba!"

Foi o que escrevemos para ela no grupo, mas a mais sortuda de todas com certeza foi a Nanda, que havia sido notada pelos olhos claros de Hero, que se encantou com o jeitinho da nossa amiga.

Rayra e Keissi estavam curtindo a viagem tanto quanto a gente, ficavam rindo de como cada uma reagia aos Boys que arrumamos, e estavam amando enviar conselhos por mensagens para nós como:

"Beijem logo!"

"Faltam alguns dias para voltarmos, aproveitem, caga ou fica na moita, algo assim."

"O ditado correto é: não caga e não sai da moita!"

"Ou isso!"

"Se vocês não fizerem eu faço!"

E vários outros conselhos que só nos fazia rir, ainda dentro do carro, a caminho do apartamento para a suposta festa que estavam nos levando.

Fomos seguindo os outros carros, olhamos cada rua escura de Londres, que estava pouco iluminada, mas era possível notar cada uma delas, suas casas, seus parques. A pista de patinação, estava longe do local onde seria a festa. Na verdade, todo lugar lá parecia longe, haviam tantos campos e locais abertos, que dar a volta no quarteirão parecia dirigir com  destino a outra cidade.

Quando chegamos, olhei para Karina que estava no mesmo carro que eu, ela também me encara e abre um grande sorriso. Bora!


A entrada do prédio se encontrava direto na calçada, isso é sempre muito estranho para nós, acostumadas com muros e grades das casas no Brasil, haviam algumas janelas iluminadas e o som dava para ouvir do lado de fora.

Pelo que eu tinha entendido da explicação de Félix, o apartamento é de um amigo de escola deles, lá todos são muito unidos, mesmo passado anos do seu último encontro. A festa já estava rolando há horas, estavam só esperando umas brasileiras toparem ir com eles...

Entramos no lugar, estava quente, bem diferente do lado de fora, cheirava cigarro e maconha em alguns pontos, tinham muitas bebidas, mais do que podíamos contar, e muitas pessoas dentro de um cubículo de apartamento. Os meninos saíram para buscar mais bebidas e nos juntamos à algumas pessoas que já estavam bêbadas e animadas.

"E agora?" Nos olhamos perdidas.

"E agora? Vamos curtir!"

Andamos pelo lugar, muitos olhavam para nós, era óbvio que não éramos dali. Alguns copos apareceram em nossas mãos, eles realmente bebem muito.

"Humm essa bebida está boa! Prova!"

Era uma bebida doce, realmente gostosa.

"Hey! Brazilian girls! Come on, dance with us!"

A dj nos chamava para dançar, em segundos abriram uma roda no meio da sala e ficamos no centro sem saber o que fazer, envergonhadas.

As músicas deles eram um tipo de rap com batidas animadas, tentamos dançar um pouco como eles, imitávamos umas garotas que estavam animando a gente.

Então tive uma ideia, fui até a dj e pedi que colocasse Anitta,  já que atualmente, uma das cantoras brasileiras mais conhecidas no mundo, e no mesmo instante ela entendeu. Ouvir uma voz conhecida nos ajudou a nos soltar, a festa se animou ainda mais, Rayra mostrou o quadradinho carioca para os gringos, imitamos ela, ouvíamos gritos e mais gritos, as pessoas dançando músicas cantadas por uma brasileira e nós, ensinando algumas coreografias que conhecemos.

Os meninos chegam e assistem toda a cena, puxo Jack para dançar comigo e Wanis faz o mesmo com Gabriel.

Karina e Nanda saem do meio da roda para refrescar um pouco, Félix puxa Karina pela mão e a leva para uma outra sala, enquanto Hero puxava algum assunto com Nanda na mesa de bebidas.

Continuamos dançando. Keissi fazia vários caras do apartamento olharem para ela, Rayra animava todo mundo, Wanis e eu ainda tentávamos dançar com os gringos e eles pareciam estar se divertindo, apesar de não dançarem nada bem.

Wanis e Gabriel quase não se falavam, ela não entendia nada que ele falava, sempre precisava de um tradutor, ou tentava um portunhol com ele, mas ainda era difícil, só ficavam rindo um para o outro e se comunicavam com gestos.

Eu puxo Jack para um outro espaço... Mais vazio.

Loucas por ELEOnde histórias criam vida. Descubra agora