• Dave Hodgman •

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Maratona aniversário do Dylan

Tate = irmão ciumento de S/n.

S/n está escrevendo em um diário.
É meio importante adicionar esse toque.

[...]

Comecemos pela explicação.

O que um adolescente do terceiro ano com crise existencial faz correndo - a uma da manhã - por uma rua escura e meio sombria?

Pergunta difícil porém explicável.

Fugindo de Jane Harmon - pensando bem não é uma boa explicação.

Jane, a ficante de uma paixão - uma horrível e atual - e Dave certamente gostava dela, o problema é que eu gostava dele.

Então aconteceu coisas que acontecem em festas.

Garota bebe, beija um cara aleatório - cara aleatório vulgo eu - namorado surta.

Um selinho? Tudo bem. Mas a garota queria me comer vivo.

Meus amigos fizeram um jogo idiota o qual eu deveria ficar vendado e eles me dariam uma bebida estranha - topei porque sabia que eles escolheriam Gim - No meio disso Jane veio até mim e me beijou.

Simples para todos ao redor e até para ela, menos pra Dave e eu.

Eu saí correndo de lá. Só parei em uma rua perto do supermercado, ao menos é um lugar com boa luz.

Minha vida acabou. Me sentei na calçada colocando as mãos em minha cabeça. Meus pais acham que eu estou na casa de um amigo, pelo menos com isso não preciso me preocupar.

- Que droga.. que.. merda - ouço um garoto reclamar baixinho.

Pelo meu azar, Dave.

- Oi - era simples, era só um oi.

- S/n não quero seu discurso de como ela beija bem e na real não quero nem ouvir sua voz, por favor, me erra - diz passando por mim.

Um oi o qual ele não gostaria de responder. Eu quebrei o ser mais inocente e fofo do mundo e isso me destruía.

- Dave - digo o seguindo.

- Já disse, caí fora S/n - a sensação de raiva era tanta, que ele não conseguia nem esconder. Sua voz mostrava ódio e um pouco de tristeza.

- Dave - seguro a mão dele.

- Não, não e não - se vira olhando diretamente minha pupila meio dilatada. Poderia ser tão específico assim? - eu namorava a garota que eu tô secando há muito tempo, você estragou isso, estragou minha chance de felicidade. Nunca fomos amigos mas não é motivo para acabar com minha vida assim.

Uma coisa que já deveria ter em mente. Adolescentes são como bombas, todos tem sentimentos a flor da pele e qualquer coisa é motivo. Motivo de raiva, felicidade, tristeza e até repulsa.

Mas nunca vi Dave em uma posição tão vulnerável quanto a de agora.

- Se chama vodka e gim, fico feliz que você não beba e sinto muito por tudo que ela fez - ao me focar nele vejo o garoto quase chorar com minha curta afirmação - você é cego? Eu tava vendado.

- Mas beijou ela - sua voz enfurecida já havia desistido, tudo que lhe restará agora era cansaço - e isso dói. Eu confiei em você.

A dois segundos disse que não éramos nem amigos, Dave sabia que eu gostava dele. Nunca faria isso por nada.

- Por mim ou por ela? Sua inocência é linda - sorrio limpando uma lágrima do garoto.

- Como assim por você ou por ela? Eu gosto dela, gosto mesmo dela já faz muito tempo e você saiba - extravasa em um tom irritado - e ai eu paro de te olhar por cinco segundos e vocês... Se beijam.

- Vamos testar seu argumento, tudo bem? - dou um pequeno sorriso - se o seu ciúme é dela, não vai sentir nada e pode continuar me odiando.

- Espera você vai me.. - não deixo o garoto terminar, mas ele também não recuou.
Aprecia que gostava disso.

Querida explicação, leitores, invasores de privacidade, irmão mais velho protetivo, ou seja lá o que, eu beijei Dave Hodgman.

Foi um beijo fofo e calmo, sua mão percorria pela minha nuca, eu sentia seu nervosismo tomando conta de todo aquele bendito corpo.

E minha teoria teve uma resposta pois Dave o intensificou.

Suas mãos descendo e subindo, quase me pondo em seu colo.

Aquele famoso clichê de "eles pararam por falta de ar" não existe. Paramos por um motivo simples.

O motivo simples? Era uma da manhã ele supostamente me odiava e os caras do supermercado estavam nos observando.

- Sua casa tá longe? - pergunto colando minha testa a dele.

- Não, brigou com o Tate? - aspira agastado.

- Nah, só disse a minha mãe que ia dormir na casa de um amigo - mais uma vez me arrependo de certas coisas que digo.

- Podemos ser mais que isso, ao menos por uma noite - volta ao beijo, desta vez quente e com desejo.

Uma boa ideia de título?

Caro leitor/a, eu beijei David Hodgman.

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