Capítulo 10

179 12 3
                                    

No quarto acomodada Eleonor ficou pensativa. Os meses passaram rápido, Eleonor estava com 7 meses, foram bem difíceis para uma mulher ativa como ela que tinha que estar de repouso absoluto, os enjôos e tonturas já haviam passado, mais não podia fazer quase nada, estava entediada, a ultra já havia revelado que o bebê seria um menino. Fátima e Andreia iam visitá-la todo FDS, passavam momentos agradáveis, e quando perguntavam sobre a relação com German, Eleonor desconversava. Eleonor decidiu ocultar da filha tudo que estava acontecendo, sempre que fazia vídeo chamada escondia a barriga, quando Olivia dizia que ela estava diferente, ela desconversava dizendo que apenas havia engordado um pouco.

Eleonor estava no quarto lendo, quando bateram a porta

_ Pode entrar.

_ Oi, trouxe um lanchinho para você.- disse German entrando com a bandeja

_ Obrigada, mais não estou com fome.

_ Come nem que seja um pouquinho, toma pelo menos o suco.

_ Está bem, aauun- disse Eleonor fazendo careta

_ O que foi, algum problema?

_ Nada, ele só está muito agitado.

_ Posso?

Eleonor balançou a cabeça positivamente, German colocou a mão em sua barriga e sorriu.

_ E aí rapaz, tá fazendo festa aí dentro? Não vejo a hora de te conhecer garotão.

_ Acho que a essa altura ele já deveria ter um nome.

_ Tem razão, e qual você sugere?

_ Eu?

_ Sim.

_ Não tenho nenhum, você que tem que escolher, é o seu filho.

_ Deixa eu pensar...já sei como ele irá se chamar.

_ Como?

_ Meu filho terá o mesmo nome do meu avô. Bento

_ Bonito nome- disse Eleonor sorrindo sem graça

_ Ouviu isso garotão, você terá nome do bisa.- disse German rindo _ permita-me

Eleonor se assustou quando German começou a abrir os botões da blusa de seu pijama.

_ O que está fazendo?

_ Quero senti-lo mais de perto

Eleonor o olhou, German abriu por completo a blusa expondo os seios fartos e grandes, cobertos pelo sutiã, German não pode evitar olhá-los e a grande barriga, que de imediato acariciou, ele sorriu ao sentir o bebê chutar, os olhares se cruzaram para evitar o clima e o possível beijo que poderia vir com ele, Eleonor disse que gostaria de descansar, German entendeu o recado, se despediu e saiu.

Mais tarde

German estava em seu escritório conversando com Dora.

_ Então irá se chamar Bento, que lindo nome patrão.

_ Estou tão ansioso para que ele nasça.

_ Desculpe ser intrometida, o senhor a ama né.

_ Sim Dora, parece que cai na minha própria armadilha, me apaixonei completamente pela Eleonor.

_ E por que ainda não disse isso a ela, o que espera?

_ Já tentei algumas vezes, mas ela sempre dava desculpas, como se quisesse fugir do assunto.

_ Seria tão bom que vocês se entendessem, esse bebê precisa de uma família, e vocês fazem um lindo casal.

_ Sim, quero que Eleonor e eu criemos nosso filho juntos, por isso assim que Bento nascer vou pedi-la em casamento.

_ Sério!

_ Sim, já não tenho mais dúvidas.

_ Mais o senhor acha que ela vai aceitar, acha que ela senti o mesmo pelo senhor.

_ Bom, às vezes sim, às vezes não, mas andei sondando as amigas de Eleonor, e elas acham que embora ela nunca tenha confessado, senti algo por mim.

_ Ah sim, ela já está tão apegada a esse bebê,o senhor tem que ver como ela conversa com ele, canta, lê histórias.

_ Ela evita ter esse tipo de atitudes na minha frente, mas em algumas ocasiões eu já vi, ela tenta demonstrar não se importar dizendo que o bebê é meu filho, mas sei que ela o ama tanto quanto eu.

_ Seria muito difícil para ela ter que entregar o bebê, por isso espero que vocês se entendam.

_ Sim Dora, vou pedir para que Eleonor seja a minha esposa, e mesmo que ela não aceite, não poderia afastá-la desse bebê, independente do que acontecer entre nós, não vou tirá-lo de Eleonor.

Ao dizer essas últimas palavras, German não podia imaginar que Eleonor havia escutado e justamente o final, entendendo que assim que o bebê nascesse ela nunca mais saberia dele. Eleonor se afastou da porta do escritório, tentando controlar o choro, com as mãos no ventre. Eleonor se sentia confusa, um misto de sentimentos, estava sensível, vulnerável, desde o início sabia qual era o acordo, não deveria reagir dessa maneira, mas não podia evitar. German saiu do escritório e a viu chorando.

_ Eleonor o que houve por que está chorando?- se aproximando

_ Não me toca! Me deixa em paz!- alterada

_ Claro que não, olha como você está, o que aconteceu?

_ Isso tudo é culpa sua! Seu infeliz, eu odeio você!- chorando _ odeio você!

_ Eleonor por favor, isso vai te fazer mal...

_ O que está acontecendo?- disse Dora se aproximando _ está tudo bem Eleonor?

_ Eleonor vamos para o quarto.

_ Não, quero ir embora daqui, não quero ficar aqui. – alterada _ Ahhhh!- colocando a mão na barriga

_ O que foi Eleonor?

_ Ai, ahhhh!

_ Dr melhor levá-la para o hospital, acho que o bebê irá nascer.

_ Como se ainda faltam dois meses.

_ Ahhhh está doendo!

_ Pede para o Francisco trazer o carro, rápido! Calma Eleonor, respira

Em meio ao choro e as fortes dores, Eleonor desmaiou, German a pegou no colo e a levou até o carro. Em poucos minutos chegaram ao hospital, o médico de Eleonor, já a aguardava, já acordada e gemendo de dor a colocaram numa maca e a levaram.

_ German você espera aqui, vou examiná-la e já trago notícias.

_ Está bem.

Minutos depois

German avistou o médico e foi até ele.

_ Então Omar, como está Eleonor, e o bebê?

_ As coisas se complicaram, teremos que fazer uma cesária urgente, só vim saber se quer assistir.

_ Sim, claro quero estar com Eleonor quando nosso filho nascer

_ Então vamos, não temos tempo a perder.

German vestiu as roupas e entrou na sala, Eleonor já estava pronta para a cirurgia.

_ Oi – segurando-lhe a mão _ Estou aqui com você

_ Eu estou com medo- disse Eleonor chorando

_ Não tenha medo, vai dar tudo certo- disse German beijando-lhe a testa.

Em alguns minutos, com um forte choro o pequeno Bento veio ao mundo, German e Eleonor se olharam emocionados, viram rapidamente o filho que foi levado a incubadora, embora tenha nascido prematuro, estava saudável, ficaria internado até ganhar os kilos necessários. Durante os dois dias que Eleonor esteve no hospital , German esteve pendente dela.

A EleitaOnde histórias criam vida. Descubra agora