Capítulo⁴

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💥HELLO PECADORES💥

THE END > VOCÊ VAI VOLTAR PARA O CÉU <

Abriria mão de alguém, para ver ela melhor?

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Se alguém tivesse me dito que um dia o sol ficaria vermelho como sangue, com certeza eu o chamaria de doido.

Mais uma vez andávamos pelo o centro de uma Seul devastada, no entanto, dessa vez, por ventos absurdos. Eu e o Min, havíamos nos recolhido a um local seguro, até que fosse possível sair e claro, enquanto isso, nossas bocas não se descolavam. Ressalvando, que o anjo esbranquiçado era um safado, que num descuido meu, já apertava a minha bunda com todo o fervor.

— Tem uma ideia do que precisamos fazer? — falo ao que paramos em uma avenida e constato a presença de uma multidão de almas, novamente querendo se comunicar comigo.

Carros ao contrário, prédios arrancados do chão e pessoas mortas na rua — como se estivessem dormindo — era o mínimo que estava a visualizar.

"Nos ajude!"

"Ei você! Eu sei que me escuta."

"Menino, onde está a minha esposa? O vento a levou."

— CALEM A BOCA! — grito desesperado.

O Min mais a frente, ao escutar o meu dito — parou o passo e me olhou — logo entendendo o motivo do meu surto recente. 

— Humano, só os diga para seguir a luz... — e o moreno negou, vendo a minha resistência em resolver o problema. — eu sei que isso é o básico para você... e por que simplesmente não fala?

Mais uma vez o mais alto negava, enquanto agarrava os fios da cabeça, sentindo mais uma vez o seu encargo de energia extrapolando ainda mais. Doía. Muito mais do que usar drogas e no outro dia ver que nada de sua euforia era real.

No fim, tudo era uma merda.

— É só falar! — continuou insistindo o anjo, vendo o mais novo se contorcendo de dor.

— Não! Não! Eu não vou dizer e admitir ser capacho Dele... — proferiu exasperado. — PAREM DE FALAR COMIGO! — a mão que não apertava os fios ondulados, tornou a dar socos em sua cabeça, enquanto de maneira análoga, lágrimas surgiam da face viril do humano. — É ISSO QUE ELE QUER MIN... AINDA NÃO PERCEBEU?

— Não fale como se Deus fosse o vilão dessa história humano. — ditou, me segurando pelo o pulso. — A culpa sempre foi sua!

Me desvencilhei de seu toque, enquanto lágrimas e mais lágrimas tomavam o meu rosto. Mais uma vez a minha cabeça colapsava e a qualquer momento explodiria de tanta dor. O ambiente pesado, somado a todas as tragédias, só deixavam ainda mais uma nuvem pesada que pairava sobre a minha cabeça.

— SAI! — grito, quando vejo o anjo se aproximar novamente. — Pra quê serve o meu livre arbítrio então? Hnm? Nem vem me dizer que é pra escolher o caminho "certo".  — mais uma vez o esbranquiçado tentou se aproximar, no entanto, dessa vez permaneci no mesmo lugar. — A vida não deveria ser um "quiz", onde só uma resposta está correta. Não devia mesmo! Ninguém deveria ser obrigado a viver conforme o querer de alguém, nem mesmo o de Deus.

— Humano, nem tudo é do jeito que queremos... só...

— Nada é do jeito que queremos! — o interrompo para dizer. — deveria ser, mas nada no fim é... — aponto ao redor, como se estivesse o mostrando algo. — Tá vendo? Por culpa minha e sua, tudo isso está acontecendo. Pessoas estão morrendo, o mundo acabando... por eu e você Min, não termos sido bons filhos. Isso é uma puta hipocrisia! Ninguém tem que pagar pelo o erro dos outros! A gente, pelos os de Adão e Eva e eles... — profiro apontando para um corpo morto — ...e eles, pelos os nossos!

THE END - Da Aurora ao Crepúsculo - TAEGIOnde histórias criam vida. Descubra agora