THE END - Da Aurora ao Crepúsculo - TAEGI

Capítulo³

💥OLÁ PECADORES💥

THE END > O BEIJO DO ANJO <

Beijaria um anjo, sabendo que poderia ir para o inferno?

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Aos poucos tudo que um dia pude chamar de lar, sumia sob os meus olhos e eu não entendia o porquê não ia junto.

Gritos ecoavam por todos os cantos, ao que pedras e mais pedras de fogo atingiam o solo; dizimando tudo pela a frente. Eram apenas três da tarde e grande parte de Seul já parecia sem vida, enquanto eu bebia todo o álcool existente do estabelecimento.

O céu tinha uma tonalidade mais vívida e ardente, assim como toda a atmosfera, que estava a cada minuto se tornando ainda mais quente. As rádios locais, insistiam em dizer que tudo ia bem, enquanto as Tv's pediam que todos ficassem em suas casas, pois iria passar.

Sim e eu não discordo deles. 

Tudo iria passar, conquanto, não da maneira que desejavam.

Esse era o último dia;

Seria a última luz;

O último grito de dor;

O último crepúsculo.

Tomei um gole do whisky que havia saqueado e observei pelo o espaço onde deveria ficar os vidros do bar, algumas poucas pessoas restantes, correndo de um lado para o outro desesperadas.

Era inútil, mas cabia a cada um viver o fim do mundo que mais lhe cabia.

— E eu acho que já estou bêbado.

Constatando isso, resolvo antecipar a minha ida, ao que deito a cabeça sob a mesa de madeira e me permito ser entregue ao sono da morte que estava a me permear.

Até mais mundo.

💥💥

— Acorda humano idiota.

Não acredito que cheguei tão rápido no inferno, que o Min já quer me torturar.

E ele chutou a minha face, me fazendo o xingar baixo.

— Acorda! Infelizmente você ainda está vivo. — escuto o mesmo bufar alto e voltar a falar — E o mundo não acabou.

Na mesma hora os meus olhos abriram e contemplei a face tediosa do ex anjo, junto da floresta de Seul, onde estava novamente.

Por que eu estou aqui? Lembro de ter adormecido no bar.

E por que o mundo não acabou? 

Ponho-me a sentar, sentindo o meu rosto arder pelo o chute e levo institivamente uma de minhas mãos a acariciar o local.

— Já está treinando pra quando for pro inferno? — resmungo.

— Não enche tá? — e o mesmo deu de costas.

— Por que o mundo não acabou?

Ainda que sem me encarar, podia saber que o esbranquiçado estava pensativo, enquanto olhava para o céu; que numa aurora se disponibilizava para mais um dia.

— Ele... — e a sua face ainda encarava o céu, como se buscasse por respostas. — Ele nos deu mais uma chance.

— Nós falhamos?

E o mesmo riu, deixando de observar o céu, para me encarar com um sorriso presunçoso.

— Isso não está óbvio pra você? — o mesmo deu dois passos e em questão de segundos se agachou à minha frente. — O que você fez ontem pra achar que tinha se redimido?