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Um ano havia se passado e agora Amélia e os marotos se encontravam em seu terceiro ano em Hogwarts.

O segundo ano de Amélia passou mais rápido do que ela pensava. Sua irmã mais nova foi selecionada para a sonserina, a própria Amélia fez o teste para apanhadora do time de quadribol da corvinal, como havia prometido à seu irmão, e passou.

Seu irmão. Morte.
Esses são assuntos dos quais a menina fugiu o ano todo, e apesar de serem poucas pessoas na escola a saberem que a menina teve um irmão, ainda eram frequentes ela ouvir perguntas como: "tudo bem?", "precisa de algo?" e coisas do gênero. Fora as falas que pareciam ter sido decoradas pelas pessoas: "Ele foi para um lugar melhor", "Sinto muito" ou a que ela mais odiou "É melhor você superar de uma vez".

Francamente, ela entendia que era boa a intenção das pessoas, mas não via jeito algum de qualquer uma daquelas frases a ajudar a "superar" a morte de seu irmão. Quem supera a morte de um irmão em menos de um ano?

O único jeito que a menina pensou de parar com as irritantes frases de consolação foi fingir que estava tudo bem. E foi isso que ela fez, ela agia como se estivesse tudo bem e não falou para ninguém sobre seu irmão, e o momento em que chorava e colocava seus sentimentos para fora era quando se encontrava com suas irmãs depois do horário permitido, na torre de astronomia. As três choravam admirando o céu e imaginando qual estrela que estava ali poderia ser Andrew.

Foi em uma dessas noites que após sair da torre Amélia foi a cozinha do castelo buscar algo para comer, já que havia pulado a janta, e encontrou um menino baixo com os cabelos loiros e curtos sentado comendo um bolinho com recheio de baunilha.
—Oi— disse ela num sussurro enquanto fungava de leve por conta do choro— come se chama?
— Peter— ele respondeu tímido— Peter Pettigrew.
—Posso sentar?— Amélia apontou para a cadeira que estava na frente do menino enquanto pegava um bolinho igual ao dele
— P-pode, claro— gaguejou o loiro— quem é você?
— Amélia Barnes, corvinal, prazer
— Prazer
E assim eles passaram os meses até o final do ano se encontrando e conversando de noite na cozinha do castelo.
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O terceiro ano já havia começado há quatro meses e os estudantes haviam acabado de voltar do recesso de Natal.
— Vamos Lilly por favor— Amélia praticamente implorava para a ruiva ir com ela à Hogsmeade em um lugar que ela fazia questão de não falar para a amiga onde era
— Se você não falar para onde vamos, eu não vou.
— Ano passado eu vim aqui na biblioteca estudar com você, e eu nem gosto de estudar aqui, prefiro ir no jardim. Devo enfatizar que estudo aqui até hoje só porque eu prefiro estudar com você do que ficar sozinha.
—Potter e os amigos dele ficam no jardim, por isso não vou lá.
— Mentira, eles ficam no campo de quadribol, perto das arquibancadas, você não vai lá porque não quer.
— Certo, você venceu, eu vou com você para Hogsmeade— Disse a ruiva revirando os olhos ao ver a dança exagerada de comemoração da Barnes.— Mas a gente continua vindo na biblioteca estudar. Sem jardim.
— Sem jardim— gritou Amélia enquanto corria para fora da biblioteca e recebia um olhar de repreensão de Madame Pince.
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—Amélia— Jason gritou quando avistou a amiga sentada embaixo de uma árvore na beira do lago negro com um caderno de capa azul nas mãos.— Te procurei pelo castelo inteiro.
— O que você quer Jason?— Disse fechando o caderno e se virando para olhar o menino
— Credo, nem parece que sou seu melhor amigo sabia?— disse fingindo estar magoado— se eu morrer é capaz de acharem que foi você, só pelo jeito que fala comigo
— Me desculpa melhor amigo, esqueci que eu tenho um Jason de estimação que precisa de atenção e carinho.
— Vou ignorar que você me chamou de animal de estimação e aceitar o carinho — respondeu deitando no colo da amiga que soltou uma risada nasal— Como você está?
— Bem por que?
— Para de fazer isso, eu sei que você não está bem, pode falar comigo, sou seu melhor amigo.
— Sinto falta dele— suspirou frustrada— todo dia. Sempre que eu faço alguma coisa, por menor que seja eu me pergunto se ele estaria comigo, ou se iria gostar ou o que faria em cada situação. E machuca saber que eu nunca vou ver ele fazer tudo que gostaria.
"Mas eu nem choro tanto quanto antes, diminuiu muito desde o ano passado. Claro que tenho meus momentos mas mesmo assim eu estou melhor."
Jason se levantou do colo da garota e a abraçou, permitindo que ela encostasse a cabeça em seu ombro e deixasse lágrimas silenciosas escorrem.
— Você acha que vai parar de doer? Acha que eu vou superar algum dia como todos dizem?— perguntou olhando para o amigo que secou sias lágrimas com o polegar.
— Não. A morte de uma pessoa próxima não é algo que se supere ou que possa parar de doer. Acho que com o tempo dói menos, mas a dor nunca vai embora.
Eles passaram o resto da tarde abraçados olhando para o lago e conversando sobre as fofocas de Hogwarts.

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Esqueci de postar semana passada então amanhã ou quarta eu posto outro.
deixem ⭐️ pfvv
bjs🥳🥳

𝗨𝗻𝘁𝗶𝗹 𝗺𝘆 𝗹𝗮𝘀𝘁 𝗯𝗿𝗲𝗮𝘁𝗵- 𝗥𝗲𝗺𝘂𝘀 𝗟𝘂𝗽𝗶𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora