Want ⚘ Jikook

⚘ Three: Stay (I want you the right way)

Jimin acordou assustado. Ele se levantou, olhando em volta com olhos selvagens e cabelo ainda mais selvagem, projetando-se para todos os lados. Seu coração disparou, porque ele teve um pesadelo e suas garras afiadas não o deixaram ir tão rápido. O ômega não reconheceu o que estava ao seu redor e o pânico começou a tomar conta de seu peito. Sua mente estava confusa e sem foco por causa da febre.

Era um quarto desconhecido, com as cortinas fechadas contra a luz do sol do lado de fora. E, de repente, algo ao lado de seu colchão se desdobrou: era um jovem, levantando a cabeça de onde estava descansando na beira do colchão, endireitando as costas agachadas enquanto esfregava os olhos e enxugava um pouco de umidade do canto dos lábios. O cérebro de Jimin tentou, mas ele não reconheceu o homem. O alfa, ele corrigiu-se. Seu medo se aprofundou, agarrando-se a ele como sua camisa encharcada de suor.

— Uhm? Você está acordado — o alfa resmungou, sentindo o peso na língua, mas um tom inconfundível de alegria em sua voz. — Eu estava começando a ficar preocupado.

Jimin recuou quando o outro colocou a mão em sua testa suavemente.

— Shhhh, não tenha medo, eu só preciso verificar... Sua febre parece ter baixado, mas eu não gosto que você ainda esteja com tanto calor. O médico virá à noite novamente. Enquanto isso, aqui, beba isso e tente dormir um pouco mais, ok?

A garganta de Jimin estava muito seca de tosse e muito apertada de inquietação para encontrar palavras. Seu cérebro ainda falhava em cooperar e dizer a ele onde ele estava, quem era o alfa ao seu lado ou por que ele estava ali. Tudo o que ele sabia era que cada fibra de seu corpo se sentia cansada, exausta e desidratada, então ele bebeu a mistura amarga com sede.

— Devagar, devagar — o alfa murmurou.

Ele não parecia uma ameaça imediata. Jimin olhou para ele. Sua expressão estava repleta de preocupação genuína: sobrancelhas fortes franzidas, mandíbula tensa e olhar alerta para o ômega.

— Não se preocupe... — Ele pareceu ler a ansiedade nos olhos de Jimin. — Você está na minha casa e pode ficar aqui até melhorar. Ninguém se atreverá a incomodá-lo... — Sua voz foi um sussurro tímido, quando o alfa acrescentou: — ...e você também não tem nada a temer de mim, sabe?

Jimin o considerou seriamente, tentando determinar se suas palavras eram verdadeiras ou não. Mas suas pálpebras começam a se fechar por conta própria. Ele afundou de volta na cama e se entregou ao sono mais uma vez.

Na próxima vez que ele acordou, já estava amanhecendo — ainda ou novamente, ele não tinha ideia —, mas ele se sentiu lúcido pela primeira vez em muito tempo. A espessa névoa da febre dentro de sua cabeça finalmente se dissipou e seu corpo parecia rígido pelo desuso, mas no caminho da recuperação.

Virando a cabeça, ele percebeu que não estava sozinho no quarto. O alfa estava sentado perto da janela, lendo um livro. Agora Jimin se lembrava. Eram os mesmos olhos grandes e redondos que ele viu ao lado do rei e da rainha ao entrar no palácio. Os mesmos olhos que estavam colados a ele no salão de banquetes da casa gisaeng. Os mesmos olhos se encheram de preocupação enquanto ele observava Jimin se virando e se contorcendo enquanto ele vomitava.

Jeon Jungkook. Jimin sabia seu nome. Ele conhecia seu status: o irmão mais novo do príncipe herdeiro Jeon Taehyung, filho do rei Jinheung. Ele não sabia muito mais do que isso, porque embora houvesse muitas histórias sobre Taehyung, não se sabia muito sobre Jungkook. Ele parecia jovem. Ele devia ter mais ou menos a idade de Jimin.

Jimin não era estúpido, ele sabia que Jungkook o salvou de ser forçado a dar prazer aos generais e oficiais no banquete. A posição de Jungkook era poderosa o suficiente para manter Jimin a salvo de praticamente qualquer mão luxuriosa em Silla. Ele era extremamente sortudo por ter chamado a atenção do príncipe, por estar ali se recuperando com segurança.