N/A: Oie gente, tudo bem? Só passando pra avisar que esse cap saiu curtinho por que era mais para introduzir essas duas na história mesmo e que era pra eu ter postado na semana passada, mas acabei não podendo.
Beijinhos e boa leitura.
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Eu lembrava perfeitamente da sensação de entrar naquele lugar. Nos primeiros instantes eu não me importei com nada, estava deslumbrada demais para me importar com qualquer outra coisa, ou para lembrar que estava chateada com Chris. A verdade é que eu mentalmente agradeci a ele por ser tão insistente e não querer me deixar sozinha, e se eu for pensar bem agora, poderia ter sido perigoso, mas isso não tem muito a ver com o assunto agora.
Aquele clube era simplesmente gigantesco, e deveria custar um rim! Simplesmente parecia ser muito, muito caro.
— Como conseguiram dinheiro para pagar as entradas? – eu estava boquiaberta, perguntando.
— Temos uma amiga que nos ajudou – Chris deu um sorrisinho de lado.
— Isso não é ilegal, é?
— Você está no país de forma ilegal e está preocupada em pagar para entrar na boate? – quando não era Chris que caçoava da minha cara, era Luiz, rolei os olhos, mas sorri –não se preocupe, apenas conseguimos um desconto, esse lugar é muito famoso, eu e Chris sempre quisemos vir aqui, então estávamos guardando dinheiro, mas não tivemos tempo ainda, então acabou que, por sorte, guardamos mais do que o necessário.
— Victor e Sebastian adorariam esse lugar – fiz careta – eu nunca fui do tipo festeira, sabe, sou mais do tipo que aprecia a minha própria solidão, de qualquer forma, não é como se eu tivesse tido a oportunidade de estar num lugar assim nos meus vinte anos de idade.
— Bem, considere-se com sorte, então. – Luiz finalizou a conversa, apontando fala frente, onde Chris nos chamava em um gesto, enquanto falava com um segurança.
Poucos minutos depois nos liberaram para entrar, enquanto aguardava, lembro de vagar meus olhos pelas pessoas que estavam esperando naquela fila que, muito provavelmente, ocupava a quadra toda. Por um momento me passou pela cabeça se eu deveria mesmo estar ali, não parecia certo me divertir enquanto minha família ainda tinha uma vida de merda no meu país natal.
Pensamento esse, que se esvaiu assim que pisei dentro daquele espaço, parecia ainda maior por dentro, as paredes tinham tons de vermelho e preto, e várias luzes coloridas piscavam sem parar, me causando um nó mental. Uma música animada tocava e parecia ecoar em cada mínimo espaço da boate. No começo foi simplesmente ensurdecedor.
— Milli, segure a minha mão – Luiz pegou a minha mão e me guiou até um dos cantos do estabelecimento, subindo por uma escada que levava ao segundo andar.
— Onde está me levando? E cadê o Chris? – gritei por cima de seus ombros.
— Já está lá em cima – gritou de volta – é a área VIP, Mon Amour.
— Eu deveria saber o que é isso?
— Sei que você não tem muita experiência de vida – o olhei sarcástica – okay, talvez quase nenhuma experiência, mas deve saber o que "VIP" significa.
— Devo me sentir idiota por não saber?
— Não, claro que não, sinto muito por fazer você pensar isso, as vezes eu perco completamente a noção das nossas diferenças culturais – seus olhos estavam carregados de compaixão. Fiz uma careta. – De qualquer forma você vai entender quando chegarmos.
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Cosmos Laranja
AcciónQuando se vive em um mundo onde a liberdade não existe, morrer parece ser a opção mais fácil. Uma válvula de escape. O que seria de nós se não fosse aquelas pessoas que escolhem pela opção mais difícil? Sobreviver e lutar. Precisamos do tipo de pess...