Capítulo 5

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Na floresta, Apple se escondia do pai. Em alguns dias é aniversário de Soluço e seu pai, Stoico, quer ajuda da caçula para preparar uma festa. Não que Apple não goste de festas, mas é do seu irmão, o que significa que em algumas semanas é o seu. 15 anos não é nada demais para a garota, só não gosta de comemorar aniversários. Os convidados são sempre os cidadãos de Berk e é feito um brinde ao aniversariante.

Por outro lado, Astrid está animada. Soluço fará 18 anos e o jovem viking não gosta da ideia de mais um ano de vida.
Apple escuta um riso e se assusta. Melequento a encontrou. Talvez por ordem do pai ou do irmão. Ou simplesmente estava atrás da jovem que tanto admira. Stoico tenta esconder a dor, mas quase todos sabem e também sentem a falta da esposa do líder. Stoico nunca deu a data da morte de Valka aos filhos e os vikings prometeram nunca dizer. Havia completado 12 anos no dia em que Apple sofreu o acidente com fogo. Doeu nele, tanto quanto doeu no dia que perdeu a mulher que amava.

— Não. Não quero festa, pai.

Soluço debate mais uma vez com o pai. Stoico bufa cansado de tentar convencer o filho.

— É seus 18 anos, filho.

— E o que tem demais nisso?

— É só mais um ano de vida — diz Apple passando pelo pai — Ou mais um perto da morte.

— Você vai ajudar, Apple.

— O quê?!

— Quero que vigie o porto, em breve o comerciante Johann chegará trazendo algumas coisas que pedi.

Ao escutar sobre o comerciante, acende uma luz na mente de Apple.

— Posso encontrá-lo. Posso ir no... Banguela! Encontro com ele, pego o que for e volto. É até mais rápido.

— Se for no Banguela tudo bem. Vá depois do almoço — Stoico diz.

— Posso voar com Banguela por aqui então? Na floresta, nas rochas? Tem um tempo que não faço isso.

— Por mim, tudo bem — Soluço diz indo até o dragão — Sabe as regras, né amigo?

Apple monta e voa em direção à floresta. Olhando para os lados, tendo certeza de que ninguém está a vigiando.
Desde o acidente, tem tido mais liberdade e menos guardas costas.

— Ótimo. Agora vamos pra essa direção, Banguela.

O dragão reprova parando no ar e resmunga.

— Eu preciso ir a um lugar. E ninguém pode saber. Era melhor você nem ir, mas é mais rápido voando do que de barco. Por favor, Banguela, é por uma boa causa.

Mesmo reprovando, Banguela voa. Eles passam pelas ilhas do arquipélago. Um Gronkel que adora Apple a vê passando pela ilha. É um dragão adolescente, não tão pequeno, mas também não é grande.
Steve é um fiel companheiro de aventuras de Apple e sempre está nas encrencas da garota.

— Oi Steve. Volta pra ilha, onde vou você não pode.

A jovem falou como se o pequeno fosse obedecê-la. Steve pousou em Banguela para ir na viagem.
Depois de algumas horas, talvez já seja hora de comer e, seu pai está a procurando e caindo a ficha de que a filha já saíra da ilha à horas.
Apple escuta um comando de tiro. Um barco atira pedra para desestabilizar o piloto. Com mais um grito de "Atirem", Apple reconhece a voz.

— Dagur, sou eu!

Apple grita enquanto Banguela pousa no barco.

— Apple! Oi irmãzinha.

Dagur abraça a jovem. Seus subordinados apontam espadas para o dragão que tenta se enfiar a frente de Apple.

— Ele está comigo, deixem eles em paz.

A fúria da luz - Como treinar o seu dragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora