《•𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁ℴ 𝐼𝐼 •》

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Ro, a garota misteriosa da ilha... Ela aceitou a oferta de vir conosco, mas, com a condição de levar os animais também.
No começo eu não gostei muito da ideia, afinal, como iríamos alimentá-los? Mas depois do meu irmão insistir muito acabei sedendo, mas com a condição de que a responsabilidade de cuidar deles estaria cem por cento em suas mãos.

    Já estávamos à caminho de casa. Quem iria imaginar que voltaríamos com uma garota, um elefante, um panda vermelho e um pavão? Bom, eu não.
    
Estou no convés lustrando minha espada, enquanto observo Ro conversando com seus amigos.

— Já encontrou algo de suspeito? — meu irmão, que continha uma sorriso no rosto, se senta em um barril que estava ao meu lado.

— Eu disse que ficaria de olho.—  assim que vejo meu reflexo na espada a guardo na bainha, não tirando os olhos da loira.— E não... não achei nada suspeito. Ela parece ser uma boa pessoa, mas o fato de ela falar com os animais não deixa de ser estranho.

— eu acho incrível...

Viro o rosto para olhá-lo e ele estava com os olhos fixos em Ro.
Isso tem acontecido com frequência nesses últimos dias, e não precisa ser um expert para perceber que ele está ficando cada vez mais encantado por ela. E me arrisco a dizer que Ro também está suprindo um certo sentimento pelo meu irmão.

— Antônio. — o chamo, mas ele não parece ter me escutado.— Antônio!

Estalo os dedos na frente de seu rosto, e ele sai de seu transe.

— o que foi?

— tem uma babinha aqui.— aponto para o canto do seu rosto, brincando.

Ele afasta minha mão do seu rosto, revisando os olhos. Mas, percebo suas bochechas ruborizarem.

— suas bochechas estão vermelhas!— sussurro em seus ouvidos, dando tapinhas em seus ombros.— me responda com sinceridade.

Ele me olha com desconfiança, mas acente.

— o que você realmente sente por Ro?

Por um momento ele para e suspira. Acho que já esperava que eu fizesse tal pergunta, afinal, o conheço com a palma da minha mão. Somos como carne e unha.
Ele  olha para o horizonte onde o sol se põe e fica em silêncio por um estante.

— ... não paro de pensar nela. Eu acho ela sensacional, eu nunca vi garota igual.

Suspiro e sorrio.

— está se apaixonando por ela, não está? — tiro uma mecha de cabelo que caía sobre sua testa.

— provavelmente. — ele ri, sem graça.

— Antônio, olha...— seguro suas mãos e olho em seus olhos. — ... lembra quando éramos crianças e prometemos um para o outro que quando encontrássemos uma pessoa especial, faríamos de tudo para poder viver esse amor?

Ele sorriu com a lembrança, e eu continuo:

— Ro pode ser essa pessoa, ou não, só o destino dirá, mas se for, não se esqueça de que é um príncipe, e que isso torna tudo mais difícil.— fico mais séria, e seu sorrio aos poucos vai sumindo.— se você realmente amar essa moça, será complicado ficarem juntos e você sabe disso.

— eu sei Kaira, mas-

— éramos crianças inocentes quando fizemos essa promessa, mas eu sempre levei ela muito a sério.— o interrompo — E eu espero que você também leve.

— o que está tentando me dizer?— pergunta confuso.

— estou dizendo que mesmo diante de todas as dificuldades, não deixe de lutar pelo o que ama. Mas lute com sabedoria, não faça o que eu não faria. Eu te amo, e sempre vou querer o que é melhor pra você.

«•Kaira E Edgar - Barbie Em A Princesa Da Ilha•»Onde histórias criam vida. Descubra agora